Atenção aos idosos na rede pública de saúde deve ser ampliada na pandemia

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Atualmente, no Brasil, existem aproximadamente 30 milhões de pessoas acima dos 60 anos. Desses, cerca de 60% apresentam hipertensão arterial sistêmica e 23% diabetes mellitus, segundo o inquérito Vigilância de Fatores de Risco para doenças crônicas não transmissíveis (Vigitel), de 2018. Essas condições podem agravar a doença se houver um contágio pela Covid-19.

De acordo com o Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (Elsi-Brasil), de 2018, 75,3% dos idosos brasileiros dependem exclusivamente dos serviços prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sendo que 83,1% realizaram pelo menos uma consulta médica nos últimos 12 meses.

Aproveitando o Dia Nacional e Internacional do Idoso (1º de outubro), o Ministério da Saúde quer sensibilizar a sociedade para as questões do envelhecimento e sobre a necessidade de proteção a saúde das pessoas idosas. Durante a pandemia da Covid-19, esses cuidados estão sendo redobrados, já que pessoas com 60 anos ou mais apresentam maior risco de complicações e letalidade pelo coronavírus.

Com foco na importância da organização da rede de atenção à saúde para atender a essa população, o Ministério da Saúde promove diversas ações para ampliar a atenção aos idosos em comunidades e em locais que servem de moradia a essa população, medidas que foram reforçadas desde o início da pandemia.

Já foram investidos mais de R$ 381 milhões na distribuição de 15.150.356 testes de Covid-19 aos estados (7.132.276 PCR e 8.018.080 testes rápidos), além da disponibilização de 282.975.136 Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), que representam R$ 610.545.558,42 de recursos executados aos estados e capitais.

ORIENTAÇÕES PARA ANTIGOS ASILOS

Em abril, a pasta participou da construção do Plano Nacional de Contingência para o Cuidado à Pessoa Idosa Institucionalizada na Pandemia da Covid-19, estratégia que reuniu diversas medidas de prevenção, proteção e recuperação da saúde dos idosos que vivem em Instituições de Longa Permanência (ILPI).

As recomendações do Ministério da Saúde incluem medidas de higiene, controle do fluxo de pessoas nos estabelecimentos, proibição de aglomerações, e a orientação de isolamento para idosos que apresentarem sintomas.

Para as Instituições de Longa Permanência (ILPI) é reforçada a necessidade do acompanhamento na Atenção Primária à Saúde, com orientações para eventuais internações e visitas periódicas das equipes da Saúde da Família nas instituições, além da articulação com o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) para prevenção e controle de infecções pelo coronavírus. Nas ILPI, estão 31.725 profissionais que atuam e convivem com 78.216 idosos.

Estados e municípios são orientados a suspenderem as atividades coletivas nos Centros de Referência em Saúde da Pessoa Idosa e nos Centros de Convivência do Idoso no Sistema Único de Saúde, já que os espaços atendem, na maioria, idosos que apresentam comorbidades.

ACOMPANHAMENTO E PREVENÇÃO

Devido à importância de não interromper o acompanhamento da saúde dos pacientes idosos no SUS, a orientação é buscar alternativas como as visitas domiciliares.

Durante a campanha de vacinação contra a gripe deste ano, o Ministério da Saúde priorizou as mais de 30 milhões de pessoas idosas no país. Entre elas, as que se encontram em instituições de acolhimento, em um investimento total de R$ 1 bilhão na aquisição de 75 milhões de doses.

Dia Internacional do Idoso sensibiliza a sociedade para questões do envelhecimento

Por Cristiano Caveião e Fabiana da Silva Prestes*

Em 1991, por iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU), foi criado em 1º de outubro, o Dia Internacional do Idoso. Essa data tem como objetivo reconhecer o desenvolvimento inclusivo, equitativo e igualitário, sensibilizar a sociedade mundial para as questões do envelhecimento, destacando a necessidade de proteção e de cuidados para com essa população.

Essa data é uma oportunidade de reflexão e discussão sobre os direitos da pessoa idosa, sobre o caminho que estamos seguindo rumo a uma população de idosos, se estamos ou não preparados para este evento que é inevitável, quais são as mudanças que precisam ocorrer para garantir o progresso da população e a qualidade de vida acima dos 60 anos.

Nos chama a atenção para a implementação de políticas públicas de saúde nos âmbitos nacionais, estaduais e municipais, objetivando garantir o bem-estar e a dignidade à essa população. Bem como profissionais preparados na área da gerontologia, com a compressão da pessoa idosa como um todo, não só no que se refere às necessidades de cuidados com a saúde, mas com a combinação de cuidados que visem suas necessidades biológicas, sociais, psicológicas, espirituais e demais aspectos que englobam o envelhecimento normal ou senescência e o envelhecimento patológico ou senilidade.

Com o crescimento da população idosa, prolificam-se os desafios, como discriminação; acesso à educação; longevidade; boa saúde física e mental; participação na sociedade; combate a negligência, desrespeito, abuso, maus tratos e violência contra o idoso.

Também é uma oportunidade para que as pessoas lembrem que a idade chega para todos, e que o impacto de uma população envelhecida também afeta a todos.

A data então conscientiza a todas as populações sobre a real importância das mudanças de atitudes com a pessoa idosa, sobre a forma de enxergar o envelhecimento humano e de buscar estratégias que concretizem essas necessidades e atendam a essas demandas. Fazer com que as pessoas possam envelhecer com segurança e dignidade colaborando com a vida econômica, política e social do seu país até seus últimos anos de vida.

Os idosos não podem ser vislumbrados uma população a parte, todos nós nos desenvolvemos e envelhecemos diariamente e isso requer aprender a conviver com os outros e com nós mesmos em todos os ciclos de vida.

*Cristiano Caveião é professor do Curso de Tecnologia em Gerontologia – Cuidado ao Idoso do Centro Universitário Internacional Uninter. Fabiana da Silva Prestes é professora do Curso de Tecnologia em Gerontologia – Cuidado ao Idoso do Centro Universitário Internacional Uninter.

Com Agência Saúde e Uninter

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