Queda de cabelo na quarentena: veja dicas para crescer e fortalecer

Médico e tricologista comentam sobre hábitos alimentares que ajudam a manter o cabelo bonito e brilhoso

Gostou desse conteúdo? Compartilhe em suas redes!
Atriz Evelyn Montesano segue dicas para fazer o cabelo crescer (Foto: Divulgação)
De repente, ficamos sem poder sair de casa, ter encontros sociais e cumprir atividades rotineiras devido à pandemia da Covid-19. Uma experiência sem precedentes na história recente da humanidade. Segundo especialistas, tudo isso, somado a diversos outros medos causados pela doença, pode causar estresse e aumentar a ansiedade. E as manifestações físicas podem acontecer até no couro cabeludo.
Segundo a tricologista Viviane Coutinho, o estresse pode agravar casos de caspa.
“O estresse acaba debilitado às defesas naturais do corpo , impedindo que ele combata o excesso de fungos e bactérias,  ocasionando o mau funcionamento do sistema capilar. O que gera inflamações,  menor aporte sanguíneo,  menor oxigenação e com isso menos chegada de nutrientes, ocorrendo um desequilíbrio na microbiota do couro cabeludo,  instalando caspas, descamações,  inflamações, levando a quadros de aumento de queda“, explica a profissional.
Além disso, o estresse e a ansiedade podem levar a um quadro de queda do cabelo.
“O estresse e a ansiedade são fatores que influenciam diretamente o desenvolvimento do nosso ciclo capilar,  alterando a chegada de nutrientes,  a circulação sanguínea,  aumentando processos inflamatórios e ocasionando quedas maiores.  Sabendo disso,  já podemos imaginar o quanto os nossos cabelos irão se apresentar após esse período todo que estamos vivendo”, esclarece a tricologista.
Viviane elenca medidas para combater a queda dos fios e quadros de caspa, causadas por fatores emocionais.
“Para diminuir esse possível quadro é muito importante mantermos nossos cabelos higienizados com frequência,  escolhermos cosméticos específicos para equilibrar nosso sistema capilar,  massagens de couro cabeludo para relaxar toda a tensão,  fazer uma alimentação bem balanceada para repor nutrientes,  fazer exercícios físicos para melhorar a oxigenação e manter mente saudável. Em caso de dúvidas o ideal é procurar ajuda profissional”, fundamenta Viviane.
Com o distanciamento social provocado pelo novo coronavírus, muitas mulheres deixaram de cortar os cabelos.  Mas a pergunta que todos fazem: é necessário aparar os fios?  Segundo a tricologista Viviane Coutinho, a resposta é sim.
“Com o corte, reduzimos pontas duplas e quebradiças,  deixando o cabelo mais saudável e esteticamente mais bonito”, disse a profissional, que explica também que até quem sofre com queda deve cortar os fios. “Todos nós devemos cortar , pois é super indicado para mantê-los saudáveis”.
Para quem mora em cidades que os salões não reabriram, ou não quer arriscar sair de casa, Coutinho diz que a pessoa pode diminuir as pontas duplas com tratamentos, mas assim que puder, deve cortar as madeixas.
“Podemos aumentar os cuidados em casa com um bom cronograma capilar repondo nutrientes  importantes,  diminuindo pontas duplas e quebradiças,  porém assim que puder o ideal é cortar de 3 em 3 meses”.
Viviane finaliza com dicas para manter a saúde capilar: “Hábitos saudáveis,  um programa de tratamento e manter os cabelos cortados de 3 em 3 meses ajudam muito a mantê-los saudáveis”.
Má alimentação pode atrapalhar, dificultar o crescimento dos fios e até ocasionar queda

Manter uma dieta balanceada, rica em vitaminas e sais minerais, antioxidantes, proteínas, ferro, zinco e vitaminas, não é só importante para o corpo, mas ajuda também a manter o cabelo mais forte e saudável. Para tentar fugir da queda e perda de pigmentação da cor, as vitaminas como betacaroteno e a vitamina A, presentes em beterrabas e cenouras, e são antioxidantes naturais. Contra a queda, ervas como alecrim, ajudam a combater esse inimigo, pois são adstringentes e antissépticos, auxiliando ainda na hidratação, além de desintoxicar o couro cabeludo.

