Febre amarela já fez 99 vítimas, com 44 mortes, só este ano no Rio

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Não dá pra comparar, mas a #FEBREAMARELA deveria preocupar tanto quanto a criminalidade no Rio de Janeiro. A doença já fez 44 mortes entre 99 vítimas apenas este ano.  Em todo o ano de 2017 foram 27 vítimas, sendo 9 óbitos. É mais de quatro vezes o número de mortes em um período de menos de dois meses!  Com o registro de uma morte em Cachoeiras de Macacu e outra em Trajano de Moraes, são agora 20 as cidades atingidas pelo surto, a maioria nas regiões Sul Fluminense, Costa Verde e Serrana, onde há grande concentração de mata (veja abaixo). Um novo Dia D da Vacinação contra a Febre Amarela está marcado para dia 3 de março nos 92 municípios fluminenses.
Os dados são do novo boletim epidemiológico da Subsecretaria de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde, divulgado na noite desta terça-feira, 27 de fevereiro. Angra dos Reis, na Costa Verde, continua liderando o “ranking” dos municípios mais atingidos no Rio: são 19 casos, com dez mortes. Em seguida, aparecem Valença (18 casos, sendo 6 óbitos), Teresópolis (13 casos, sendo 6 óbitos), Nova Friburgo (8 casos, sendo 3 óbitos), Sumidouro (7 casos, sendo 2 óbitos), Cantagalo (5 casos, sendo 3 óbitos), Rio das Flores (3 casos, sendo 2 óbitos) e Engenheiro Paulo de Frontin (2 casos, sendo 2 óbitos). Em Duas Barras, foram registrados três novos casos, sendo uma morte, somando agora oito confirmações da doença. Ao lado de Mangaratiba, Vassouras, Carmo e Maricá registram, cada uma, 2 casos, sendo 1 óbito.  Miguel Pereira, Paraíba do Sul, Cachoeiras de Macacu e Trajano de Moraes têm, cada uma, um caso com morte.  Paty do Alferes teve 2 casos e Petrópolis, um caso.
Pelas novas estatísticas, dobrou também o número de cidades atingidas por epizootias (epidemias entre macacos): agora 10 registram mortes de primatas por causa da doença. São elas: Niterói, Angra dos Reis (Ilha Grande), Barra Mansa, Valença, Miguel Pereira, Volta Redonda, Duas Barras, Paraty, Araruama e Engenheiro Paulo de Frontin. A SES ressalta que os macacos não são responsáveis pela transmissão da doença. Apesar disso, o Rio de Janeiro já registra este ano a morte de 170 primatas na capital e 325 em todo o estado, sendo 53,5% vítimas de agressão humana, como espancamento e envenenamento. Uma campanha foi lançada para conscientizar a população carioca sobre o perigo que a cidade corre se a matança dos macacos continuar.

 

Distribuição de repelentes
A partir de agora, além das gestantes cadastradas no programa Bolsa Família, as pessoas em situação de vulnerabilidade, definidas pelas secretarias, podem solicitar o repelente nas Unidades Básicas de Saúde. O Ministério da Saúde, em parceria com as secretarias de Saúde dos estados e dos municípios, ampliaram o público-alvo para a distribuição de repelentes em todo o país.

Terão prioridade na oferta dos repelentes, por exemplo, a população em área endêmica de doenças como febre amarela, dengue, chikungunya e zika; gestantes acompanhadas pelo SUS; público com contraindicação à imunização da febre amarela; agentes comunitários de saúde expostos à situação de risco, entre outros. O Ministério da Saúde já recomenda o uso de repelentes para reforçar a proteção contra o mosquito Aedes aegypti, em especial às gestantes, pela associação do vírus Zika com a microcefalia em bebês.

