12 curiosidades sobre alimentação infantil

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Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que a obesidade já atinge mais de 41 milhões de crianças com até 5 anos de idade. Elas já são consideradas obesas ou que estão com excesso de peso. Este quadro, em 1990, totalizava 31 milhões de crianças.

Um estudo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) concluiu que o número de crianças obesas dobrou. A pesquisa mapeou crianças com idade entre 10 e 15 anos do entorno da universidade, na Zona Norte do Rio. O levantamento apontou que o sedentarismo também tem se tornado mais frequente entre os menores, afetando diretamente a qualidade de vida.

Para a nutricionista comportamental Patrícia Cruz, especialista em obesidade infantil e adulta, cada vez mais a obesidade tem se tornado um assunto de saúde pública, que deve ser discutido e debatido pelas autoridades em busca de soluções que possam melhorar a qualidade de vida dessas pessoas. No entanto, perder peso não é uma tarefa tão fácil quanto aparenta.

“A obesidade é uma doença crônica de múltiplas causas, entre elas a genética, ambiental e psicológica”, afirma. A nutricionista ainda alerta: não se deve culpar o obeso pela doença. É preciso, segundo ela, aprender a tratar a obesidade. “É muito comum escutarmos as pessoas culpando os obesos/gordinhos por estarem comendo um sanduíche ou até mesmo um brigadeiro. O que não ocorre, por exemplo, se um hipertenso comer sal ou alimentos ricos em sódio”, explica.

“A alimentação é essencial para o desenvolvimento da criança, pois começa a partir da amamentação do recém-nascido (que dura em média até os 2 anos ou mais) e continua na introdução de novos alimentos em sua nutrição, a partir dos 6 meses”, explica. Neste período, as dúvidas surgem, principalmente, quando se trata de pais e mães de primeira viagem.

Neste Dia Mundial da Alimentação (15 de outubro), encerrando a semana que celebrou ainda o Dia das Crianças (12) e o Dia Nacional de Combate à Obesidade (11), o Blog Vida & Ação traz uma lista elaborada sobre as principais questões do tema.

1 – Hora certa para fazer a refeição  

Comer muito tarde não atrapalha o sono da criança. No entanto, a especialista alerta para a importância de ter horários bem definidos. “É essencial para a criança ter uma rotina saudável de sono. Portanto, dormir cedo e ter horários bem definidos de refeição.” – afirma Patrícia Cruz.

2 – Frutas com casca ou sem casca? 

As frutas com cascas aumentam a concentração de fibras, elas desempenham um papel muito importante para o bom funcionamento do organismo e, consequentemente, para a saúde. Por isso, a nutricionista recomenda optar pelas frutas com cascas.

3 – Doces e refrigerantes 

Para Patrícia o consumo de refrigerante não deve ser estimulado nunca. Já em relação aos doces, a nutricionista afirma que eles fazem parte de um hábito alimentar saudável. “Os doces podem ser consumidos quando as crianças começam a fase escolar.” – comenta.

4 – Leite de soja x Leite de vaca 

O leite de soja é indicado somente para crianças com alergia ao leite de vaca, pois ele é isento de cálcio. Este é o principal mineral que compõe a estrutura óssea e dentes em nosso organismo. Ele é responsável por processos como: contra muscular, coagulação do sangue e transmissão de impulsos nervosos. Portanto, a especialista reforça que o leite de vaca é o mais indicado.

5 – Frutos do mar 

Como esses alimentos têm elevado potencial alergênico, eles só podem ser introduzidos na alimentação infantil a partir dos 2 anos de idade.

6 – Sem carne vermelha, pode?  

A especialista reforça que não se deve tirar nenhum alimento da dieta. O certo é que isso seja feito somente diante de um quadro de alergia alimentar. A carne vermelha é a principal fonte de proteínas, zinco, gorduras e ferro para o organismo da criança. Os outros tipos de carnes não possuem a mesma concentração dos nutrientes.

7 – Dieta vegetariana  

Segundo Patrícia, se a dieta vegetariana for bem balanceada, com trocas saudáveis para evitar deficiências nutricionais como ferro, cálcio, vitamina B12 ela pode ser feita por crianças também.

8 – Alimentação no período escolar 

Segundo a nutricionista, a melhor forma de conciliar a alimentação com o período escolar é mantendo a famosa lancheira. Assim, os pais diminuem o consumo de compras na cantina da escola. Outra dica importante na hora de procurar escolas para os filhos é conhecer a proposta da cantina.

9 – Perda do hábito saudável  

É muito comum que as crianças percam o hábito de uma alimentação saudável depois de um tempo e não necessariamente depois de muito tempo. Às vezes gostam de determinados alimentos na fase pré-escolar e após chegarem à adolescência não gostam mais ou não possuem o hábito de consumir o alimento. Para a nutricionista, isso ocorre devido às mudanças hormonais, forma de preparo e o novo estilo de vida.

10 – Negociações com a criança para comer, funciona?  

Não se deve negociar alimentos, isso é errado. “Criança tem a percepção de forma e saciedade bem claras. Trocar verdura, legumes ou fazer com que aquela termine o que está no prato por brinquedos ou mais tempo de TV não é certo. Se não comeu tudo no prato, geralmente é porque já está saciada. Forçá-la só vai fazer a criança associar o ato de comer com uma imensa sensação de desconforto”, explica a especialista.

11 – Como então ensinar uma criança a comer?

Para ensinar uma criança a comer algo que ela diz não gostar é preciso ter paciência, ir oferecendo sempre, mudar a forma de preparo, cortes e combinações. Deixá-la comer por conta ou colocar a comida no prato são outras ações, bem como explicar o motivo do porquê é importante comer aquilo. Levá-la para cozinha para fazer preparações rápidas e fáceis e mostrar o prazer da refeição é fazer com que a criança entenda como a comida é gostosa e faz bem a saúde e não é uma obrigação.

12 – Criança obesa: como os pais devem agir?

Os pais que têm filhos com excesso de peso jamais devem culpar ou punir a criança por isso. O que pode ser feito são compras mais saudáveis, para que a geladeira e os armários ofereçam para a criança opções mais nutritivas. Segundo a nutricionista, a obesidade pode vir de hábitos alimentares inadequados e sedentarismo. Quando se trata da obesidade infantil, os pais têm total responsabilidade. “As crianças não fazem compra e nem preparam a comida, as escolhas delas são feitas através do que lhe é oferecido. Por isso, aos pais, com suas crenças e rotinas, que formam o hábito alimentar da criança”, reforça a especialista.

 

 

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