Janeiro Branco: Quem cuida da mente, cuida da vida

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Quem cuida da mente, cuida da vida. Com este mantra, a campanha Janeiro Branco vem mobilizando milhares de pessoas em todo o país. Não chega a ser – por enquanto – uma campanha de marketing da envergadura do Outubro Rosa, que a cada ano vem carregada de grandes marcas apoiadoras – algumas claramente apenas com objetivos comerciais. Afinal, diferentemente da causa da prevenção ao câncer de mama, em torno das questões emocionais e mentais que afligem a Humanidade, ainda há muito preconceito. E é justamente para combatê-lo que psicólogos de Uberlândia (MG) decidiram criar este movimento, em janeiro de 2014.

De lá para cá, a campanha cresceu e tem tomado as redes sociais. Mais de 30 mil pessoas – como a jornalista Rosayne Macedo, editora de ViDA & Ação – aderiram à causa, alterando sua foto no Facebook pessoal para lembrar a ação. Influenciadores digitais de todo o país também abraçam a campanha. Marcelo Marrom, Daiana Garbin, Andréa Nóbrega, Angelina Muniz, Mauro Naves e Mari Moon são alguns dos nomes que estão apoiando Janeiro Branco. Um encontro no próximo sábado (20), em Niterói, marca as ações da campanha no Estado do Rio.  O psicólogo Leonardo Abrahão, idealizador da campanha, que está realizando tour pelo Brasil com palestras e rodas de discussões sobre o tema, estará na Praia de Piratininga, a partir das 8h.

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A cada ano o Janeiro Branco vem ganhando mais força e novos adeptos. Em algumas cidades e estados brasileiros a campanha já é lei e faz parte do calendário oficial. A ação já passou por consulta pública e deverá se tornar lei federal em breve, segundo seus organizadores. O principal objetivo da campanha é gerar uma reflexão na população sobre a importância de uma cultura da saúde mental para despertar a consciência sobre o cuidado com a mente e as emoções, visando o bem estar e melhor qualidade de vida, contribuindo para a construção de uma cultura da saúde mental no mundo.

Em todo o mundo mais de 300 milhões sofrem de transtornos mentais

A importância da campanha Janeiro Branco para a humanidade tem sensibilizado e despertado a mídia para a questão dos cuidados com as emoções, os sentimentos, os comportamentos e os relacionamentos humanos. Muitas pessoas ainda não têm a dimensão exata de como a saúde mental pode interferir em seu dia-a-dia. Estudos apresentados pela OMS (Organização Mundial de Saúde) e Mistério da Saúde do Brasil indicam que o Brasil tem experimentado um crescimento vertiginoso das problemáticas relativas à Saúde Mental/Saúde Emocional dos indivíduos e da sociedade como um todo. Segundo a OMS (dados de 2017), a sociedade brasileira é a recordista latino-americana em casos de depressão.

A doença já representa uma das principais causas de problemas de saúde e invalidez no mundo, afetando mais de 300 milhões de pessoas, um aumento de mais de 18% desde o ano de 2005. Aqui no Brasil, quase 6% da população sofre com a depressão, sendo a maior taxa do continente latino-americano. O Brasil também é campeão mundial em relação à ansiedade – 9,3% dos habitantes manifesta o quadro – e o 4º colocado em relação ao crescimento das taxas de suicídio entre os jovens da América Central e da América do Sul.

Por conta de tudo isso, são altos os índices de violência (em domicílios, no trânsito ou em escolas), criminalidade, suicídios, alcoolismo, drogadição, depressão, preconceitos, entre outros, que colocam em risco o equilíbrio mental, emocional, comportamental e relacional dos indivíduos da nossa sociedade. Apesar dos números e da necessidade evidente de colocar o assunto em pauta, muito pouco ainda se discute a respeito, segundo o psicólogo Leonardo Abrahão, idealizador da Campanha Janeiro Branco.

Por uma cultura de saúde mental no mundo

“Pretendemos estimular a criação de uma ‘cultura da saúde mental’ no mundo e, ao mesmo tempo, difundir um conceito ampliado de Saúde Mental/Saúde Emocional como um estado de equilíbrio – individual e coletivo – sem o qual não é possível viver satisfatoriamente em sociedade. Escolhemos o mês de janeiro para mobilização pelo fato de que, por força cultural da simbologia atribuída à virada de ano, as pessoas estão predispostas a pensar sobre as suas vidas em diversos aspectos e, a cor branca, porque, também simbolicamente, queremos mostrar às pessoas que, como em uma folha em branco, qualquer um pode escrever e reescrever a sua própria história, desenhando e redesenhando novas possibilidades perante a vida”, pontua Abrahão.

Para o idealizador da campanha, é mais que urgente sensibilizar as mídias, as instituições sociais, públicas e privadas, e os poderes constituídos, públicos e privados, em relação à importância de projetos estratégicos, políticas públicas, recursos financeiros, espaços sociais e iniciativas socioculturais empenhadas(os) em valorizar e em atender as demandas individuais e coletivas, direta ou indiretamente, relacionadas aos universos da Saúde Mental.

