Covid-19: contra fake news, campanhas esclarecem sobre vacinas para todos

Iluminação especial em Brasília marca lançamento da campanha #TodospelasVacinas (Fotos: Hannah Zuquim / Divulgação)
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Ao longo dos últimos meses, alguns dos principais veículos de comunicação do país se uniram para compartilhar com os brasileiros informações acuradas sobre a evolução da Covid-19. Agora que a vacina chegou ao Brasil, o consórcio de veículos de imprensa propõe uma mobilização para mostrar que é hora de todos levantarem suas mangas.

Com o mote “Vacina Sim”, TV Globo, G1, GloboNews, O Globo, Extra, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo e UOL lançaram, nesta sexta-feira, 29/1, no Jornal Nacional, uma campanha de conscientização da importância da vacina. O objetivo é amplificar a informação de que a vacina protege todos, sobretudo neste momento em que enfrentamos a pandemia que já matou mais de 200 mil pessoas no Brasil.

O lançamento é parte de um movimento que ganhará desdobramentos ao longo dos próximos meses, com ativação nas redes sociais, novas peças publicitárias e cross conteúdo. Saiba mais aqui.

Campanha #TodosPelasVacinas

Iluminação especial em Brasília marca lançamento da campanha #TodospelasVacinas (Fotos: Hannah Zuquim / Divulgação)

A campanha “Todos Pelas Vacinas”, uma iniciativa que reúne diversas organizações e entidades ligadas à ciência e saúde, já conta com o portal (www.todospelasvacinas.info), com o objetivo de promover a conscientização sobre a importância da vacinação contra a Covid-19.

O sitevai agregar um conteúdo em vários formatos, textos, áudio, imagens e vídeos para serem compartilhados em todas as redes sociais. Esse hub de informações disponibilizará podcasts criados pelas organizações parceiras, além de outros materiais, como o e-book “Guia Prático sobre as Vacinas”, de autoria do Instituto Questão de Ciência (IQC), em parceria com a UP Vacinas e uma coletânea de artes no espaço VacinArte.

Lançada no último dia 21/1, a campanha encerrou o dia ocupando fachadas de Brasília com projeções. A sede do Ministério da Saúde e o Museu da República mostraram a hashtag #TodosPelasVacinas, a frase “Confie na ciência para salvar vidas” e o trecho bíblico “Meu povo foi destruído por falta de conhecimento”. Ao longo do dia, a iniciativa ocupou o primeiro lugar nos trending topics do Twitter, e segue na internet, com conteúdos disponíveis no site www.todospelasvacinas.info.

Iluminação especial em Brasília marca lançamento da campanha #TodospelasVacinas (Fotos: Hannah Zuquim / Divulgação)

#VacinarSalvaVidas informa sobre os benefícios da vacinação para o público leigo

A Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVAC) também lançou em dezembro de 2020 uma campanha em prol da vacinação: #VacinarSalvaVidas. O objetivo é ampliar a informação sobre os benefícios da vacinação para o público leigo. As estratégias incluem ampla divulgação nas redes sociais da entidade, inclusive de tutoriais sobre como denunciar vídeos e notícias falsas.

Mais do que representar o interesse setorial das clínicas de vacinas na defesa das boas práticas de mercado, a ABCVAC entende o seu papel social para a melhoria contínua da promoção da saúde por meio da vacinação. As vacinas são seguras e estimulam o sistema imunológico a proteger a pessoa contra doenças transmissíveis.

Com as vacinas, erradicou-se no mundo a varíola e no Brasil, a rubéola, a síndrome da rubéola congênita, o tétano materno e o tétano neonatal. O continente africano só foi declarado livre da poliomielite no mês passado. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) diz que, sem erradicação, a doença pode voltar a infectar até 200 mil crianças por ano.

