Autoconhecimento é grande aliado contra transtornos mentais

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Afinal, o que é saúde mental? Para facilitar o entendimento, podemos compará-la à saúde física. Quando falamos em ginástica para o corpo, sabemos exatamente quais são os benefícios desta prática, como prevenção de doenças, manutenção da forma física, qualidade de vida e bem-estar.

Com a saúde da mente é a mesma coisa. Ter saúde mental significa ter capacidade de manter o equilíbrio emocional, regular o estresse, lidar facilmente com questões financeiras, driblar problemas familiares e neutralizar medos e inseguranças.

Em outras palavras, cuidar da saúde mental ajuda a prevenir ansiedade, lapsos de memória, fobias, pânicos e depressão. De nada adianta estar com o corpo em forma se a cabeça não vai bem. A campanha do Janeiro Branco promove o conceito de “corpo são e mente sã”.

Os idealizadores da campanha escolheram o início do ano para defender a causa justamente porque, nessa época, as pessoas têm a sensação de recomeço, de reavaliação da própria vida, criam novos planos e possuem o desejo de ter um estilo de vida mais saudável e feliz.

O ser humano, de forma natural, possui uma preocupação exagerada com a estética, em função das cobranças do mundo moderno. Desta maneira acaba deixando de lado o cuidado e a atenção com a saúde mental. No entanto, a saúde mental não merece atenção apenas no mês de janeiro. É necessário cuidado durante todo o ano.

Uma mente doente pode estar acometida por diversos problemas e transtornos variados, como angústias, depressão, fobias exageradas, pânico, traumas, síndromes entre outros. A questão é que só vamos nos atentar para isso quando já estamos doentes mentalmente”, diz a psicóloga e psicanalista Andrea Ladislau.

“Se você possui equilíbrio e harmonia emocional, certamente você consegue resolver suas questões com muito menos sofrimento. O sofrimento e a angústia são gatilhos importantes para sinalizar que algo está errado. E é uma boa saúde mental que trará o sentido para sua vida”, afirma.

Para Andrea, a terapia é uma excelente ferramenta na construção da plena saúde mental do ser humano. Através da terapia o indivíduo poderá ter contato com seu eu interior e administrar de forma leve os desafios que o mundo impõe a cada segundo.

Cuidar da saúde mental requer buscar equilíbrio e leveza de forma a não se entregar a questões que possam atrapalhar a paz interior, de acordo com a psicanalista. Para isso, o autoconhecimento é um grande aliado neste processo”, afirma.

“Devemos buscar conhecer nosso interior, nossas questões, nossos sentimentos, nossas reações e respeitar nossos limites. Ao fazer isso não estaremos negligenciando nosso eu. Assim, fica mais fácil lidar com o mundo a nossa volta e nos relacionarmos melhor com os outros. Se eu não me entendo e não me conheço, será muito mais difícil ter uma relação saudável com as pessoas a minha volta”, explica.

Andrea enfatiza que, assim como o corpo possui limites, a mente também tem seus aspectos limitadores, o que pode ajudar muito ou também causar danos. “Preste atenção nas suas emoções e como lidar com elas. Um de nossos maiores tesouros e o que devemos almejar é a nossa qualidade de vida. Que passa tanto pelo aspecto da vivência em si, quanto da harmonia mental propriamente dita”, afirma. E complementa:

“Enfim, não seja negligente consigo mesmo. Respeite sua mente e seu corpo. Infelizmente, a urgência do mundo hoje, nos faz ver que todos os caminhos levam para a construção de indivíduos doentes mentalmente. Não seja um deles, busque seu equilíbrio, sua força motora e faça com que corpo e mente andem lado a lado para a conquista de uma vida feliz e consciente.”

Tratamento precoce pode ajudar

“Cuidar da saúde mental é tão importante quanto cuidar da física. Quando estamos doente fisicamente, logo, procuramos a ajuda de um profissional, o mesmo deve acontecer quando vamos mal emocionalmente”, disse a estudante de psicologia e enfermeira Katherine Maurente, que alerta para o tratamento precoce: “Infelizmente, boa parte das pessoas só vão procurar ajuda quando a ansiedade, depressão ou outros males da mente chegaram ao ponto de prejudicar significativamente o seu dia a dia” .

Katherine também alerta que é importante evitar as doenças emocionais. “Para que isso aconteça, precisamos nos conhecer melhor, buscarmos estar perto das pessoas que amamos e nos afastarmos das pessoas tóxicas, fazer atividades que nos dê prazer, evitar pensamentos negativos, sofrer por antecipação, entre outras medidas”, explica a profissional que ainda dá uma dica importante: “Interaja mais com as pessoas, tenha mais amigos, não fique tantas horas nas redes sociais. Resumindo,viva a vida real”.

Se isso é tão importante, então o que podemos fazer para cuidar da saúde mental? Além de recorrer a psicólogos, terapeutas, psiquiatras, neuropsicólogos e gerontólogos, podemos praticar ginástica cerebral. A prática utiliza diversas ferramentas e dinâmicas para melhorar o desempenho do cérebro e, ao mesmo tempo, desenvolver habilidades socioemocionais essenciais para a saúde mental, como autoestima, autoconfiança; além de lidar de maneira positiva com resoluções de problemas.

Outras dicas para controlar a ansiedade, é praticar uma atividade física, tentar reduzir o estresse no dia a dia, evitar pensamentos negativos e até deixar um pouco de lado as redes sociais, onde tudo parece um conto de fadas e servir como um gatilho para sentimentos ruins. 

Voluntários ajudam pacientes com transtornos mentais

No final de 2018, Rafaela foi internada na ala psiquiátrica do hospital por conta de uma forte depressão causada pela dependência química. Durante os três dias que a Rafaela ficou internada, sua mãe Maria Aparecida teve contato com os voluntários que atuam na psiquiatria e ficou encantada com o trabalho de acolhimento desenvolvido e logo quis fazer parte do time.

Em fevereiro de 2019, sua filha faleceu, deixando um grande presente, seu neto “João Vinicius”. Após a morte dela, Maria resolveu dedicar parte do seu tempo ao trabalho voluntário e hoje integra o time de voluntários do Einstein, atuando no setor de visitação no Hospital M’Boi Mirim.

Cadeirante que perdeu os movimentos após ser baleado em uma tentativa de assalto, Juarez Pereira da Silva é outro exemplo de como os cuidados dos voluntários ajudam a manter a saúde mental dos pacientes. Atendido pela ação do Voluntariado Einstein no hospital, Juarez recebeu dos voluntários a força e o apoio que precisava durante o processo de readaptação a sua nova realidade.

Hoje, Juarez faz parte do time do Voluntariado e ajuda pacientes nas mesmas condições em que já esteve a manterem a saúde mental em dia neste momento difícil. Os voluntários são treinados e focados exclusivamente no atendimento a pacientes da ala psiquiátrica do hospital.

O Voluntariado Einstein tem como objetivo promover o bem estar físico-psico-social dos beneficiários de seus serviços nas seis frentes e 68 setores em que atua. Em Paraisópolis, o Voluntariado conta com psicólogos contratados que atendem a comunidade, além de grupos de apoio às gestantes e mães que dão todo o suporte que vai além de pré-natal, instruindo e apoiando as participantes.

Com Assessorias

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