Uma alimentação pobre em proteínas pode dificultar o crescimento do cabelo. Recomenda-se, o consumo de carnes magras, grãos, cereais, ovos e feijão já que é importante entender que mais de 80% do cabelo é formado por uma proteína denominada de queratina”, comenta Paulo Lessa, médico e proprietário do Instituto Lessa. A queda de cabelo está relacionada com vários fatores, como estresse e a realização de dietas restritivas sem acompanhamento. “Uma pessoa que se alimenta mal pode apresentar deficiência de certas proteínas, vitaminas e oligoelementos, substâncias essenciais para garantir a força dos cabelos e promover seu crescimento”.

Nessa correria do dia a dia, muitas pessoas optam por uma alimentação mais prática, pobres em nutrientes e afetam diretamente o ciclo capilar, desequilibrando o couro cabeludo.  “Alimentos ricos em gorduras,  frituras, carboidratos e açúcares em exagero não são nada bom para saúde capilar. Prejudicando assim o equilíbrio do couro cabeludo, aumentando oleosidade, podendo ocasionar descamação, inflamação,  e ocasionam até a  queda dos fios“, revela a tricologista Viviane Coutinho, da clínica Viviane Coutinho Reabilitação Capilar

Lembrando que os fios não são órgãos vitais, o nosso estoque de nutrientes precisa estar alto para que cheguem aos cabelos. “Precisamos entender que quando falamos em saúde capilar é preciso unir uma alimentação rica em nutrientes, investir em cosméticos que supram as necessidades do seu cabelo e couro cabeludo e mantermos nossos hábitos saudáveis. Assim, conseguiremos chegar ao embelezamento através da saúde”, revela Viviane.

A queda de cabelo tem que ser tratada de dentro para fora. “Nutrir, hidratar e se necessário, suplementar, é o segredo para fios mais bonitos e saudáveis”, conclui Dr. Paulo Lessa.

A população brasileira vive um momento de grande tensão, em virtude da situação vivida com a pandemia da Covid-19. As inúmeras preocupações causaram uma onda de estresse em todo o País, que pode impactar diretamente na saúde física e mental das pessoas. Um dos sinais físicos mais notórios, depois de um grande abalo emocional, é a perda excessiva de cabelo.

Os fios de cabelo passam por um ciclo de vida. A primeira fase, chamada de anágena, é quando eles começam a crescer. A fase catágena é a de transição entre o crescimento e a queda. Já a telógena, refere-se ao momento em que o fio cai.

A dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Paula Voltarelli, explica que, diariamente, uma pessoa saudável perde cerca de 100 a 150 fios de cabelo, que corresponde a cerca de 5% a 10% do total. Entretanto, quando ocorre um evento de estresse, esse número pode aumentar para 200 a 300 fios por dia. Essa ocorrência é conhecida como eflúvio telógeno.

De um modo geral, houve um aumento da queixa de queda de cabelo durante a quarentena. A modificação na rotina das pessoas e a falta de previsibilidade da situação atual contribuem para sintomas como ansiedade e estresse, relatados durante a consulta, que podem influenciar nesse aumento”, evidencia a dermatologista. Ela pontua que as situações de grande tensão podem ser um gatilho para a alteração do ciclo capilar.

Dra. Voltarelli explica que além do estresse, quadros relacionados às doenças metabólicas, cirurgias como as bariátricas, dietas restritivas, infecções, febre e pós-parto são algumas situações que podem intensificar a perda de cabelo. O uso excessivo de secador e chapinha, alisamentos, tinturas, entre outras químicas, comprometem a saúde capilar. No inverno, a dermatologista também alerta sobre a diminuição da lavagem dos cabelos e o uso desmoderado de calor.

O uso de nutracêuticos é uma forma comprovadamente eficaz de combater a queda capilar, pois, são capazes de repor os nutrientes no folículo piloso, que o corpo redirecionou para outras partes. Os aminoácidos, por exemplo, são substâncias essenciais para o bom funcionamento da saúde no geral, pois eles fazem parte de processos vitais, como a estruturação das proteínas no organismo.