“Essa campanha é de extrema importância, pois os dados da Organização Mundial de Saúde demonstram que estamos sendo cada vez mais afetados por males como ansiedade, estresse, depressão e que devemos tratar a nossa saúde mental como um alicerce que influencia na construção de todas as outras áreas de nossa vida”, endossa a psicóloga Adriana Guimarães, do IMTP – Instituto de Medicina Tradicional e Psicologia.

Por isso, a Campanha Janeiro Branco reforça o convite às pessoas pensarem sobre suas vidas, seu sentido e propósito, a qualidade dos seus relacionamentos e o quanto elas conhecem sobre si mesmas, suas emoções, seus pensamentos e sobre os seus comportamentos. “Se o individuo percebe que está passando por alguma situação em que não sabe ou não consegue administrar sozinho, por que não procurar ajuda? É muito importante não deixar que o problema se instaure e vire algo grave’, afirma a psicóloga.

O alerta é para que as pessoas não deixem de procurar ajuda psicológica. “Se não tratado corretamente, o paciente que apresenta esses males pode desencadear outros problemas, como ataques de pânico, transtornos obsessivo-compulsivo, fobias, etc. Além disso, situações cotidianas como pressões no ambiente de trabalho, conflitos de relacionamentos, desemprego e perdas de modo geral podem afetar não só o nosso psicológico, mas também a nossa saúde física”, finaliza.

Mas por que janeiro?

“Escolhemos o mês de janeiro para mobilização pelo fato de que, por força cultural da simbologia atribuída à virada de ano, as pessoas estão predispostas a pensar sobre as suas vidas em diversos aspectos e, a cor branca, porque, também simbolicamente, queremos mostrar às pessoas que, como em uma folha em branco, qualquer um pode escrever e reescrever a sua própria história, desenhando e redesenhando novas possibilidades perante a vida”, pontua Abrahão.
O site criado para divulgar a campanha explica: “O primeiro mês do ano – mês carregado de simbolismos, circunstâncias e características culturais peculiares – pode ajudar muitas pessoas a olharem para suas próprias condições psíquicas e existenciais, suas disposições para a vida e para novos projetos. Pode, também, revelar as impotências e as dificuldades dessas mesmas pessoas em relação às condições em que vivem, pensam e sentem, funcionando, portanto, como uma espécie de lupa que amplia e revela as realidades objetivas e subjetivas em que estão vivendo (e aceitando viver)”. Veja o texto na íntegra e saiba como apoiar.

Mais sobre a campanha e como participar

O professor e psicólogo Leonardo Abrahão, milhares de psicólogos e outros profissionais da saúde e cidadãos de todo o país estão se mobilizando para chamar a atenção de toda a sociedade – e, principalmente, das autoridades – para as questões e as demandas da Saúde Mental no Brasil e no mundo, uma vez que a campanha já se difundiu para outras nações e continentes. Em sua 5ª edição (2018), a ação contou com a poderosa ajuda da Internet para ser conhecida e admirada em todo o Brasil.

Sites voltados às temáticas da psicologia, milhares de psicólogos(as) e outros profissionais ligados à saúde e à assistência social de todo o país estão aderindo à proposta e organizando ações em suas cidades, como, por exemplo, compartilhamento de posts, palestras-relâmpago sobre Saúde Emocional em salas de espera de hospitais, em escolas, empresas, igrejas, parques, praças, auditórios, faculdades e todos os espaços públicos e privados em que as pessoas possam ser inspiradas e incentivadas a pensarem sobre Saúde Mental em uma perspectiva preventiva, integral e em termos tanto individuais, quanto coletivos.

Além de palestras-relâmpago, profissionais da Saúde estão organizando distribuição de balões e fitas brancas em praças das cidades, tira-dúvidas virtual e presencial sobre Saúde Mental e a importância da Psicoeducação, entrega de panfletos explicativos sobre Saúde Emocional em escolas, em empresas e a proposição de projetos de lei às autoridades locais, regionais e nacionais para que o mês de Janeiro seja legalmente reconhecido como o Mês do Janeiro Branco e da Conscientização sobre Saúde Mental nos calendários oficiais dos municípios e estados brasileiros.

Como aderir à campanha no Facebook

A principal estratégia do movimento consiste na realização de palestras gratuitas à população, onde psicólogos participantes do projeto abordam de maneira didática assuntos delicados como sexualidade, alterações de humor, depressão, e também aspectos emocionais específicos da infância e terceira idade.

Se você também quer ajudar na divulgação desta causa, demonstre o seu apoio fazendo o mesmo que essas milhares de pessoas já fizeram: clique em “editar” sua foto de perfil, depois em “adicionar tema”, pesquise por “Janeiro Branco 2018” e coloque o tema no seu Facebook também.

Mais detalhes sobre a programação e novidades, podem ser encontrados em: www.janeirobranco.com.br e www.facebook.com.br/campanhajaneirobranco

Fonte: Janeiro Branco, com Redação

 

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