13 mitos e verdades sobre o câncer de mama

Ginecologista e mastologista listam as principais dúvidas em relação à doença que é alvo da campanha Outubro Rosa

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Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) revelam que o câncer de mama é o segundo tipo mais frequente no mundo, perdendo somente para o de pele não melanoma, e o mais comum entre as mulheres. Para 2020, foram estimados 66.280 novos casos – 61 a cada 100 mil mulheres.

Muitas mulheres costumam ter dúvidas sobre a doença, cujos sintomas incluem nódulo na mama, mudanças na forma do mamilo e secreção com sangue pela mama. Segundo estudos, quando diagnosticado precocemente, as chances de cura são de 95%.

De acordo com Renato de Oliveira, ginecologista e infertileuta da Criogênesis, um sinal do câncer de mama é o surgimento do nódulo na mama, o qual será palpável, geralmente, se maior que 1 cm.

O câncer de mama é definido como o crescimento de células malignas a partir do tecido mamário. Por isso, é importante que a mulher fique atenta também a outros sinais como o inchaço, alterações na coloração, tamanho, formato, textura da pele das mamas e secreções que saem dos mamilos”, esclarece.   

Apesar de ser um tema bem relevante, muitas dúvidas ainda surgem. Abaixo, Dr Renato separou cinco mitos e verdades sobre o câncer de mama. André Mattar, médico mastologista do Laboratório Rocha Lima, também listou alguns tópicos importantes sobre a doença. Confira:

1. O único fator de risco para o câncer de mama é a genética

MITO. De fato o câncer de mama pode apresentar um componente genético, sendo assim, mulheres com histórico familiar são mais suscetíveis a desenvolvê-lo. “Porém, ainda que não existam casos na família, a pessoa pode adquirir a doença, sobretudo, por fatores de risco como obesidade, fumo, ingestão regular de álcool, primeira menstruação em uma idade precoce, menopausa após os 50 anos, primeira gravidez após os 30 anos e ausência de gravidez, por exemplos” alerta Renato.

2. A detecção precoce do câncer de mama aumenta as chances de cura

VERDADE.   Se no momento do diagnóstico o tumor tiver menos de 2 centímetros (estágio inicial) e, dependendo do tipo do câncer, as chances de cura chegam a 95%. Portanto, quanto mais cedo o tratamento for iniciado, maiores são as chances de cura.

3. O câncer de mama é mais comum a partir dos 50 anos

VERDADE. A medida que a idade avança, torna-se maior o risco de desenvolver a doença. No entanto, o especialista alerta que mulheres com histórico familiar, independentemente da idade, são mais suscetíveis a desenvolvê-lo. “Mulheres a partir dos 40 anos podem fazer mamografia uma vez ao ano. Porém, o Ministério da Saúde recomenda, de um modo geral, que esta prática se inicie a partir dos 50 anos. Caso tenham algum parente próximo com câncer de mama, exista algum nódulo ou suspeita de doença, o início da investigação deve ser antecipado”.

4. Gestantes podem realizar a mamografia

MITO. No período da gestação, a mamografia deve ser evitada em mulheres que não apresentam qualquer sintoma nas mamas. No entanto, em casos de suspeita do surgimento da doença na gestação, o exame indicado é a ultrassonografia devido à maior segurança e ao conforto para a paciente.

5. O autoexame não substitui os exames regulares

VERDADE. Apesar de não substituir os exames regulares, o autoexame ajuda a mulher na detecção de alterações nas mamas. “O autoexame pode ser realizado uma vez ao mês, na semana seguinte ao término da menstruação. A mulher deve se posicionar em frente ao espelho, com uma mão atrás da nuca, usando a outra para palpar a mama suavemente com os dedos. Enquanto isso, ela deve observar se há alguma alteração visível, como por exemplo, alteração na pele ou no formato da mama. Para as pacientes que não menstruam, recomenda-se o autoexame sempre no mesmo dia de cada mês”, finaliza.

8 tópicos importantes sobre a doença

– Filho (a) de mãe que já teve câncer de mama têm mais chances de desenvolver a doença

Essa questão é verdadeira principalmente se o parente afetado apresentar a doença antes da menopausa. Os casos de câncer de mama hereditário são raros (cerca de 10% de todos os casos). Desta maneira, a maioria dos casos não é familiar, e, portanto, todas as mulheres devem ficar atentas. Quem possui histórico familiar de câncer de mama ou outros tipos de câncer deve ser melhor avaliado com um especialista no assunto.

– Apenas as mulheres têm câncer de mama

É raro encontrar homens que tiveram câncer de mama, tanto que eles correspondem apenas entre 0,5 a 1% dos casos. Porém, segundo pesquisas feitas nos último 25 anos, foi constatado um aumento de aproximadamente 26% nas incidências do câncer de mama em homens.

– Mães depois dos 30 e menstruação precoce tem maior probabilidade de ter câncer de mama

As mulheres que estão dentro desse perfil ficam mais expostas aos hormônios estrogênio e progesterona, pois menstruam com mais frequência no decorrer da vida, por isso o risco é ligeiramente maior.

– Sutiã e desodorantes podem aumentar o risco de câncer de mama

Mito. Várias Fake News foram divulgadas dizendo que os desodorantes e até mesmo o sutiã podem ser os responsáveis pela doença. Na verdade, não existe nenhum estudo adequado que comprove que isto é verdade.

– Amamentar colabora na prevenção da doença

A amamentação é claramente um fator protetor para o câncer de mama, especialmente por modificar a glândula mamária e torna-la mais diferenciada e estável. O benefício da amamentação é variável pois depende de vários outros fatores de risco associados.

– Mulheres com seios pequenos não correm o risco de ter câncer de mama

Não existe ligação em relação ao tamanho dos seios e o câncer de mama, são outros fatores que podem contribuir com o aparecimento da doença como o sedentarismo, obesidade, uso de hormônios e alimentação com alto índice de gordura.

– Silicone pode aumentar as chances de ter a doença

Outro boato infundado. Apesar de não aumentar o risco o implante pode atrapalhar o diagnóstico da doença, recomenda-se portanto, antes do procedimento, uma avaliação adequada com um especialista.

– Qualquer caroço na mama é um câncer     

Muitos pensam que qualquer caroço na mama é sinal que a pessoa tem câncer, mas isso não é verdade. Ele pode ser benigno ou maligno, mas isso só pode ser comprovado através de exames.

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Com Assessorias

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