Carnaval solidário: blocos inspiram doadores de sangue

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Tem blocos nas ruas para incentivar foliões a doarem sangue, bloco do grupo Doutores da Alegria em hospitais públicos, gritinho de Carnaval para crianças de comunidades e distribuição de camisinhas e lenços umedecidos na orla do Rio. Tem ainda exposição de arte sustentável com motivos bem cariocas, documentário sobre a Baía de Guanabara e mostra fotográfica sobre espécies ameaçadas diante de transformações do planeta. Veja um desfile de Boas Ações que acontece no Rio de Janeiro em pleno verão, já em ritmo de Carnaval.

Bloco Vem Doar pra Mim

Carnaval, bloco, samba e muita cidadania. A véspera da folia carioca vai ser muito animada e com boa ação. Pelo quarto ano consecutivo, o Instituto Arcádia vai promover o desfile do bloco “Vem Doar Pra Mim” na terça-feira, dia 6 de fevereiro. O objetivo é incentivar e conscientizar a população sobre a importância da doação de sangue nesse período, que é um dos mais críticos em relação ao estoque de bolsas, já que há uma queda de pelo menos 50% no número de doadores voluntários.

Bloco Vem Doar Pra Mim-desfile
Desfile do bloco Vem Doar pra Mim no Carnaval 2017 (Foto: Divulgação)

De acordo com o coordenador do Instituto Arcádia, Alexandre Sapucaia, cerca de 200 pessoas participaram do bloco na edição passada. “Queremos convidar todas as pessoas para se divertirem conosco e salvar vidas. O bloco está em sua quarta edição animando os foliões e cumprindo um importante papel de conscientização no carnaval”, comenta Sapucaia.

A concentração está marcada para 9h, na Praça da Candelária. A partir das 10h, os foliões seguem em direção ao Hemorio, localizado na Rua Frei Caneca, onde os participantes poderão fazer a doação. O bloco vai ser animado pela bateria da escola de samba Porto da Pedra e também por passistas e todos os foliões que participarem do bloco vão ganhar um abadá personalizado. O bloco conta também com apoio da Secretaria de Estado de Educação (Seeduc), que levará alunos de escolas estaduais do Rio para participarem dessa folia solidária.

Bloco da Solidariedade do Inca

O carnaval começa mais cedo no Instituto Nacional de Câncer (INCA). Na segunda-feira, dia 5, às 11h, o Bloco da Solidariedade vai para a rua e convoca os foliões para uma ação de amor: doação de sangue. Os padrinhos Carlinhos de Jesus e Ana Botafogo, o intérprete Ito Melodia, integrantes da bateria da Escola de Samba Beija-Flor e sua eterna porta-bandeira Selminha Sorriso uniram-se para conscientizar a população: antes de cair na folia, compareça ao Banco de Sangue do Inca e ajude a salvar vidas!

A campanha de incentivo à doação de sangue e plaquetas no INCA acontece de 5 a 9 de fevereiro e tem como objetivo conseguir 450 doações. Esse número é essencial para manter o estoque de sangue e plaquetas regular durante o carnaval, período em que o estoque do INCA costuma reduzir em cerca de 50%. É fundamental que a população esteja consciente sobre a importância de doar sangue e plaquetas. Em decorrência do tratamento, muitos pacientes precisam receber transfusões regularmente. O Instituto realiza cerca de 1,5 mil transfusões de hemocomponentes por mês.

O Inca lembra que doar sangue é seguro. Qualquer pessoa em boas condições de saúde, entre 16 e 69 anos e pesando mais de 50 kgpode doar sangue. Não é necessário estar em jejum, mas é importante evitar alimentos gordurosos três horas antes da doação. Pessoas com febre, gripe ou resfriado não podem doar temporariamente, assim como as grávidas e as mulheres no pós-parto.

Os doadores devem apresentar documento com foto e os menores de 18 anos só podem doar com consentimento formal de um responsável. As doações podem ser feitas de segunda à quinta-feira (5 a 8/2), das 7h30 às 14h30 e sexta-feira (9/2) das 7h30 às 12h. O Banco de Sangue do INCA fica na Praça Cruz Vermelha 23, 2º andar – Centro – Rio de Janeiro – (21) 3207-1021 / 1580.

Gritinho de Carnaval nas comunidades

O Projeto Favela Mundo vai dar o famoso ‘Gritinho de Carnaval’ na próxima quarta-feira (7). Serão duas festas, em dois polos diferentes: na Cidade de Deus, às 10h, e em Tomás Coelho, às 15h. O evento gratuito é voltado para crianças e adolescentes de 2 a 18 anos. São esperadas cerca de 500 pessoas nos dois polos. Além das marchinhas mais famosas e animadas, o evento ainda contará com um concurso de fantasias, que premiará as melhores ideias com kits escolares.

Fundada em 2010, a ONG Favela Mundo já beneficiou mais de 4 mil crianças e jovens de 125 comunidades do Rio de Janeiro e da Baixada Fluminense. A ONG já representou o Brasil em diversos eventos no exterior. O projeto conta com o patrocínio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Cultura, LAMSA e MetrôRio, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Lei do ISS, e apoio do Instituto Invepar.