Eles são divididos em dois tipos: essenciais e não essenciais. Os primeiros não podem ser produzidos pelo corpo e dependem exclusivamente de uma dieta saudável e proteica. Por isso, alimentos de origem animal como carnes em geral, ovos e leite, e vegetais como a quinoa, soja e amaranto são ótimas fontes dessas substâncias.

Os não essenciais são fabricados pelo próprio organismo e, apesar do nome, são necessários para o bom funcionamento do corpo. Um exemplo desse tipo de enzima é a cisteína, um dos componentes da queratina, a proteína que constitui o cabelo.  Todavia, sua deficiência reflete diretamente na saúde dos fios. A reposição por meio de suplementos é uma forma saudável de combater a queda.

Que tal aproveitar o isolamento social para inserir hábitos na rotina que promovam o bem-estar físico e emocional? Afinal, é um bom momento para cuidar de partes do nosso corpo que, às vezes, acabam sendo deixadas de lado por conta da correria do dia a dia, como por exemplo, os cabelos.

Devido à falta de tempo, a manutenção capilar pode acabar sendo prejudicada pela não realização de medidas simples, mas que, a longo prazo, acabam influenciando na saúde dos fios.

“Vários fatores são importantes para que os cabelos estejam em harmonia para desempenhar a sua principal função que é a proteção do couro cabeludo e a regulação térmica. Porém, além dessa função fisiológica importante ao corpo, eles trazem também benefícios estéticos que proporcionam, melhora na autoestima, aceitação e inclusão social”, informa Carlos Correa, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos da Mahogany.

Pensando nisso, a marca especializada em produzir e comercializar a mais completa linha de cosméticos de alto padrão do país, Mahogany , selecionou algumas dicas e componentes essenciais para deixar as madeixas sempre lindas e saudáveis.

Confira:

Evite banhos quentes

Com a queda da temperatura, os banhos acabam sendo mais quentes, o que pode acarretar em consequências à pele, incluindo o couro cabeludo. A água em alta temperatura promove um ressecamento dos fios, pois retira boa parte da umidade natural presente nas fibras capilares.

Além disso, tende a favorecer o surgimento de caspas, causada pelo excesso de oleosidade.

Cuide do couro cabeludo

Massagear o couro cabeludo estimula a circulação sanguínea da região e, consequentemente, um crescimento saudável dos fios. Além disso, aposte em produtos que higienizem o cabelo, sem danificá-lo, promovendo limpeza saudável às madeixas.

“Uma alternativa altamente eficaz na absorção de impurezas, resíduos, poluição, óleos e odores desagradáveis é o pó de carvão ativado, que promove ainda um detox capilar. Outra opção é a Pró-Vitamina B5, que possui ação repitelizante do couro cabeludo tornando o mais saudável e aumentando a umidade dos fios melhorando a sua hidratação e brilho”, diz Carlos.

Proteção térmica

Apesar de apresentar alguns malefícios, para algumas mulheres, é quase impossível ficar sem o secador, chapinha ou modelador. Por isso, investir em produtos que tenham como principal função a proteção térmica é fundamental para garantir cabelos saudáveis. Além de proteger os fios do calor, ajuda a selar as cutículas, diminuindo o frizz, hidratando e garantindo mais brilho.

A Proteína associada com um Copolímero ativador de calor protege os fios de cabelo contra as agressões térmicas do secador, pois em contato com o ar quente forma um filme impedindo que a cutícula rache, garantindo a integridade para a fibra além de aumentar a sua hidratação.

Alimentação

Uma boa alimentação influencia na saúde não somente dos cabelos, mas também da pele e das unhas. Os alimentos ricos em vitamina A, B, B3, C, ferro, proteína, ômega 3, silício, zinco, cobre, magnésio, cálcio e ácido fólico, como cenoura, brócolis, laranja, morango, batata doce, agrião, peixe, ovos, oleaginosas, soja e feijão, são ótimas opções para manter os cabelos saudáveis e fortes.