Temos um problema sério de aderência à vacinação no Brasil, tanto que a cobertura vacinal tem caído nos últimos anos e isso nos preocupa. Temos dificuldade de convencer, principalmente, o público adulto a se vacinar”, fala o presidente da ABCVAC, Geraldo Barbosa.

Segundo Barbosa, por mais que algumas medidas sejam interpretadas como obrigatoriedade, é fundamental que a sociedade se conscientize de que o resultado desse trabalho é o controle de doenças como a coqueluche. A queda na cobertura de vacinação contra o sarampo fez a doença ressurgir no país. “Vacina é um bem coletivo. A vacinação individual é importantíssima e gera uma proteção de grupo”, ressalta Barbosa.

Os movimentos antivacinas colaboram excessivamente para a redução dos índices de vacinação. Sua expansão se dá pela autonomia adquirida pela população para a prática não científica da medicina, baseada em fatos não comprovados, via redes sociais ou sites leigos.

Durante a pandemia da Covid-19, houve um reforço para que as pessoas continuassem se vacinando, justamente para evitar que outras doenças que pudessem agravar o quadro de uma possível infecção pelo novo coronavírus.

As clínicas de vacinas foram consideradas serviços essenciais durante a quarentena provocada pela crise atual e estão devidamente preparadas para que a população não deixe de se vacinar – seguindo todos os protocolos recomendados pelos órgãos de saúde e com equipes treinadas, que estão diariamente na linha de frente para proteger os usuários.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), após a pandemia, 80 milhões de crianças abaixo de um ano estarão com o calendário vacinal desatualizado, e isso significa a porta de entrada para o retorno de doenças como sarampo e poliomielite. É fundamental dar atenção para a vacina da Covid-19, e principalmente, não se esquecer das vacinas que já se têm disponível.

“Todas as vacinas que estão disponíveis no Brasil passaram por rigorosos controles de aceitação. A população pode ficar tranquila, que se a vacina para a Covid-19 não passar por todos esses testes e apresentar os devidos estudos de eficácia, elas não serão liberadas para fabricação”, garante Barbosa.

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) é referência internacional e vem se adequando ao cenário atual, traçando estratégias de enfrentamento para os desafios, como os movimentos antivacinas. O PNI atua na propagação de informações sobre a importância da vacinação e as possíveis consequências da falta de adesão da mesma, intensas divulgação de campanhas de vacinas, bem como maior incentivo a investigação de fake news.

A ABCVAC está trabalhando para colaborar com tais esforços no que compete a esclarecer o que for necessário para o entendimento da população sobre a necessidade e importância da vacinação.

Fiesp nega venda de vacinas para empresas no Brasil

Em nota divulgada na última quinta-feira (28/1), a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) reiterou que “os setores empresariais brasileiros estão à disposição do governo federal para ajudar, com apoio logístico, financeiro, campanhas informativas ou no que for necessário, para viabilizar a vacinação da população brasileira da forma mais rápida e eficiente possível”.

Esta semana, foi divulgado na imprensa a informação de que um grupo de executivos estaria negociando a compra de 33 milhões de vacinas produzidas pela AstraZeneca por intermédio do fundo de investimentos BlackRock. Desde o início da semana, quando surgiram as primeiras notícias neste sentido, o presidente da FIESP, Paulo Skaf, manifestou enorme preocupação, pois recebia informações de que nem AstraZeneca nem BlackRock confirmavam esta negociação.

Nesta quinta-feira, 28 de janeiro, Skaf conversou diretamente com o presidente da AstraZeneca no Brasil, Carlos Sanchez-Luís, e com o CEO da BlackRock Brasil, Carlos Takahashi, que negaram veementemente a existência de qualquer negociação em nível global para a venda dessas 33 milhões de doses de vacina. Por isso, diante dessas negativas, a Fiesp ALERTA as empresas brasileiras para que fiquem atentas e tomem cuidado. “O povo brasileiro merece vacina e não falsas promessas”, afirma Skaf.

Com Assessorias

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