Dislexia atinge até 7% da população, mas tem ‘conserto’

O atorTom Cruise é um dos muitos famosos que possuem essa dificuldade na linguagem
Gostou desse conteúdo? Compartilhe em suas redes!
O atorTom Cruise é um dos muitos famosos que possuem essa dificuldade na linguagem
O ator Tom Cruise é um dos muitos famosos que possuem essa dificuldade na linguagem

O que teriam em comum os atores Tom Cruise e Whoopi Goldberg, a cantora Cher, a escritora Agatha Christie e o físico Albert Einstein? Todos têm ou tiveram dislexia, um transtorno neurogenético, hereditário, que leva crianças e jovens (4% a 7% da população) a apresentarem uma dificuldade de compreender, interpretar e memorizar conhecimentos por meio da leitura.

“Os disléxicos costumam demorar mais para se alfabetizarem e não se interessam em se expressar, por meio de palavras, historinhas e fatos cotidianos”, afirma o neuropediatra da Neuro Saber, Clay Brites. Segundo ele, pais sempre ficam preocupados quando os filhos apresentam grandes dificuldades de leitura e escrita, principalmente a partir dos 9 anos.

A situação se torna inadmissível nessa idade se a criança for inteligente e viver em ideais condições socioculturais. “Antes de a família entrar em pânico, é preciso compreender esse transtorno para poder superar esses problemas”, ressalta ele, lembrando que dia 10 de outubro é celebrado o Dia Mundial da Dislexia.

Brites esclarece que é comum ocorrer trocas, inversões e/ou omissões de letras, confusões fonéticas pelos pequenos durante a alfabetização. Diz ainda que, geralmente, essas crianças possuem dificuldades em relação a nomeação de figuras ou cores e apresentam histórico de atraso na fala durante os primeiros cinco anos de vida.

Mas não se trata de pessoas “sem conserto”. “É possível intervir precocemente em “crianças de risco” antes de apresentarem grandes dificuldades na fase escolar. A remediação precoce já é amplamente aceita e vista como eficaz na literatura internacional e nacional desde a década de 90”, explica o especialista.

O profissional afirma ainda que a intervenção precoce reduz os riscos em até 40% dos casos. Não existe tratamento curativo da dislexia. “Mas é possível realizar um manejo multidisciplinar com medicações, intervenções fonoaudiológicas e psicopedagógicas”.

Sobre a postura pedagógica das escolas, o neuropediatra reforça que a instituição de ensino deve promover mudanças. Essa preocupação fará com que as crianças disléxicas “possam se desenvolver sem sofrerem com crises de ansiedade e pânico em sala se colocadas para ler em público, por exemplo”.

“Há uma maior chance de repetência e evasão dessas crianças. Existe também o risco de doenças mentais, especialmente depressão, e de se envolverem com más companhias. Portanto, pais, fiquem atentos e acompanhem todo o desenvolvimento de seus filhos”, finaliza.

Fonte: Neurosaber

 

Gostou desse conteúdo? Compartilhe em suas redes!

You may like

In the news
Leia Mais
× Fale com o ViDA!