O Estado do Rio de Janeiro teve 27% de redução no número de óbitos provocados pelo novo coronavírus. As internações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) caíram 18% na comparação entre as semanas epidemiológicas 28 (de 11 a 17 de julho) com a 26 (27 de junho a 3 de julho) de 2021.Já as taxas de ocupação de leitos estão em patamares estáveis: 56% para leitos de UTI e 38% para leitos de enfermaria. Os dados são da 41ª edição do Mapa de Risco da Covid-19, divulgada nesta sexta-feira (30) pela Secretaria de Estado de Saúde.
Com os indicadores reduzidos, o estado segue – pela terceira semana consecutiva – com a classificação de bandeira amarela, ou seja, de baixo risco de contrair a doença. Das nove regiões do estado, sete estão em bandeira amarela. Apenas a Metropolitana I e a Noroeste permanecem com bandeira laranja (risco moderado de transmissão). As demais — Médio Paraíba, Serrana, Baixada Litorânea, Norte, Centro-Sul, Baía da Ilha Grande e Metropolitana II — estão com bandeira amarela.
Cada bandeira representa um nível de risco e um conjunto de recomendações de isolamento social, que variam entre as cores roxa (risco muito alto), vermelha (risco alto), laranja (risco moderado), amarela (risco baixo) e verde (risco muito baixo). Os resultados apurados para os indicadores apresentados devem auxiliar a tomada de decisão, além de informar a necessidade de adoção de medidas restritivas, conforme o nível de risco de cada região.
Apesar de um bom resultado neste levantamento técnico, é importante que todos mantenham os cuidados já conhecidos, como distanciamento social, uso de máscara e de álcool gel. Com o avanço da vacinação, conseguiremos minimizar os impactos causados pela Covid”, analisa o secretário estadual de Saúde, Alexandre Chieppe.
Confira o painel de indicadores da Covid-19 no Estado do Rio
Quase 1 mil casos de novas variantes no Rio
Já a 30ª edição do Boletim Epidemiológico da Covid-19, divulgada também nesta sexta pela Prefeitura do Rio, mostra que, na última semana, 74 novos casos de diferentes variantes do vírus foram identificados na cidade, todos moradores locais. Desde a identificação do primeiro caso de novas variantes, o município contabiliza 982, sendo 819 residentes. São 774 casos da Gamma (P.1), 33 da Delta (B.1 617.2) e 12 da Alfa (B.1.1.7). Dos moradores infectados por essas cepas, 50 faleceram, 21 permanecem internados e 748 já são considerados curados.
A evolução da doença também apresenta sinais de desaceleração na cidade do Rio. O boletim da prefeitura mostra que, desde março de 2020, o município do Rio soma 396.102 casos de Covid-19, com 30.256 óbitos. Em 2021 são 182.505 casos e 11.234 mortes. A taxa de letalidade deste ano está em 6,2%, contra 8,9% em 2020; e a de mortalidade, em 168,6 a cada 100 mil habitantes, contra 285,6/100 mil no ano passado. A incidência da doença é de 2.739,8/100 mil, quando em 2020 era de 3.206,5/100 mil.
Na capital, o novo boletim aponta ainda para a melhora do mapa de risco da cidade para Covid-19. Entre as 33 regiões administrativas (RAs) do município, 12 apresentam risco moderado (classificação amarela) para transmissão do coronavírus: Portuária, São Cristóvão, Penha, Irajá, Jacarepaguá, Bangu, Santa Cruz, Ilha do Governador, Santa Teresa, Barra da Tijuca, Vigário Geral e Cidade de Deus. Na semana anterior, eram nove nesta faixa de risco. As demais RAs seguem na classificação laranja (risco alto). Segundo a prefeitura, as medidas de proteção à vida estabelecidas no decreto nº 49.180, de 22 de julho de 2021, seguem até 9 de agosto, mantendo o nível de alerta para cada região.
RJ distribui 586 mil doses de vacinas
“Com mais esta remessa, a SES ultrapassa a marca de 15 milhões de doses distribuídas aos municípios. Estamos avançando na campanha de imunização e o resultado disso é que os dados epidemiológicos estão caindo. Nesta semana, registramos o menor número de internações por Covid desde abril”, afirma o secretário Alexandre Chieppe.
Vacinação na cidade do Rio
Até esta quinta-feira (30), 3.759.601 pessoas haviam tomado a primeira dose (D1) de CoronaVac, AstraZeneca ou Pfizer no Rio, e outras 137.277 receberam o imunizante da Janssen, que tem o esquema vacinal de dose única (DU). Esse total representa 73,8% da população carioca elegível para a vacinação (a partir de 18 anos) com a imunização iniciada ou concluída. Entre as pessoas que seguem o esquema vacinal de duas doses, 1.564.416 já receberam a segunda dose (D2).
Na próxima semana, inicia a vacinação de 32 anos para baixo e é importante que as pessoas não deixem de se vacinar na data correta de sua idade. Até o dia 18 de agosto, quando o calendário completa o atendimento à população adulta (a partir de 18 anos), não estão previstas novas repescagens. A secretaria ainda esclareceu que “a manutenção do calendário de vacinação previsto para o município está condicionada ao envio das remessas de vacinas programadas pelo Ministério da Saúde”.
Vacinação em massa na Maré
O Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, começou a receber nesta quinta-feira (29) o estudo Vacina Maré, que vai mapear o impacto da vacinação na população da comunidade. A pesquisa é uma parceria entre a Prefeitura do Rio, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a ONG Redes da Maré. Até domingo (1), a expectativa é vacinar mais de 30 mil moradores. No primeiro dia da ação, foram aplicadas 10.255 doses em pessoas entre 18 e 33 anos, totalizando 33% do público-alvo, em 145 pontos de vacinação em 30 endereços espalhados pelo complexo.
A SMS disponibiliza 280 pontos de vacinação em toda a cidade, funcionando de segunda-feira a sábado, para facilitar o acesso da população à vacina. A lista desses pontos, seus horários de funcionamento, o calendário de vacinação e mais informações sobre grupos prioritários, documentos e outras, estão disponíveis em coronavirus.rio/vacina e nas redes sociais da SMS e da Prefeitura do Rio.