Covid-19 mata 30 vezes mais entre os não vacinados no Rio

Vacinas funcionam na prevenção de casos graves e óbitos, diz comitê científico. Só 0,1% dos casos de ômicron na cidade são graves

Teste de Covid-19 no município do Rio de Janeiro (Foto: Divulgação Prefeitura)
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As mortes por Covid-19 no Rio de Janeiro ocorrem 30 vezes mais entre pessoas não vacinadas. Dentre todos os dados avaliados no município, apenas 0,1% são graves, evidenciando que as vacinas funcionam na prevenção de óbitos e mortes. A conclusão é do Comitê Especial de Enfrentamento da Covid-19 (CEEC), que se reuniu nesta quarta-feira (12/1) para avaliar as medidas de ação contra a pandemia na cidade, especialmente no cenário de avanço da variante ômicron.

“Os dados analisados expressam que os pacientes internados têm status vacinal inversamente proporcional à proteção plena, e que os óbitos ocorrem 30 vezes mais entre os não vacinados. Nesse sentido, é imperativo que a prioridade da SMS seja vacinar, buscando a melhor cobertura possível, com D1, D2 e sobretudo DR”, diz o sumário executivo da reunião, divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

O documento informa ainda que “os pacientes internados têm status vacinal inversamente proporcional à proteção plena”, apontando que a SMS deve priorizar o aumento da cobertura cobertura vacinal, sobretudo com a dose de reforço. O comitê concluiu também que “neste momento, já há evidência epidemiológica para afirmar que grupos vulneráveis vacinados, assim como os idosos que têm mais comorbidades, apresentam quadros de Síndrome Gripal mais leve com a nova variante”.

A esperada decisão em torno da aprovação ou não dos desfiles de Carnaval na Marquês da Sapucaí, entretanto, vai ficar para a próxima reunião do comitê, marcada para o dia 25 de janeiro. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, já havia determinado a suspensão do Carnaval de Rua do Rio, mas vem sendo criticado por insistir na manutenção da festa no Sambódromo, mesmo diante do cenário de aumento de casos e de alto índice de positividade (43%) após as festas de fim de ano, como aponta a testagem em massa que vem sendo realizada desde a semana passada.

Taxas de letalidade e mortalidade zeradas

De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela SMS também nesta quarta-feira, o município do Rio tem 31.128 casos registrados de Covid-19 nos primeiros dias deste ano de 2002. O número de casos graves é de 36 e houve um óbito pela doença entre 1 e 11 de janeiro. A taxa de incidência – que já chegou a 4.363% em 2021 – está agora em 467,3%.

As taxas de letalidade e mortalidade estão zeradas este ano no município. A letalidade ficou em 8,7% em 2020 e em 5,5% em 2021. Já a taxa de mortalidade no primeiro ano de pandemia chegou a 286,2%, com 19.022 óbitos, e no ano passado, foi de 242,9%, com 16.170 óbitos. Em 2020 houve 217.829 casos de infecção por Covid-19 no município do Rio e em 2021, outros 290.675.

Vacinação infantil deve ser incentivada

Ainda na reunião, os profissionais de saúde que integram o comitê científico do município avaliaram que, em relação à vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19, é necessário avocar a confiança que pais e responsáveis têm no Programa de Vacinação Brasileiro, que, ao longo de décadas, tem ajudado a reduzir a mortalidade infantil vem sendo clara e positivamente impactada pela vacinação.

“O CEEC recomenda – fortemente – que a SMS/Rio articule órgãos colegiados, como por exemplo Conasems e Conass, e sociedades médicas de saúde pública no sentido de envidar esforços junto ao Ministério da Saúde para a aquisição e distribuição da maior quantidade de vacinas para as crianças brasileiras”, destaca o documento.

Intervalo entre as doses de vacina

Ainda em relação à vacinação, o CEEC recomenda que pacientes sintomáticos com diagnóstico de Covid-19 devem aguardar o intervalo de 30 dias para completar o esquema vacinal para Covid-19 (D2 ou DR) ou iniciar novo esquema (D1). O comitê recomenda ainda a manutenção do intervalo entre a D2 e DR em quatro meses. No balanço geral, a comissão entende que as medidas tomadas até o momento pelo município estão corretas.

“(O CEEC) Ratifica todo o esforço dos profissionais de saúde da Prefeitura do Rio de Janeiro pela demonstração de compromisso sanitário e competência com as ações de combate à pandemia de Covid-19, em todos os aspectos nas ações de assistência, na prevenção, e na enorme capacidade de gerar e analisar dados que vêm permitindo um planejamento adequado ao enfrentamento à pandemia, sobretudo no enfrentamento da alta circulação da VOC Ômicron”.

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