Câncer de pâncreas: 5 sinais da doença que matou Aretha Franklin

Especialista explica causas e tratamento desse tipo de tumor que avança rapidamente, por isso a atenção aos sintomas é essencial para identificar a doença no início

Aretha Franklin Aretha Franklin morreu de câncer de pâncreas, um tumor raro mas muito agressivo (Foto: Divulgação/2012)
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A cantora Aretha Franklin morreu na última quinta-feira (16), aos 76 anos, após batalha contra um câncer no pâncreas. O órgão que se localiza no interior do abdome, abaixo do estômago e à frente da coluna vertebral, em íntimo contato com o intestino delgado.

É considerado um dos órgãos mais importantes do nosso organismo pela sua função na produção de enzimas digestivas e hormônios. Conhecê-lo a fundo e entender melhor os sintomas de mau funcionamento é essencial para o diagnóstico precoce de condições que podem desencadear graves riscos à saúde, inclusive o surgimento do câncer.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), os tumores de pâncreas representam 2% de todos os tipos da doença registrados no Brasil – estima-se que o país tenha mais de 8 mil novos casos a cada ano -, sendo ele mais prevalente entre a população acima de 60 anos. Apesar da baixa incidência, esse é um tipo de tumor que avança rapidamente, por isso a atenção aos sintomas é essencial para identificar a doença no início.

Segundo a oncologista da Oncoclínica Centro de Tratamento Oncológico http://www.grupooncoclinicas.com/cto/ – unidade do Grupo Oncoclínicas no Rio de JaneiroMariana Bruno Siqueira, a principal dificuldade para a detecção do tumor ainda em estágio inicial é que, na maioria das vezes, os sintomas do câncer de pâncreas podem ser facilmente confundidos com consequências do estresse e do cansaço do dia a dia, como perda de apetite e de peso, náuseas, má digestão e dor abdominal.

“É preciso ter um olhar clínico bem apurado, pois os sinais de câncer no pâncreas não costumam ser associados prontamente à doença. Os exames de sangue, por exemplo, não apontam para o câncer, somente exames menos comuns como tomografia ou ressonância magnética”, diz Dra. Mariana.

E é justamente pelo fato de ser um tumor de crescimento rápido e de difícil detecção, que o câncer de pâncreas é considerado um dos mais graves. “Por isso recomendamos que, diante de sintomas suspeitos, a pessoa procure um especialista, pois quanto mais cedo for diagnosticado, maiores são as chances de um tratamento adequado”, completa a especialista.

É importante ressaltar que estes sinais não são necessariamente derivados do câncer de pâncreas. Todavia, a recomendação é de que na presença destes sintomas um médico deverá ser consultado”, desta a oncologista.

5 sinais  que podem servir de alerta


1- Perda de peso:
 Perda de dois quilos ou mais por mês, sem causa explicada, deve ser um sinal de alerta e um médico deve ser consultado. Geralmente, redução do apetite e fadiga crônica acompanham a perda de peso.

2- Dor abdominal e nas costas: Esses são os sintomas mais comuns em casos de câncer de pâncreas. A dor pode ser na região epigástrica ou lombar a depender da localização do tumor, se é na cabeça, corpo ou cauda do pâncreas. Isso porque, quando o tumor começa a
crescer, pode comprimir os órgãos vizinhos, causando as dores.

3- Icterícia: É a presença de uma cor amarelada na pele, mucosas e/ou nos olhos, conhecida como icterícia. A principal causa da icterícia nocâncer de pâncreas é a compressão das vias biliares e geralmente está relacionada com os tumores de cabeça do pâncreas. É importante lembrar que existem outras causas para icterícia, além do câncer de pâncreas, tais como: hepatite, cálculos biliares e outras doenças.

4- Fadiga: A presença da queda dos níveis de energia para as atividades diárias habituais é uma queixa comum nos pacientes recém-diagnosticados com câncer de pâncreas.

5- Depressão:
 Muitos pacientes referem que experimentaram mudanças de humor (depressão, ansiedade) antes de serem diagnosticados comcâncer de pâncreas. Depressão pode muitas vezes ser um dos sinais iniciais do câncer de pâncreas. Portanto, um paciente que apresente
depressão acompanhada de outros sintomas (dor, perda de peso, redução do apetite) deve ser investigado para possíveis causas de câncer.

Causas e tratamento

Ainda não é possível dizer qual a exata causa do crescimento do tumor no pâncreas. Porém, existem fatores que são relacionados diretamente com o aparecimento da doença. O uso excessivo de álcool, a obesidade e o histórico familiar aumentam a probabilidade do surgimento da doença. Além disso, quem sofre de quadros de inflamação de pâncreas por repetição ou pancreatite de repetição corre mais risco de câncer.

O hábito de fumar também influencia no aparecimento do câncer de pâncreas. Segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer), fumantes têm três vezes mais chances de desenvolver a doença.

O câncer de pâncreas se dá com maior frequência em idosos, entre os 60 e 70 anos, e a incidência é mais significativa entre homens.

Para ter um tratamento é preciso analisar o tamanho do tumor. “Se for descoberto ainda pequeno, restrito ao pâncreas, o tumor pode ser retirado em cirurgia. Após o procedimento, pode ser indicado fazer quimioterapia para aumentar as chances de cura”, afirma a médica.

Caso o tumor já esteja em fase avançada ou a doença tenha se espalhado para outros órgãos, médicos podem indicar quimioterapia para aliviar os sintomas e prolongar a vida do paciente, mas não há cura.

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