Bloco Seringa Solta

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O Carnaval 2018 chegou mais cedo para o Doutores da Alegria. Na terça-feira (6), às 14h, pacientes e funcionários do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, poderão acompanhar de perto o bloco Seringa Solta, que vai desfilar pelos corredores do hospital tocando e cantando sucessos de marchinhas de carnaval:  Abre alasSaca rolhasMamãe eu quero e Clarins estão no repertório. Na quarta-feira (7), às 14h, é a vez do Hospital Municipal da Piedade, em Piedade.

As apresentações reúnem artistas do grupo Conexão do Bem e músicos convidados da Orquestra Voadora e da Sinfônica Ambulante. Desde sua implantação, em 2009, o projeto Plateias Hospitalares promove mensalmente apresentações artísticas em hospitais públicos. Já foram realizadas mais de 500 apresentações, envolvendo 300 artistas e um público de cerca de 70 mil.

 Rio Galeria Ocupa

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Peça criada por Davi Rezende é uma das atrações da mostra que vai até dia 28 (Foto Divulgação)

Davi Rezende vem de uma família que adora trabalhar com sucata e já transformou, por exemplo, um orelhão em cadeira e construiu mesa de placas e uma poltrona a partir de um carrinho de bagagens. As obras criadas pelo artista são algumas das atrações da exposição ‘Rio Galeria Ocupa’, que será aberta nesta quinta-feira, dia 1,na nova sede da Satrápia, agência de benfeitorias para as cidades, na Rua Eurico Cruz, 15, no Jardim Botânico.

Para esta exposição, Davi preparou um quadro feito com latas, com um mosaico do Cristo Redentor. Já o artista Alfredo Borret pintou um quadro de Iemanjá a partir de tampas de latinhas, que também será exposto na mostra. Além desses, José Reynaldo, que transforma madeiras, chapas de ferro, vidro e diversos materiais em esculturas e instalações. A ilustradora Cynthia Dias, que pinta quadros com temas urbanos e femininos; Gabriela Pinheiro, que faz pinturas em papelão e Janine Magalhães, que cria desenhos autorais bordados em bastidor, vão expor seus trabalhos.

O projeto Rio Galeria nasceu em 2016 e reuniu artistas que usaram restos de construções para criar obras de arte. As peças foram vendidas e parte do valor arrecadado foi revertido para a construção de uma área de lazer para as crianças da Maré. O parquinho foi erguido com material reciclável e usou também restos de obras de construção. O Rio Galeria Ocupa estará em cartaz até 28 de fevereiro, de segunda a sexta, das 9h às 18h. A entrada é gratuita.

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Quadro de Iemanjá feito com tampas de latinhas por Alfredo Borret (Foto Divulgação)

Camisinhas de graça no litoral do Rio

Mesmo em temporada de viagens, férias e curtição, algumas obrigações não podem ser deixadas de lado. Visando à saúde e à conscientização, a Prudence, uma das marcas mais conhecidas de preservativos do país, realizará blitz de distribuição de mais de 6 mil unidades de produtos em estabelecimentos localizados próximos as principais praias de São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis neste fim de semana (dias 3 e 4 de fevereiro), com uma equipe de promotores enfatizando a importância do uso de preservativos e os benefícios dos lenços umedecidos no verão.

Serão distribuídos o Prudence Celebration, preservativo na cor dourada, com aroma e sabor de vinho espumante, e os Lenços Umedecidos Prudence Íntima. Para participar da distribuição, basta encontrar o casal de promotores com o uniforme da marca e resgatar seu produto, garantindo assim um verão seguro, prazeroso e divertido. No Rio, a ação acontece nas praias da Reserva, Barra e Recreio, no sábado, das 12h às 16h, e no domingo, das 11h às 15h.

Documentário sobre a Baía de Guanabara

Apesar da crença popular de que a Baía de Guanabara é inóspita, ainda é lar de uma rica biodiversidade – embora não se saiba ainda por quanto tempo resistirá. Dando sequência às discussões sobre a Baía de Guanabara, o Museu do Amanhã apresenta no sábado, dia 3 de fevereiro, às 15h, o documentário “Baía Urbana”, do biólogo e cineasta brasileiro Ricardo Gomes. Após a exibição do filme, o diretor conversará com a plateia. Este é o segundo documentário sobre a temática dos mares lançado pelo carioca Ricardo Gomes – o primeiro foi “Mar Urbano”, em 2014, sobre a biodiversidade de Copacabana e Ipanema. As inscrições para o evento que a abre a temática de “águas e oceanos” no Museu são gratuitas e podem ser feitas pelo site.