Hidratação

Como os cabelos ficam expostos ao sol, frio e vento, é natural que acabem perdendo a água naturalmente presente nos fios. Então, é muito importante hidratar as madeixas regularmente. Recomenda-se que cabelos secos sejam hidratados ao menos duas vezes por semana. Já os mistos ou oleosos devem ser hidratados apenas uma vez, sempre utilizando produtos com componentes específicos para cada tipo.

Óleos vegetais são a pedida certa quando o assunto é hidratação. O Óleo de Argan, por exemplo, é rico em ácidos graxos e Vitamina E. Essas substâncias promovem recuperação e fortalecimento dos fios, evitam a formação de pontas duplas, revitalizam o couro cabeludo, aumentam o brilho e reduzem o frizz.

Já o Óleo de Ojon apresenta em sua composição uma alta quantidade de ácidos graxos insaturados com predominância do ômega 9, importante para a manutenção dos cabelos e do couro cabeludo. Além disso, participa na reconstrução capilar devolvendo o brilho e sedosidade aos cabelos. Por fim, o Óleo de Crambe, é constituído por ácidos graxos ricos em Ômegas 3 e 6, melhorando a elasticidade e flexibilidade dos fios além de possuir propriedades nutritivas, emolientes, protetoras e hidratantes.

É de extrema importância a escolha de ingredientes que sejam eficazes e seguros durante o processo de restauração dos fios. Por isso, nas nossas formulações trabalhamos com ativos naturais e tecnológicos desenvolvidos em parceria com fornecedores internacionais, assegurando assim, a eficácia necessária para os cuidados e higiene dos cabelos “, finaliza Carlos Correa.

Queda de cabelo é sinônimo de doença? Quando devo me preocupar com a quantidade? Por que os cabelos caem em excesso em algumas épocas? 

São diversas as dúvidas e confusões de leigos sobre a saúde do cabelo e do couro cabeludo. Não é incomum as pessoas não conhecerem a gravidade de alguns tipos de queda de cabelo e da necessidade de buscar tratamento com especialista. “Existem diversos tipos de alopecia, algumas de natureza autoimune, inflamatória ou infecciosa, por exemplo. Doenças sistêmicas e deficiências vitamínicas também podem ter reflexo sobre os fios, causando quedas agudas de número aumentado de fios”, explica o dermatologista Rodrigo Pirmez, do Rio de Janeiro, médico membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da European Hair Research Society e da North American Hair Research Society.

É importante observar o que pode ser considerada uma queda excessiva de fios. “Existe uma queda normal no dia-a-dia que não representa nenhum problema. Isso acontece porque estamos constantemente trocando fios antigos por novos. A média considerada normal é de cerca de 60-100 fios por dia.  Caso suspeite de que sua queda está acima do normal, ou ainda, caso observe falhas no couro cabeludo, o recomendado é procurar um médico dermatologista com experiência na área de doenças dos cabelos e couro cabeludo para realizar o diagnóstico precoce da condição”, explica o especialista.

Tratamentos

O dermatologista Felipe Chediek, que dirige clínica em Balneário Camboriú ( SC), especialista no tema explica que há algumas opções de tratamentos como: intradermoterapia, também conhecida como mesoterapia que consiste na aplicação de microinjeções no couro cabeludo para administrar medicamentos, ativos e suplementos importantes para o metabolismo do folículo piloso, acelerando o crescimento e fortalecimento dos fios.

“Outra modalidade é o laser de baixa intensidade, o qual faz uma foto-bioestimulação do folículo piloso, estimulando o crescimento dos fios. Existe ainda o micro-agulhamento (aplicação de um aparato composto por um rolo contendo microagulhas que favorece a penetração de ativos aplicados sobre o local e por si só induz a produção de fatores de crescimento que estimulam o crescimento capilar), o plasma rico em plaquetas (técnica que utiliza uma porção do sangue do próprio paciente a ser aplicada no couro cabeludo e estimula o crescimento capilar, especialmente por conter grandes concentrações de fatores de crescimento), entre outros”, detalha Dr. Felipe.

“É certo que, com o passar dos anos, o fio de cabelo, se não tratado, vai ficando cada vez mais fino até chegar em um determinado momento em que o poro (onde sai o fio) se fecha, não tendo mais como reaver esse fio, pois chegou em estágio de atrofia, como se fosse uma árvore que seca e a raiz e morre”, destaca o dermatologista.

