Mortes por câncer de mama X câncer de próstata

Doença representa mais de 10% de todos os tumores registrados no país, mas população tem a sensação que o câncer de mama faz muito mais vítimas

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Segundo a American Cancer Society, um em cada cinco novos casos de câncer nos homens é de próstata. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que o Brasil terá mais de 68 mil casos da doença em 2019, o que corresponde a 10% dos registros de todos os tumores no país neste ano. Alguns desses tumores podem crescer rapidamente, afetar outros órgãos e até levar à morte. No país, este câncer nos homens só tem menos incidência do que o câncer de pele não-melanoma.

Apesar destes números alarmantes, a população brasileira tem a percepção que câncer de mama (61%) faz mais vítimas mais quando comparado com câncer de próstata (39%). No entanto, os números de óbitos reais são praticamente semelhantes. Segundo dados do Ministério da Saúde, o câncer de próstata representa a segunda causa de morte entre a população masculina no Brasil,  com casos registrados de mais de 14 mil mortes. Um homem morre a cada 38 minutos no Brasil devido ao câncer de próstata. Em 2017 foram registradas no Brasil 16.927 mortes por câncer de mama (52%) e 15.391 mortes por câncer de próstata (48%).

Esta crença ocorre principalmente na população entre a partir dos 35 anos, quando o público já começa a receber as informações das campanhas de prevenção como o Outubro Rosa e o Novembro Azul, responsáveis por disseminar a grande importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e do câncer de próstata, respectivamente.

Para o biênio 2018-2019, o Inca estimou 68.220 novos casos de câncer de próstata. Esses valores correspondem a um risco estimado de 66,12 novos casos a cada 100 mil homens. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de próstata é o mais incidente em homens de todas as regiões do país, com 96,85/100 mil na região Sul, 69,83/100 mil na região Sudeste, 66,75/100 mil na região Centro-Oeste, 56,17/100 mil na região Nordeste e 29,41/100 mil na região Norte.

A alta prevalência e mortalidade do câncer de próstata foram fatores que levaram ao surgimento do Novembro Azul: um movimento mundial que ajuda na conscientização e popularização de informações a respeito da doença, além de alertar para necessidade do diagnóstico precoce, fundamental para aumentar as chances de cura.

Necessidade de urinar mais vezes pode indicar câncer de próstata

De acordo com Camilla Yamada, oncologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo , a próstata é a glândula que produz o líquido seminal, um dos componentes do esperma, e está localizada logo abaixo da bexiga e à frente do reto, parte final do intestino, envolvendo o canal da urina. O câncer de próstata é uma doença cujos principais fatores de risco são o envelhecimento, histórico familiar de câncer de próstata, fatores genéticos (na minoria dos casos), obesidade, alterações hormonais, entre outros.

Normalmente, a doença cresce lentamente e nas fases iniciais se mantém confinado à glândula, tratado, em geral, de forma local com altas chances de cura ou, em alguns casos selecionados, apenas observado clinicamente. Por outro lado, há tipos mais agressivos que exigem maior complexidade de tratamento”, conta a especialista.

Como na maioria dos cânceres, o diagnóstico precoce é o principal fator que aumenta as chances de cura. Por isso, a importância de campanhas como o Novembro Azul e a realização dos exames de rastreamento, que aumentam as chances de diagnóstico em fase inicial.

Recomenda-se que todos os homens, entre 50 e 75 anos, façam exames de rastreamento a cada um ou dois anos, de acordo com a indicação médica. Mas caso exista histórico familiar relacionado ao câncer de próstata, o ideal é começar antes”, reforça Camilla.

A especialista alerta também que sinais como a dificuldade e a necessidade de urinar mais vezes, presença de sangue e a diminuição do jato urinário podem apontar câncer de próstata. “Avaliação médica e exames regulares são importantíssimos e as opções terapêuticas são inúmeras como cirurgia, radioterapia, manejo hormonal, quimioterapia e/ou radionucleotídeos. A opção de tratamento deve ser individualizada e o arsenal de tratamentos disponível proporciona altas chances de cura ou controle da doença.”, afirma a oncologista.

Sobre prevenção, a médica alerta que hábitos saudáveis e estratégia para rastreamento da doença são as melhores alternativas. A BP conta com um centro especializado no tratamento do câncer de próstata, com equipes altamente qualificadas, protocolos médicos auditados por instituições nacionais e internacionais e recursos tecnológicos de última geração. Um dos destaques é o sistema robótico da Vinci Xi® acoplado à mesa de cirurgia, o que permite realizar procedimentos mais complexos e minimamente invasivos.
Com Assessorias
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