Drogas: familiar também precisa ser tratado

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“A casa caiu”. Foi esta a reação de Ângela Hollanda ao receber, na porta de sua casa, agentes federais em busca de seu filho. Como muitas mães de um dependente químico, Ângela Hollanda passou por várias fases até encontrar o jeito certo de lidar com a doença. “Resolvi me especializar em dependência química e outros transtornos compulsivos por me ver envolvida e não saber como lidar”, conta ela (veja vídeo acima), que hoje atua como terapeuta familiar na Clínica Jorge Jaber, em Vargem Grande, Zona Oeste do Rio.

Após escutas telefônicas, os agentes encontraram na casa dela 12 tabletes e uma balança, que comprovavam que o rapaz estava envolvido com uma quadrilha internacional. Foram mais de quatro anos preso. “Sei que meu filho não é bandido, mas cometeu um crime. Não fiz nada para aliviar, nem para subornar, nem andar rápido. Dei um bom escritório, consegui fazer um acordo de pagamento. Como agir, como portar, o que é certo,o que é errado”, lembra Ãngela.

Os primeiros sinais, segundo ela, surgiram quando o filho tinha “14 para 15 anos” e ainda cursava a oitava série. “No começo, era uso de maconha, parecia ser recreativo. Mas a doença se instalou e tive que agir e fiz uma internação quando ele, aos 17 anos, usava cigarro, maconha, álcool e cocaína”. Depois disso, ela resolveu “tocar a vida” dela e parou de se preocupar com o que ele fazia, onde estava, o que consumia. Até que um dia, foi surpreendida pela Polícia Federal à procura do seu filho.

Na pele de mãe de um dependente químico, Ângela afirma, convicta, que um familiar também precisa passar por tratamento. “Ele passa pela negação, aceitação, projeção… Tudo o que o dependente químico passa, ele passa também. Ele fala o tempo inteiro do filho, do marido, da esposa e não consegue se desligar, olhar para si. Ele se tratando, estando bem, vai saber dizer não com amor”, afirma ela, que hoje ajuda muitas mães desesperadas, ajudando a fazer o elo de ligação entre a clínica e a família do dependente.

Ãngela lembra o caso de uma mãe assistida pela Clínica. “Quando o filho tinha alta médica ela entrava em depressão porque precisava cuidar dele. Aí vem a insegurança dela que não se tratou”. Segundo ela, o dependente químico tem pressa em querer as coisas na hora e a família tem que saber lidar com isso. “Tudo o que eu falo é porque experimentei e dá certo, funciona. Não é porque eu li. Eu fiz e deu certo”, destaca a terapeuta.

Fonte: Clínica Jorge Jaber

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