Cirurgia robótica ajuda a vencer o câncer de bexiga

Tecnologia é a mais indicada, principalmente em casos mais delicados e complexos. Câncer de bexiga é o segundo mais incidente entre os homens: entenda os riscos

Cirurgia robótica (Reprodução de internet)
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O mês de julho é dedicado a conscientizar sobre o câncer de bexiga. Apesar de pouco conhecida, esta é a segunda neoplasia do trato urinário mais frequente entre os homens, atrás apenas do câncer de próstata. O diagnóstico de tumor maligno na bexiga tem a indicação de retirada parcial ou completa do órgão. O paciente tende a ter muito receio de ser submetido à cirurgia, devido a técnica convencional de retirada e reconstrução da bexiga.

Por isso, a cirurgia robótica é a mais indicada para estes pacientes, principalmente para os casos mais delicados e complexos que antes estavam relacionados a cirurgias de altíssima complexidade e maiores riscos aos pacientes.  Esta tecnologia permite que a intervenção seja cada vez menos invasiva, otimizando a recuperação do paciente após o procedimento. No entanto, com a tecnologia da cirurgia robótica, retira-se a bexiga por pequenas incisões, mantendo o abdômen fechado mais tempo.

“Através da cirurgia robótica de bexiga, a cistectomia radical robótica, todo o processo cirúrgico é minimamente invasivo e mais seguro. A reconstrução da bexiga é facilitada e mais precisa, pela liberdade de movimentos do robô, que é comandado através do joystick pelo cirurgião. Além disso, há a redução do tempo cirúrgico, riscos de sangramentos e complicações pós-cirúrgicas, assim como diminui as chances de infecções’, destaca Rodrigo Frota, urologista e coordenador do programa de cirurgia robótica da Rede D’Or São Luiz.

Benefícios da cirurgia robótica

Entre as especialidades que mais operam com esta tecnologia se destacam a urologia, ginecologia e a cirurgia bariátrica, mas procedimentos também são feitos em cirurgia hepática, proctologia, tórax, entre outras.

O robô Da Vinci, de alta tecnologia, dispõe de uma pinça que contribui na precisão da dissecção da cirurgia, minimizando hemorragias, além disso, o sistema permite uma imagem 3D que permite a visualização mais precisa, possibilitando a localização de tumores dentro de órgãos sólidos, assim como a identificação de áreas mais vascularizadas.

A Rede D’Or São Luiz dispõe de seis robôs Da Vinci: em São Paulo, no Hospital São Luiz – Unidade Itaim, Hospital São Luiz – Unidade Morumbi, e Hospital e Maternidade Brasil; em Pernambuco, no Hospital Esperança Recife; e no Rio de Janeiro, no Hospital Quinta D’Or e no Hospital CopaStar.

Câncer de bexiha é confundido com poutras doenças

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de bexiga acometeu em 2016, aproximadamente, 10 mil pessoas no país. Seus sintomas, pouco conhecidos, muitas vezes podem ser silenciosos levando ao diagnóstico tardio da doença.

“Muitas vezes esse tipo de neoplasia é confundida com outras enfermidades do trato urológico como a infecção urinária, pois os sintomas são parecidos. A presença de sangue na urina, dor ou queimação ou necessidade frequente de urinar mesmo sem a bexiga estar cheia são os principais sinais de alerta para que a pessoa busque um especialista”, explicou Daniel Herchenhorn, oncologista clínico do Grupo Oncologia D’Or

O diagnóstico é feito através de exames de urina e de imagens como a citoscopia que é uma investigação interna da bexiga através de um instrumento com câmera. Durante a citoscopia é possível a retirada de células para biópia ou, em alguns casos, até mesmo a retirada do próprio tumor.

Existem três tipos de câncer de bexiga que variam de acordo com as células em que se iniciam: carcinoma de células de transição – representa a maioria dos casos e começa nas células do tecido mais interno da bexiga -, carcinoma de células escamosas -afetam as células delgadas e planas – e adenocarcinoma que se inicia nas células glandulares.

Segundo o oncologista clínico o tabagismo pode aumentar as chances de uma pessoa ter câncer de bexiga, pois os produtos químicos presentes no cigarro podem danificar as células da bexiga. Uma alimentação saudável rica em frutas, verduras e legumes e pobre em gorduras, principalmente as de origem animal, ainda é a melhor forma de prevenção do câncer de bexiga e dos demais tipos de tumores.

Da Redação, com assessorias

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