Crescem no Rio casos de doenças causadas pelo Aedes aegypti

Neste ano já foram registrados 3.289 casos de chikungunya, 1.304 de dengue e 73 de zika. Campanha “Atitude contra o Mosquito” alerta sobre os riscos das doenças

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Depois do susto com o surto de febre amarela silvestre no ano passado, o Estado do Rio de Janeiro vive assombrado com o crescimento de casos de doenças causadas pelo mosquito Aedes Aegypti. Em 2018, o estado teve 39.082 casos de chikungunya, 14.763 de dengue e 2.339 de zika. Neste ano, até o 12 de fevereiro, foram registrados 3.289 casos de chikungunya, 1.304 de dengue e 73 registros de zika.

Com o objetivo de mobilizar a população para combater o transmissor das três doenças, a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro lança esta semana a campanha “Atitude contra o Mosquito”, que alerta sobre os riscos das doenças e dá dicas de como eliminar os focos do vetor dentro da própria casa.

Para conter o avanço, a mensagem da nova campanha é mostrar com exemplos práticos como o combate ao mosquito pode ser feito na rotina de cada um e, para ser efetivo, precisa da atitude de todos. Nas redes sociais, a mobilização será pela hashtag #atitudecontraomosquito.

Aumento de 149% dos casos de dengue no país

O Ministério da Saúde informa que o número de casos prováveis de dengue no Brasil, em janeiro deste ano, mais que dobrou em comparação ao mesmo período de 2018. Até o dia 2 de fevereiro, registrou-se aumento de 149%, passando de 21.992 para 54.777 casos prováveis da doença.

Quando verificado a incidência, em 2019, os casos chegam a 26,3 por 100 mil habitantes.  Em relação ao número de óbitos, o país registrou, até o momento, cinco mortes, sendo: Tocantins (1), São Paulo (1), Goiás (2) e Distrito Federal (1). Em 2018 foram notificados 23 óbitos. Leia o conteúdo na íntegra em saude.gov.br

Conscientização nas escolas

Além da campanha publicitária, que estará em rádios, tvs, veículos online e diferentes plataformas, outras iniciativas estão em andamento, como a Semana Estadual de Combate às Arboviroses nas Escolas, que acontece em unidades municipais e estaduais. Durante as visitas, que ocorrem ao longo desta semana, profissionais do Programa Saúde na Escola (PSE) realizam atividades lúdicas demonstrando como a vistoria para acabar com focos em casa deve ser feita.

A equipe também realiza a distribuição de folhetos, revista com atividades educativas contra arboviroses e checklist de ações semanais de limpeza e prevenção nas próprias unidades escolares. Também estão sendo realizadas atividades pedagógicas voltadas ao combate do Aedes com gincanas, produção de textos, apresentação de teatro e música e exposição.

Para Alexandre Chieppe, subsecretário de Vigilância em Saúde da SES, ações simples e rotineiras da população são suficientes para o controle.

“Parece pouco, mas dez minutos por semana é tempo suficiente para que uma pessoa olhe todos os possíveis focos do mosquito na sua residência. A vistoria deve acontecer em caixas d’água, tonéis, vasos de plantas, calhas, garrafas, lixo e bandejas de ar-condicionado. Com essas medidas de prevenção, é possível evitar a proliferação do Aedes aegypti”, aponta.

Dois mil profissionais capacitados

Para o secretário de Estado de Saúde, Edmar Santos, as ações do governo, que constam entre as metas previstas para os primeiros 100 dias da nova gestão, são importantes como resposta imediata contra a dengue, zika e chikungunya, mas também para que a população se sinta motivada a fazer a sua parte.

“Assumimos o governo tendo como uma das metas imediatas na área da saúde a diminuição do número de casos dessas doenças. Já iniciamos um choque integrado com outros órgãos para que essa estação registre menos casos. No entanto, para que dê certo, contamos com a ajuda da população, parte fundamental nesse combate, já que 80% dos focos do mosquito são detectados em imóveis residenciais”, explica.

Desde o início de janeiro, a SES já capacitou cerca de dois mil profissionais de saúde, entre médicos e enfermeiros, com o objetivo de melhorar o atendimento aos pacientes com sintomas em casos de arboviroses. A ação continua durante este mês atingindo outros profissionais.