Nesse momento o tratamento clínico fica muito limitado, sendo necessário implantar um novo fio no local, colocar uma nova raiz para que a área perdida possa ser preenchida. “A indicação do transplante capilar vai depender do grau de calvície do indivíduo e de sua área doadora (região de nuca e laterais, áreas essas que não sofrem afinamento uma vez que não possuem um “DNA da calvície”, orienta Dr. Felipe.

Público feminino também sofre queda de cabelos – durante e após a gravidez o problema pode se agravar 

Um momento da vida em que é comum as mulheres indicarem alta queda de cabelos é logo após a gravidez. “A queda de cabelo após o parto é muito comum e ocorre principalmente devido às diversas alterações hormonais que ocorrem na gravidez. Na verdade, não é a amamentação em si que provoca queda de cabelo. Inclusive um estudo mostrou que a amamentação pode ser um fator protetor nesta queda de cabelo pós parto, com uma taxa maior de cabelos em fase de crescimento em mulheres que estavam amamentando em comparação com aquelas que não amamentavam”, explica a dermatologista Flávia Basílio, de Curitiba, no Paraná.

A médica explica que durante a gravidez, a taxa de fios em fase de crescimento aumenta, e no período pós parto o inverso ocorre, com muitos fios entrando em fase de repouso ao mesmo tempo, levando à queda desses fios em média 3 meses após o parto. “É recomendado nesse período ter uma alimentação saudável, rica em vitaminas e minerais, e suplementos podem ser recomendados. É muito importante a consulta médica para orientações adequadas, lembrando que se a queda for persistente outros fatores devem ser investigados”, destaca Dra. Flávia.

Queda de cabelos é um tema que assusta homens e mulheres de diversas idades.  Um tipo, em especial, vem chamando a atenção de dermatologistas.  Trata-se de uma alopecia progressiva e irreversível, mais frequente em mulheres.  Dados epidemiológicos sobre a chamada alopecia fibrosante frontal (AFF) ainda não estão disponíveis, porém observações de dermatologistas ao redor do mundo reforçam o aumento do número casos da doença.

A AFF foi descrita pela primeira vez na literatura médica há cerca de 20 anos e nos chama a atenção pelo número crescente de pacientes que desenvolveram o problema”, explica o dermatologista Rodrigo Pirmez, um dos autores da obra Hair and Scalp Treatments.

“A AFF se manifesta principalmente pelo perda dos cabelos na linha de implantação. A paciente tem a sensação de que a testa está ficando cada vez maior. Outro sinal característico é a perda das sobrancelhas que muitas mulheres atribuem a idade, o que acaba retardando a procura pelo dermatologista”, detalha o médico que dirige clínica especializada em tratamento de cabelos, em Ipanema, no Rio de Janeiro.

O especialista ressalta ainda que outras manifestações podem acompanhar a doença: “Perda dos pelos do corpo é muito comum. Alguns pacientes tem alterações na textura da pele do rosto, como se fossem bolinhas. E outros podem também apresentar manchas acizentadas na face”

Dr. Rodrigo Pirmez, especialista no assunto de alopecia, vice-presidente da International Trichoscopy Society e membro da European Hair Research Society e North American Hair Research Society, explica alguns possíveis gatilhos para o surgimento desse tipo de queda de cabelo:

  1. Acredita-se que alterações hormonais tenham um papel importante no desenvolvimento da alopecia, uma vez que a doença afeta predominantemente mulheres e é associada com o período perimenopausa.
  2. O surgimento recente da doença leva pesquisadores a acreditarem que fatores externos que tenham sido introduzidos há pouco tempo no meio ambiente tenham possam estar atuando como gatilho da doença. Fatores já aventados incluem uso de protetores solares e cosméticos, exposição à telas de computadores, contraceptivos orais e diferentes dietas. No entanto, ainda não há nenhum desses fatores seja responsável pela gênese da doença.
  3. A autoimunidade, ou seja, quando o próprio organismo se ataca, também é considerada. Estudos sugerem que pacientes com AFF tem maior incidência de doenças autoimunes. Há ainda a impressão de que a gênese da alopecia fibrosante frontal possa ser multifatorial e que um único gatilho não seria suficiente para desencadear a doença.

