Doenças da retina afetam mais de 3 milhões de brasileiros acima dos 50 anos

Dia Mundial da Retina conscientiza sobre as doenças degenerativas causadas pela idade e também devido à genética e a retinopatia diabética

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No Dia Mundial da Retina (29 de setembro), a Associação Retina Brasil, formada por pacientes portadores de doenças ligadas a essa parte do olho chama a atenção para conscientizar sobre doenças cada vez mais comuns, que atingem mais de 3 milhões de brasileiros e preocupam ainda mais quem passou dos 50 anos de idade.

A mácula é que permite a leitura, a identificação de detalhes e cores e a doença faz ela sofrer uma degeneração. Essas alterações podem, gradualmente, comprometer toda a visão central. Entre elas, estão a Degeneração Macular Relacionada à Idade e a Retinopatia Diabética Retinose. Já entre as doenças consideradas raras estão Retinose Pigmentar, Doença de Stargardt, Síndrome de Usher, Amaurose Congênita de Leber e Síndrome de Bardt Biendt.

No Brasil estima-se que uma a cada 4 mil pessoas possua alguma das doenças consideradas raras relacionado à retina no Brasil. Tratando-se de Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), aproximadamente 3 milhões de brasileiros acima de 65 anos sofrem com a doença em estágios variados de evolução.

Doenças da retina mais comuns

DMRI: A Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) é uma das principais causas de perda visual a partir dos 50 anos. Mais de três milhões de brasileiros são afetados por essa doença. A DMRI resulta de uma degeneração na mácula (área central da retina responsável pela visão central) e A DMRI pode se apresentar de duas maneiras diferentes: a seca e a úmida (ou exsudativa).

A primeira é a mais comum, e causa vários graus de perda visual e os sintomas podem incluir distorção de imagens e dificuldade de leitura. Já a segunda forma de DMRI, a úmida, aparece em 10 a 15% dos casos, e é a principal responsável por perdas visuais mais graves. Em casos avançados, manchas irreversíveis podem ser causadas por conta dos tecidos cicatriciais, que podem causar cegueira legal.

Retinopatia Diabética: É uma das frequentes complicações que os diabéticos possuem. A doença resulta das alterações de vasos sanguíneos, que causam má circulação na retina, região do olho responsável pela formação das imagens enviadas ao cérebro. O resultado é a perda da nitidez da visão que pode progredir até a cegueira. Os sintomas podem variar de acordo com o estágio da doença, mas os mais frequentes são visão borrada, percepção de pequenas “moscas” voando, flashes e perda repentina da visão.

Uma das principais complicações da Retinopatia Diabética é o Edema Macular Diabético, principal causa de cegueira entre a população ativa. Quando os vasos comprometidos pela RD se rompem, o sangue e outros líquidos podem extravasar para os tecidos ao redor da retina e atingir a mácula (região central da retina), dando origem ao Edema Macular Diabético (EMD).

Prevenção

Exames anuais com o oftalmologista nos dois tipos de diabetes (1 e 2) devem ser feitos pelos pacientes e são a melhor e mais importante forma da doença ser identificada em fase inicial e ser tratada com sucesso.Por isso, se você é diabético, sempre consulte seu oftalmologista e fique ligado no Dia Mundial da Retina, marcado para o dia 29 deste mês!

Doenças raras da retina e seu caráter hereditário: Provenientes de herança genética, como a retinose pigmentar, a doença de stargardt, a coroideremia e a amaurose congênita de leber são bem menos numerosas que a retinopatia diabética ou a DMRI. Além de raras, essas doenças hereditárias são complexas e seu diagnóstico depende do conhecimento das mutações genéticas que acometem um paciente. Os sintomas que levam ao diagnóstico dessa doença são dificuldades na visão noturna, redução do campo visual lateral (na retinose pigmentar) ou central (na doença de stargardt), levando à dificuldade de andar na rua ou de ler (quando a visão central é atingida).

Diagnóstico precoce

É essencial que, após os 50 anos, as consultas ao oftalmologista com especialidade em retina aconteçam anualmente. Se diagnosticada precocemente pelo oftalmologista, a DMRI úmida (ou exsudativa) possui tratamento que pode evitar a perda visual. O tratamento consisteno uso de injeções intraoculares que bloqueiam a molécula responsável pelo crescimento de vasos sanguíneos anormais.

Como prevenir

Algumas medidas são importantes para prevenir a DMRI. Entre elas, não fumar, adotar uma dieta com alimentos pouco gordurosos e rica em verduras, controlar o peso, a pressão arterial e os níveis de colesterol, usar óculos escuros para proteger os olhos da radiação solar e observar antecedentes de casos da doença na família.

Sobre a Retina Brasil

Retina Brasil é filiada à Retina Internacional, organização não governamental que tem como objetivos principais informar e conscientizar sobre as doenças degenerativas da retina e incentivar as pesquisas que visam encontrar o tratamento para essas doenças. A associação foi fundada em 2002 e é formada por cinco grupos regionais, sendo: Retina Rio, Retina SP, Retina Ceará, Retina Minas e Retina Campos (RJ).

Tanto o paciente, o familiar ou até mesmo o médico pode procurar o grupo regional mais próximo para acompanhar e ver de perto qual a melhor maneira de participar e contribuir para o aumento da conscientização sobre as doenças da retina no País. É possível se cadastrar preenchendo o formulário ou entrando em contato com a sede.

Fonte: Associação Retina Brasil

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