Câncer de testículo: médico ensina como fazer o autoexame

Doença atinge mais homens entre 15 e 35 anos. Nos brancos, é cinco vezes mais incidente do que entre os negros, indicam pesquisas

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Além do câncer de esôfago, o mês de abril é dedicado internacionalmente à campanha de conscientização sobre o câncer de testículos, o tipo mais comum de tumor entre homens de 15 a 35 anos. Embora a maior incidência seja no público jovem, homens de todas as idades são vulneráveis à doença – sendo que os brancos têm cinco vezes mais chances de desenvolvê-la que os negros.

Nos Estados Unidos, são quase 9 mil novos casos diagnosticados todos os anos, sendo que cerca de 400 vão à óbito. Segundo a Sociedade Americana de Câncer, a média dos diagnósticos ocorre por volta dos 33 anos.  A ação de conscientização durante o mês de abril é orientada por organismos internacionais, como a American Association for Cancer Research.

A maior parte dos casos tem cura, desde que descoberto precocemente e tenha o tratamento adequado. O sintoma mais comum é um discreto nódulo indolor em um dos testículos. Caso encontre alguma anormalidade, é preciso procurar um médico imediatamente.

Foi o que fez o professor de Educação Física Vinicius Zimbrão, que recebeu o diagnóstico de câncer de testículo em 2014. O atleta carioca de corridas de aventura, ciclismo e triatlo teve que encarar o maior desafio de sua vida: o tratamento da doença cercada de muitos tabus, especialmente entre os homens. Não foi fácil, mas ele venceu – veja o depoimento de Zimbrão no Canal ViDA & Ação no Youtube. 

Autoexame dos testículos pode ser feito a cada três meses

Uma prática preventiva simples e pouco conhecida dos homens é o autoexame dos testículos, um hábito que contribui para detectar problemas que podem influenciar seu futuro reprodutivo e sexual. O ideal é realiza-lo a cada três meses, inclusive para que o homem fique familiarizado com o tamanho e a consistência dos seus testículos normais.

Em geral, no adulto os testículos têm formato oval, consistência firme e volume ao redor de 20 ml – semelhante a um ovo de galinha médio bem cozido (entre 4,5 e 5 cm de comprimento por 3 a 4 cm de largura). Além da produção de espermatozoides, eles são responsáveis pela produção de até 95% da testosterona, hormônio-chave no organismo masculino.

O andrologista Jorge Hallak alerta que com esse exame é possível perceber pequenas alterações, como a diminuição do tamanho dos testículos por doenças indolores, como a varicocele (varizes no escroto), notar o aparecimento de irregularidades na superfície dos testículos ou ainda identificar uma dor local.

Diferente do que ocorre com o autoexame das mamas, o de testículos é praticamente desconhecido. A prática ajuda na identificação de diversas inflamações, infecções bacterianas e até mesmo doenças mais sérias. Entre os tumores malignos que atingem o homem, cerca de 5% ocorrem nos testículos”, reforça Hallak.

Um aspecto importante a ser abordado com o paciente é a preservação de sua fertilidade. A criopreservação de sêmen é o instrumento que irá assegurar ao homem a possibilidade de gerar filhos depois do tratamento. Nesse sentido, o especialista desenvolveu uma técnica cirúrgica inovadora – conhecida por hallak technique – que retira o tumor preservando o testículo, além de capturar os espermatozoides para a criopreservação.

Como fazer o autoexame

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  • Examine cada um dos testículos com ambas as mãos. Os dedos indicador e médio devem ficar na parte inferior dos testículos, e o polegar, na parte superior.
  • Gire cada testículo entre o polegar e os dedos médio e indicador.
  • Um testículo normalmente pode ser maior que o outro.
  • Na parte de trás de ambos estão os epidídimos, que têm a função de amadurecer e armazenar os espermatozoides.
  • Se estiverem endurecidos podem estar obstruídos ou inflamados.
  • Procure por qualquer área endurecida, nódulos ou irregularidades na superfície do testículo. Em geral são indolores.

Fonte: Andrologista Jorge Hallak, com Redação

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