“É importante ressaltar que esses estudos da doença são iniciais e que não há confirmação de que nenhum dos fatores estudados possa ser, de fato, um gatilho para o surgimento da doença. Portanto, não existem recomendações oficiais no sentido de se proibir ou estimular o uso de nenhum produto ou comportamento específico”, reforça Rodrigo Pirmez.

“Minha recomendação é que o paciente busque a consulta com dermatologista especializado em doenças dos cabelos e couro cabeludo e realize os exames indicados para confirmar o tipo de alopecia, que podem ir desde a tricoscopia, exames de sangue ou até mesmo uma pequena biópsia de pele.  A partir de uma avaliação individualizada o médico irá prescrever o tratamento adequado. A AFF tem tratamento e o diagnóstico precoce é chave para o sucesso do tratamento”, conclui o dermatologista.

De acordo com o último levantamento da SBC (Sociedade Brasileira do Cabelo) divulgado no segundo semestre de 2018, em média 42 milhões de brasileiros são reféns da calvície. Dentro da mesma pesquisa, outro dado que chama a atenção é a quantidade de jovens entre 20 e 25 anos que também sofrem com a queda capilar e segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), os mais atingidos são os homens acima na faixa de  50 anos.

 O especialista em transplantes capilares Thiago Bianco explica alguns mitos e verdades sobre a queda capilar:

  1. Xampu Bomba funciona para o crescimento natural dos fios? 
  2. Mito. Não existe comprovação científica de que o uso de medicamentos e vitaminas dentro do xampu possa fazer o crescimento do fio ser acelerado. O que geralmente ocorre é o efeito placebo, onde a pessoa acredita que o remédio funciona e sente os seus efeitos de fato.
  3. Usar boné ou chapéu em excesso, causa queda de cabelo?
  4. Parcialmente verdade. O uso diário do boné ou chapéu pode sim acelerar o processo de queda de cabelo por conta da umidade que os acessórios causam na cabeça, podendo ocasionar processos inflamatórios no couro cabeludo. Mas, se o jovem já tiver predisposição para ter este problema (fator genético), o uso ou não de algo na região da cabeça, em nada irá afetar.
  5. Ter uma dieta rica em proteínas desde cedo, irá retardar a queda de cabelo? 
  6. Mito. Por mais que o cabelo seja proteico, o fato de ingerir o nutriente não influenciará no transtorno, apenas irá deixar um aspecto mais saudável aos fios.
  7. Uso de chapinha e secador na adolescência favorece a queda dos fios? 
  8. Parcialmente verdade. A utilização diária destes dois aparelhos danifica os fios ocasionando a queda, mas nem sempre irá resultar em uma calvície permanente. Caso a jovem tenha fatores genéticos ou fios ralos e enfraquecidos, o problema poderá aparecer. De qualquer maneira, deve-se evitar o uso constante dos dois equipamentos.
  9. Prender o cabelo sempre pode danificar os fios transplantados? 
  10. Plausível. Se o prendedor escolhido for agressivo ou ainda, se a pessoa prender com muita força isso pode sim causar uma quebra dos fios.
  11. Traumas podem influenciar na calvície?
  12. Verdade. Situações de estresse podem desencadear queda de cabelo. O mal pode provocar um início de alopecia androgênica, calvície causada por fatores genéticos.
  13. Abusar da química no cabelo, como tinturas e alisamentos, ajuda na calvície precoce? 
  14. Verdade. O uso excessivo de qualquer tipo de química causa danos aos fios, como a destruição do fio, quebra e enfraquecimento e, todos estes problemas juntos podem causar a queda excessiva que, se não cuidada, pode causar a calvície.
  15. Dormir com cabelo molhado faz mal?
  16. Verdade. Não é recomendado dormir com o cabelo molhado, já que internamente o fio demora entre 6 a 8h para secar e, com isso, a umidade em contato com o travesseiro pode facilitar a proliferação de fungos e outras doenças.
  17. É possível atingir um resultado totalmente natural e impercebível com transplante capilar? 
  18. Verdade. Por meio das atuais técnicas de transplante folicular, o paciente atinge um resultado impercebível e indetectável. Uma vez realizada por um cirurgião que tenha habilidade técnica e um senso artístico apurado, o transplante terá um aspecto totalmente natural.
  19. Jovens não podem se submeter a transplantes capilares? 
  20. Mito. Com as novas técnicas como a FUE (Folicular Unit Extraction), método que usa unidades foliculares por meio de micro lâminas circulares, e a FUT (Follicular Unit Transplantation), técnica mais tradicional que promove a retirada de uma faixa de cabelo do couro cabeludo, qualquer pessoa, independentemente da idade ou do sexo, pode se submeter ao transplante, porém o paciente tem que ter uma boa indicação cirúrgica, e em pacientes mais jovens, é preferível iniciar um tratamento clínico para estabilização do quadro de calvície, para posterior procedimento de transplante capilar.
  21. É possível transplantar cabelo usando pelos de outras partes do corpo?
  22. Verdade. Caso não exista mais a possibilidade de retirar os fios da área da nuca, é possível sim transplantar pelos do corpo para a região. A técnica body hair transplant é uma cirurgia um pouco mais delicada e complexa do ponto de vista técnico e não de risco cirúrgico.
  23. Consiste na retirada de pelos do corpo como os fios da região submentoniana (abaixo do queixo) ou no tórax do próprio paciente.  Após o procedimento, os pelos pegam as características da região em que foi transplantado tanto em matéria de taxa de crescimento, como de espessura. Com o passar do tempo, ao crescerem, fica quase impossível definir a diferença entre as características do pelo e fio de cabelo.
A atriz Evelyn Montesano posa como modelo para mostrar com separar o cabelo  e tratamentos para o crescimento do fio. A atriz é impecável no tratar seu cabelo,e segue à risca o imbatível profissional Robson Albuquerque, hair stylist e make do Espaço Top Hair Ipanema.

