Maioria sabe que camisinha evita HIV, mas só metade usa

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Uma pesquisa do Ministério da Saúde, com 12 mil pessoas, revelou o que, de forma velada, muitas pessoas sabem, mas fingem ignorar: o brasileiro não gosta de usar camisinha na hora do ato sexual e, por isso, fica mais exposto a doenças sexualmente transmissíveis (DST’s), como a Aids.

O levantamento mostrou que 94% dos brasileiros sabem que a camisinha é a melhor forma de prevenir as DSTs, mas quase metade dos entrevistados (45%) não utilizou o preservativo nas relações sexuais casuais nos últimos 12 meses.

Por conta de comportamentos assim na vida sexual é que o Brasil hoje tem a maior prevalência de HIV na América Latina, com 47% dos estimados 1,7 milhões de pessoas vivendo com HIV/Aids, segundo dados do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids),  responsável pelo estudo da doença.

De 2010 a 2015 o número de novas infecções no Brasil cresceu 4%, passando de 700 mil para 827 mil pessoas infectadas. O Ministério da Saúde relatou que 48 mil novos pacientes iniciaram o tratamento de HIV até agosto de 2016. O Rio de Janeiro é uma das capitais brasileiras mais afetadas pela HIV/AIDS, com uma prevalência da infecção de 17,6% entre HSH (homens que fazem sexo com homens).  Os números mostram que novas estratégias de prevenção são necessárias no combate da epidemia de HIV no Brasil.

Menos crianças vivendo com Aids

A taxa de detecção de aids em menores de cinco anos caiu 36% nos últimos seis anos, passando de 3,9 casos por 100 mil habitantes, em 2010, para 2,5 casos por 100 mil habitantes, em 2015. A taxa em crianças dessa faixa etária é usada como indicador para monitoramento da transmissão vertical do HIV. Os dados são do novo Boletim Epidemiológico de HIV e Aids de 2016, divulgado nesta quarta-feira (30) pelo Ministério da Saúde, por ocasião do Dia Mundial de Luta Contra a Aids, celebrado em 1º de dezembro.

“A redução de 36% na transmissão de mãe para filho foi possível graças a ampliação da testagem, que promovemos nos últimos anos, aliados ao reforço na oferta de medicamentos para as gestantes”, explicou o ministro Ricardo Barros, nesta quarta-feira. A diretora do Unaids Brasil, Georgiana Braga-Orillard, elogiou a queda das taxas de transmissão vertical. “ O caminho para o fim da epidemia, é o início da vida sem HIV e aids.

Os dados apresentados pelo Brasil na redução da transmissão vertical são parte do trabalho de enfrentamento da situação em todo o mundo”, observou a diretora da entidade, durante a solenidade de apresentação dos dados. Segundo ela, desde 2000 até hoje, a queda da transmissão vertical evitou a morte de 1,6 milhão de bebês, em todo o mundo.

Queda da mortalidade em 20 anos

De acordo com o novo boletim, 827 mil pessoas vivem com HIV/aids.  Outro dado expressivo que consta no novo Boletim é a queda 42,3% na mortalidade em 20 anos. O incentivo ao diagnóstico e ao início precoce do tratamento, antes mesmo do surgimento dos primeiros sintomas da doença, refletiram na redução dessas mortes. A taxa caiu de 9,7 óbitos por 100 mil habitantes, em 1995, para 5,6 óbitos por 100 mil habitantes em 2015. Os dados se referem ao ano de 2015.

A epidemia no Brasil está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 19,1 casos, a cada 100 mil habitantes. Isso representa cerca de 41,1 mil casos novos ao ano. Desde o início da epidemia de aids no Brasil (em 1980) até o final de 2015, foram registrados 827 mil pessoas que vivem com HIV e aids. Desse total, 372 ainda não estão em tratamento, e, destas, 260 já sabem que estão infectadas. Além disso, 112 mil pessoas que vivem com HIV não sabem.

“Inserir essas pessoas nos serviços de saúde, por meio da testagem e do início imediato do tratamento, é a prioridade do ministério”, afirmou Ricardo Barros. Dessa forma, estaremos impactando diretamente  epidemia, pois vamos reduzir a circulação do vírus entre a população, acrescentou.

Fonte: Ministério da Saúde, com redação

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