Técnicos da Secretaria também estiveram em 36 municípios que apresentam maiores índices de focos do Aedes aegypti para avaliar, junto às secretarias municipais de Saúde, os planos de contingência mais adequados para cada área. A SES ainda disponibiliza larvicida e adulticida e ampliou o público-alvo para entrega de repelente em Unidades Básicas de Saúde (UBS).

O Aedes

O Aedes aegypti é doméstico, vive dentro de casa e perto do homem. Com hábitos diurnos, o mosquito se alimenta de sangue humano, sobretudo ao amanhecer e ao entardecer. Por isso, é importante o uso de telas em janelas e portas, mosquiteiros, roupas compridas, além de uso de repelente nas partes expostas do corpo, aumentado a área de proteção.

Sintomas e diagnóstico

A dengue apresenta febre alta e de início súbito e dores no corpo. O zika tem como principal característica as manchas vermelhas (exantema), que causam uma doença chamada febre da zika vírus, associada à febre baixa e dores pelo corpo. Já a chikungunya apresenta sintomas como febre alta e fortes dores nas articulações. O diagnóstico das doenças, na maior parte dos casos, é clínico, ou seja, é feito com base nos sinais e sintomas relatados e observados por profissionais de saúde que indicam o tratamento adequado para cada caso.

Febre amarela

A SES iniciou também na última segunda-feira (18/02) a campanha contra a febre amarela. Até maio, 35 postos de vacinação serão montados em diversas regiões do estado com o objetivo de imunizar mais 4 milhões de pessoas e alcançar a cobertura vacinal de 95% do público-alvo. Até o momento, já foram imunizados cerca de 11 milhões de pessoas – Veja mais aqui.

A Central do Brasil é o primeiro local a receber o posto de vacinação, entre 18 e 21 de fevereiro, das 8h às 13h. Nos primeiros dois dias de campanha, 412 pessoas foram vacinadas na tenda montada na estação de trem. Da Central, o posto irá para a Praça XV, onde ficará entre os dias 25 e 28 de fevereiro, no mesmo horário. A campanha volante ainda passará por Nova Iguaçu, São João de Meriti, Rodoviária Novo Rio, Ceasa, Mercado São Pedro, entre outros pontos.

Na capital, campanha de prevenção ’embarca’ no trem

Atenção, passageiros com destino à saúde: o Trem da Prevenção já vai partir. A tradicional ação realizada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) acontece pelo 9º ano e visa conscientizar e alertar sobre a importância do combate às arboviroses, prevenção da Aids e infecções sexualmente transmissíveis (IST), principalmente durante os dias de carnaval. O trem da Prevenção sai amanhã (27) da estação Engenho de Dentro, às 11h, rumo à Central do Brasil. O projeto tem a parceria da SuperVia.
As atividades da SMS junto à população começam mais cedo, às 9h. Em estandes montados na estação Engenho de Dentro, profissionais da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da região do Grande Méier farão atividades  e distribuirão material informativo sobre o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da zika e da chikungunya, além da distribuição de preservativos e aferição de pressão arterial.
Na chegada à estação Central do Brasil, os passageiros também receberão orientação da equipes de saúde de unidades da SMS na região do Centro, sobre prevenção das arboviroses e IST. Integrantes do Grupo Pela Vidda farão testagem rápida de HIV e vão tirar dúvidas sobre sobre IST/Aids. Nas duas estações, equipes da Subsecretaria de Políticas para a Mulher, da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, estarão prontos para dar informações sobre proteção contra assédio.
Para animar a viagem do Trem da Prevenção, o bloco da prevenção, formado por integrantes do Grupo Pela Vidda, das equipes de educadores em saúde dos centros municipais de saúde Milton Fontes Magarão e Eduardo Araújo Vilhena Leite, do Programa Academia Carioca, do Grupo Chegando de Surpresa da Comlurb, e também da Subsecretaria de Políticas para a Mulher farão atividades lúdicas para orientar os passageiros sobre a necessidade de proteção o ano todo e mais ainda nos dias de folia.

Fonte: Ministério da Saúde, SES-RJ e SMS, com Redação (atualizado em 26/02/2019)

 

 

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