O Ministério da Saúde afirma que já foram distribuídos aos estados 100% dos frascos de repelentes contratados no início de 2017. Inicialmente, a aquisição do produto foi destinada às beneficiárias do Programa Bolsa Família. Para se manter protegida, a pessoa deve aplicar o repelente diariamente nas áreas expostas do corpo devendo observar o tempo de reaplicação de dez horas. O público-alvo ou beneficiários poderão retirar o repelente gratuitamente na unidade de saúde mais próxima do seu município.

A decisão de ampliar a oferta foi anunciada e pactuada, nesta quinta-feira, durante a reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), realizada em Brasília, composta por representantes dos governos federal, estaduais e municipais.  Para orientar os gestores locais, o Ministério da Saúde deverá encaminhar na próxima semana uma nota técnica com os critérios para a distribuição do repelente.

Casos no Rio e Brasil, segundo o Ministério da Saúde
No período de 1º julho de 2017 a 20 de fevereiro deste ano no Estado do Rio, segundo o Ministério da Saúde, foram 72 casos confirmados, com 27 mortes. O estado que registra a maior incidência da febre amarela é Minas Gerais: 264 casos e 77 mortes confirmadas. Já São Paulo registra 208 casos e 57 mortes. O Distrito Federal teve um caso com morte. Em todo o Brasil, foram confirmados 545 casos e 164 óbitos, de um total de 1.773 casos suspeitos, sendo que 685 foram descartados e 422 permanecem em investigação.

No mesmo período anterior (de julho de 2016 até 20 fevereiro de 2017), em todo o país, foram 557 casos e 178 óbitos confirmados. De acordo com o Ministério, os informes de febre amarela seguem, desde o ano passado, a sazonalidade da doença, que acontece, em sua maioria, no verão. Dessa forma, o período para a análise considera de 1º de julho a 30 de junho de cada ano. Com o crescimento dos casos em Minas, São Paulo e Rio, o Ministério já estuda estender a vacinação para todo o país.

Ranking dos municípios do RJ com mais casos de febre amarela em humanos*

1º Angra dos Reis – 19 casos, sendo 10 óbitos
2º Valença – 18 casos, sendo 6 óbitos
3º Teresópolis – 13 casos, sendo 6 óbitos
4º Nova Friburgo – 8 casos, sendo 3 óbitos
5º Duas Barras – 8 casos , sendo 1 óbito
6º Sumidouro – 7 casos, sendo 2 óbitos
7º Cantagalo – 5 casos , sendo 3 óbitos
8º Rio das Flores – 3 casos, sendo 2 óbitos
9º Engenheiro Paulo de Frontin – 2 casos, sendo 2 óbitos
10º Mangaratiba – 2 casos, sendo 1 óbito
10º Carmo – 2 casos, sendo 1 óbito
10º Maricá – 2 casos, sendo 1 óbito
10º Vassouras – 2 casos, sendo 1 óbito
11º Miguel Pereira – 1 caso, sendo 1 óbito
11º Paraíba do Sul – 1 caso, sendo 1 óbito
11º Piraí – 1 caso, sendo 1 óbito
11º Trajano de Moraes – 1 caso, sendo 1 óbito
11º Cachoeiras de Macacu – 1 caso, sendo 1 óbito
12º Paty do Alferes – 2 casos
13º Petrópolis – 1 caso
 * Casos confirmados de 1 de janeiro a 27 de fevereiro de 2018 – Fonte SES/RJ

Número de localidades com casos confirmados de febre amarela em macacos:

 – 1 epizootia – Niterói
– 1 epizootia – Angra dos Reis (Ilha Grande)
 – 1 epizootia – Barra Mansa
 – 1 epizootia – Valença
 – 1 epizootia – Miguel Pereira
 – 1 epizootia –  Volta Redonda
 – 1 epizootia – Duas Barras
 – 1 epizootia – Paraty
 – 1 epizootia – Engenheiro Paulo de Frontin
 – 1 epizootia – Araruama

Fonte: SES e Ministério da Saúde, com Redação (atualizado em 27 de fevereiro de 2018, às 21h)

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