 

De que maneira acontece o crescimento capilar? O que é preciso para que ele aconteça?

O crescimento acontece devido à multiplicação dos queratinócitos, um tipo de célula localizada no bulbo capilar. É essa multiplicação, que empurra o fio para fora da pele fazendo o cabelo crescer.

Há maneiras de influenciar e agilizar o crescimento capilar? Como?

Sim! Ingerindo alimentos ricos em proteínas, como carne, peixe, ovos , frango, soja,lentilha, castanha e aveia.

O que é mais indicado, produtos naturais ou industrializados? Eles realmente funcionam? 

Os produtos naturais sempre serão os melhores auxiliadores para o mecanismo de todo o nosso corpo. Os resultados são  mais lentos, porem fantástico.

O tipo de cabelo interfere nos mecanismos de crescimento capilar? Como? 

Cabelos finos, podem ter o crescimento mais lento e pode ser uma predisposição genética específica . Mas existem recursos com medicamentos adequados que podem melhorar  a resistência e volume dos fios.

Quais as receitas para o crescimento capilar de maneira natural? 

Controle nutricional, controle hormonal, e massagem no couro cabeludo para melhor irrigação sanguínea.

Quais são os mitos sobre o crescimento capilar? 

Os fios crescem de 1cm a 1,5cm por mês, e isso não altera com dietas, ampolas ou uso de medicamentos. Portanto não existe mágica para o crescimento dos fios.

Qual a importância do cronograma capilar para o crescimento? Como funciona?

O cronograma é uma agenda para o seu cabelo, e seu objeto é a reposição de massa capilar dos fios. Sua função é hidratar, nutrir e reconstruir. Cabelos bem tratados tem um crescimento mais saudável. É importante identificar qual a maior necessidade dos fios, para poder intensificar mais numa etapa ou na outra.

  • Hidratação – repõe água nos fios
  • Nutrição – repõe óleos
  • Reconstrução – repõe queratina
Gostou desse conteúdo? Compartilhe em suas redes!

You may like

In the news
Leia Mais
× Fale com o ViDA!