Estado do Rio já tem 117 casos de sarampo em 2019

A expectativa em todo o país é aplicar a dose em 13,6 milhões de brasileiros. Foco agora são jovens de 20 a 29 anos,mais suscetíveis à doença

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Começa nesta segunda-feira (18) a segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra o sarampo. O foco desta vez são os adultos jovens entre 20 a 29 anos, faixa etária que acumula o maior número de casos confirmados de sarampo, de acordo com o último boletim epidemiológico. São mais de 9 milhões de adultos jovens não vacinados contra a doença ou com o esquema vacinal incompleto, que deve ser com duas doses da vacina.

No Estado do Rio de Janeiro, foram registrados 117 casos de sarampo em 2019, sendo 39 só na capital. Os demais casos neste ano foram notificados em Angra dos Reis (1), Belford Roxo (6), Cabo Frio (1), Casimiro de Abreu (1), Duque de Caxias (36), Itaguaí (1), Magé (1), Nilópolis (2), Niterói (2), Nova Iguaçu (9), Paraty (12), Resende (1), Rio das Ostras (2), São João de Meriti (10) e Saquarema (1).

Atualmente, 5.660 casos foram confirmados e 19 estados se encontram em transmissão ativa em todo o país, segundo o Ministério da Saúde. A maioria dos casos (90,5%) está concentrada em 176 municípios (27%) do Estado de São Paulo, principalmente na região metropolitana. De janeiro deste ano a 26 de outubro, 10.429 casos de sarampo foram confirmados em todo o Brasil. Os dados acumulados são de surtos da região norte do país, iniciado em fevereiro de 2018 e iniciado em São Paulo por um navio, em maio deste ano.

No dia 30, último dia da fase da campanha, acontece o Dia D, quando a Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SVS) da SES recomenda que as secretarias municipais disponibilizem a abertura de postos de vacinação para esse público-alvo. “A vacinação é forma mais eficaz de prevenção contra o sarampo. É fundamental se vacinar para se proteger dessa doença que tem alto índice de contágio e evitarmos o avanço pelo estado”, explica o secretário estadual de Saúde, Edmar Santos.

A SVS esclarece que orientou os municípios acima sobre ações de bloqueio preconizadas pelo Ministério da Saúde e que, para o Rio de Janeiro e Duque de Caxias, cidades com maior número de casos, emitiu alertas de atenção para possíveis novas notificações e para investigações em tempo ágil. Além disso, equipes da SVS estão em interlocução com os coordenadores municipais de piores índices de cobertura vacinal, com previsão de visitas in loco da área técnica estadual.

Para entidade, campanhas devem ser permanentes

O esquema vacinal contra o sarampo está previsto no Calendário Nacional de Imunização e é oferecido durante todo o ano na rede pública de saúde para as faixas etárias recomendadas.  A primeira fase da campanha aconteceu no mês passado e foi direcionada a crianças entre 6 meses de idade e 4 anos. Os objetivos da campanha são ampliar a cobertura vacinal e atualizar a caderneta de vacinação, garantindo que esse grupo esteja com a imunização em dia.

O infectologista do Lâmina Medicina Diagnóstica, Alberto Chebabo, esclarece que a vacina é a maneira mais eficaz de prevenção. “O recomendado é que sejam administradas duas doses da vacina contra o sarampo para pessoas de 12 meses a 29 anos e uma dose para indivíduos entre 30 e 49 anos, caso não tenham se vacinado ou não saibam o seu histórico de vacinação previa”, explica.
Para Raul Canal, presidente da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem), seria necessário que o SUS e o Ministério da Saúde realizassem campanhas permanentes de vacinação. “Quando se erradica uma doença infectocontagiosa, as pessoas perdem o medo e deixam de se vacinar.
Então, o ciclo retorna e doenças que haviam sido extinguidas, voltam a apresentar altos picos de incidência por função da não vacinação. Dessa forma, o Brasil está sempre propenso aos surtos de doenças infectocontagiosas porque não consegue estar em dia quanto às prevenções ou sequer criar formas de antecipação para minar as epidemias de patologias que deveriam estar erradicadas”, comenta.

Sintomas

O sarampo é uma doença que passa com facilidade de uma pessoa para outra por meio da fala, tosse e espirro. O primeiro sintoma é febre alta, normalmente acompanhada de conjuntivite e tosse. Depois aparecem manchas pelo corpo, começando atrás das orelhas e se espalhando pela face e, posteriormente, pelo resto do corpo. Em casos mais graves, podem surgir infecções respiratórias e encefalites. Chebabo esclarece que o tratamento é sintomático. “Devem ser prescritos medicamentos para febre, dor e, se houver infecção bacteriana, o paciente deve iniciar o uso de antibióticos, de acordo com a recomendação do médico que atende ao paciente”, finaliza.

Contraindicações

Chebabo ressalta que é necessário estar atento às contraindicações da vacina. “Gestantes, crianças menores de 6 meses, pessoas com comprometimento da imunidade por doença ou medicação e com histórico de anafilaxia após aplicação de dose anterior da vacina ou que tenha sensibilidade a algum dos componentes presentes não devem ser imunizados”, completa.

Leia mais em saude.gov.br

Com Assessorias

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