Ao longo de um ano e meio, durante 40 dias, em mergulhos em diversos pontos da baía, ele registrou diversas espécies de peixes, raias e até mesmo lulas e cavalos-marinhos. Aclamado durante a primeira Conferência da ONU sobre os Oceanos, em Nova York, em junho de 2017, o documentário de 73 minutos mostra um lado pouco conhecido da Guanabara, cuja poluição cotidiana de esgotos e de lixo acaba ganhando mais repercussão internacional do que suas resistentes maravilhas. O documentário tem apoio do Centro Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (Centro RIO+), ligado ao Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Ameaçados – Planeta em Transformação

A população de rinocerontes da África e Ásia foi praticamente devastada pelos humanos (Foto: Divulgação)
A população de rinocerontes da África e Ásia foi praticamente devastada pelos humanos (Foto: Divulgação)

Também no Museu do Amanhã acontece  a exposição temporária “Ameaçados – Planeta em Transformação”, que reúne em 30 imagens do fotógrafo brasileiro Érico Hiller. Desde 2010, ele percorre o mundo fotografando e, há dez anos, iniciou as pesquisas sobre as transformações do planeta. Além de mostrar os cliques de ambientes naturais ameaçados, as imagens selecionadas também exibem parte do trabalho “A Jornada do Rinoceronte”, que virou livro no ano passado.  A obra denuncia práticas criminosas e superstições que podem levar, nos próximos anos, à extinção dos mamíferos de chifres cobiçados.

As imagens selecionadas para a mostra revelam os efeitos das mudanças climáticas nas Maldivas, o drama dos rinocerontes na África e na Ásia, os poucos caminhos ainda exuberantes da Mata Atlântica Brasileira, além de registrar as modificações sofridas pelo Ártico, percorrendo o Monte Kilimanjaro, na Tanzânia. A mostra fica em cartaz até abril, no Lounge, localizado no mesmo pavimento da Exposição Principal. Uma das imagens é de um rinoceronte (foto), para ilustrar que a população de rinocerontes da África e Ásia foi praticamente devastada pelos humanos.

No século XVIII, por exemplo, existiam mais de 850 mil rinocerontes-negros.  Hoje, há pouco mais de 5 mil animais. A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) afirma que, no mundo, sobrevivem 24.500 rinocerontes de cinco diferentes espécies, sendo 1.250 em cativeiro. Um dos motivos da alta mortalidade é a busca de caçadores pelo chifre do animal, traficado internacionalmente como cura para doenças e afrodisíaco. Seu valor, em gramas, é superior ao do ouro e diamantes. Mesmo com o declínio das espécies, os crimes continuam a acontecer.

“O meu trabalho é voltado para a ciência e pesquisas social e ambiental, combinando com as diretrizes do Museu do Amanhã, que encara a fotografia como uma ferramenta de transformação, com viés educacional. É a primeira vez que vejo todos os meus projetos juntos em um único espaço, e isso é motivo de muito orgulho”, comemora Érico Hiller, que atua como fotógrafo documental independente e colabora para publicações como National Geographic BrasilRolling Stone e Marie Claire.

Conexão Escola forma 60 alunos no Galeão

RIOgaleão - Formatura Conexão Escola 2017 (4)

Em plena férias, alunos de escolas públicas, da Ilha do Governador (RJ) voltaram a se reunir, não nas salas de aula, mas no Aeroporto Internacional Tom Jobim. Desta vez, para celebrar uma conquista fruto do estudo e aprendizado adquiridos no decorrer do ano passado. O RIOgaleão promoveu a formatura de mais de 60 estudantes que participaram do projeto socioambiental Conexão Escola, que desde 2015 capacita crianças em idade escolar de comunidades vizinhas ao Aeroporto Internacional Tom Jobim.

O principal objetivo é fazer com que os jovens se tornem agentes transformadores com o intuito de contribuir com a busca e o zelo por um meio ambiente mais equilibrado, bem como multiplicar o conhecimento social na comunidade e, assim, colaborar com o desenvolvimento daquela população. No evento de formatura, os alunos realizaram um espetáculo musical e teatral (foto), mostrando a seus familiares, amigos e professores um pouco do conhecimento que foi desenvolvido durante as aulas do ano anterior.

Durante o ano de 2017, os participantes realizaram diversas atividades para estimular o aprendizado e disseminar informações sobre questões socioambientais, tais como mundo animal, aviação, saúde, coleta seletiva, reciclagem, compostagem, plantio, pesca, criação de horta, poluição, combate à soltura de balões, impacto ambiental dos lixões, fauna, segurança aeroportuária e falcoaria.

Entre outras ações culturais e para promover mais entretenimento à juventude, os alunos também puderam realizar a Mostra Conexão Escola (exposição de esculturas criadas com resíduos gerados na comunidade onde moram em Tubiacanga, Ilha do Governador/RJ) e uma Oficina de Sucata. Houve também visitação ao Museu do Amanhã, excursão à Baía de Guanabara e Praia da Urca.

Em 2018, o projeto Conexão Escola retornará em sua quarta edição com novos estudantes do bairro de Tubiacanga (Ilha do Governador, RJ), novas atividades e excursões. Além disso, ex-alunos serão promovidos e poderão se tornar instrutores para ajudar com as atividades socioambientais durante o ano.

Da Redação, com Assessorias (atualizado em 6 de fevereiro de 2018, às 20h)

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