Geração sem pílula: conheça os métodos contraceptivos não hormonais

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Por conta da preocupação cada vez maior com os anticoncepcionais, diante dos riscos de causar uma trombose – doença que vitimou a ex-primeira dama Marisa Leticia após sofrer um AVC -, a busca por métodos não hormonais tem crescido entre muitas mulheres no Brasil. “Principalmente, quando são divulgados estudos que apontam aumento do risco de trombose ou surgem relatos negativos de pacientes usando pílula, esse assunto volta à discussão e acontece uma procura por outros métodos”, afirma o ginecologista do grupo Perinatal, Diogo Rosa.

O médico explica que existem três classificações de contraceptivos não hormonais: os comportamentais (como coito interrompido e tabelinha), os de barreira (como preservativos) e dispositivo intrauterino (DIU) de cobre. A primeira é indicada para mulheres que conseguem ter sensibilidade para identificar a própria ovulação; a segunda têm uma taxa baixa de falha por impedir que o sêmen entre em contato com o óvulo feminino; e o DIU de cobre se destaca por sua grande durabilidade – de até dez anos – e por poder ser utilizado por quem tem antecedentes de trombose, além de não causar efeitos colaterais como enxaqueca ou obesidade.

“As opções mais comuns selecionadas por essas mulheres são os preservativos e o DIU. As camisinhas, tanto a feminina e quanto a masculina tendem a ser consideradas as mais seguras por também permitirem a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. No entanto, o DIU de cobre também é um método muito eficaz e barato, mas precisa ser inserido pelo ginecologista”, explica Dr. Diogo.

Confira os principais métodos não hormonais, seus prós e contras:

Métodos comportamentais

Quem usa os métodos comportamentais – que detectam o período de ovulação – geralmente alia todas as opções. No entanto, mesmo juntas, as técnicas têm grande taxa de falha. Dr. Diogo afirma que são opções mais eficazes para quem deseja uma vida mais natural ou mesmo programar uma gravidez em vez de evitá-la.

Tabelinha: Método indicado para pacientes com ciclo menstrual bem regular. A paciente deve analisar o seu ciclo para evitar ter relações dois dias antes da ovulação, durante a ovulação e nos dois dias após. A chance de falhar é grande porque em alguns momentos a ovulação pode acontecer fora da época esperada;

Coito interrompido: Quando o parceiro ejacula fora da mulher. Tem alto índice de falha, pois o pré-ejaculatório também pode carregar espermatozoides;

Térmico (Temperatura basal): A mulher calcula a ovulação por meio da temperatura corporal. Pouco indicado pois a alteração é mínima – apenas meio grau centrígrado. Para isso, é preciso medir sempre no mesmo horário e estar sempre nas mesmas condições (sem ter feito qualquer tipo de esforço físico). Como a temperatura pode se alterar por outros fatores, como uma doença, não é o mais confiável;

Muco cervical: Avalia o período ovulatório de acordo com a secreção vaginal. De acordo com a fase no ciclo menstrual, esse muco se altera em consistência e, por isso, a mulher pode prever se está ovulando ou não. A paciente precisa conhecer bastante o seu corpo para poder utilizá-lo. Mesmo assim, pode ocorrer de algum corrimento e atrapalhar essa medição. É difícil evitar apenas reconhecendo essas alterações.

Métodos de barreira

São considerados os mais seguros. Quando usados de forma correta, isto é, quando são colocados antes mesmo de qualquer contato sexual, têm eficácia parecida com a dos hormonais. Métodos de barreira são imunes aos efeitos de medicamentos, como os antibióticos, que podem reduzir a eficácia dos métodos hormonais:

Preservativos feminino e masculino: A versão delas ainda não é muito utilizada, mas as duas garantem, além da contracepção, a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis;

Diafragma: É um pouco mais complicado de usar, pois cada mulher tem um tamanho específico de colo do útero e, por isso, o médico precisa medi-lo antes da compra. Ao usá-lo, também deve-se aplicar o espermicida, que é um produto difícil de encontrar no mercado. A paciente deve coloca-lo meia hora antes da relação e retirá-lo apenas após de oito a dez horas da relação.

Dispositivo Intrauterino de Cobre (DIU)

É um método muito eficaz e barato, mas precisa ser inserido pelo ginecologista. Dura de cinco a dez anos, não usa hormônio e pode ser utilizados por quem tem antecedentes de trombose. O melhor é que não causa efeitos adversos, como enxaqueca ou obesidade. Entre as desvantagens, não protege contra DSTs, depende de ajuda profissional e pode aumentar a incidência de cólicas e fluxos menstruais, por isso não são recomendados a mulheres que sofrem de adenomiose, por intensificar o problema.

 

Fonte:  Perinatal

 

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