Infecção hospitalar mata 45 mil pessoas por ano no Brasil

Higienização correta das mãos pode ajudar a evitar a mortalidade da sepse, que é quase o dobro do que é registrado em países desenvolvidos

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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 45 mil brasileiros morrem anualmente em decorrência de infecções hospitalares. A mortalidade da sepse está ao redor de 55% nos hospitais brasileiros, quase o dobro do que é encontrado em países desenvolvidos. A estimativa é que este número aumente caso não se invista em ações de prevenção.

Um simples ato que pode fazer a diferença e salvar vidas é a higienização das mãos. Para chamar atenção para a causa, no dia 15 de maio, celebra-se o Dia de Combate à Infecção HospitalarA data tem o objetivo de conscientizar profissionais da saúde, autoridades e população em geral.

Atualmente, a infecção hospitalar é conhecida também como Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS). De acordo com a diretora vice-presidente da Unimed Blumenau, Irene Wiggers, as IRAS podem ser contraídas em diversos ambientes, como hospitais, ambulatórios, atendimentos domiciliares, entre outros.

Mas o aparecimento das infecções depende de diversos fatores de risco. “A ocorrência das IRAS está ligada principalmente à condição clínica de cada paciente. Algumas pessoas possuem maior predisposição para contrair infecções do que outras, mas, ainda assim, é possível realizar ações que diminuem o risco de contágio”, explica a médica.

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  • Números

  • Dos 19,1 milhões de brasileiros internados em hospitais ao longo de 2016, 1,4 milhão foi “vítima” de, ao menos, um evento adverso, como por exemplo, infecção hospitalar, erros de dosagem, entre outros casos. É o que mostra o Primeiro Anuário da Segurança Assistencial Hospitalar no Brasil, lançado em 2017 pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
  • Já em 2018, o relatório do Banco Mundial, OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e OMS (Organização Mundial da Saúde), constatou que em países de renda alta, 7% dos pacientes internados têm risco em adquirir alguma infecção durante a internação hospitalar. Esse índice sobe para 10% em países de renda baixa.

Prevenção

Para prevenir as IRAS, as principais recomendações envolvem hábitos e cuidados dos pacientes e dos profissionais de saúde, além dos protocolos internos dos serviços de saúde. A dra Irene lista cuidados necessários para evitar a contaminação:

  • As mãos são consideradas as principais vias de transmissão de microrganismos, por isso, a melhor medida de prevenção é lavá-las e higienizá-las com álcool. “Tanto o profissional como o paciente precisam estar atentos à higienização correta das mãos, com água, sabão e complementando com o uso do álcool gel, 70%. Esta é a maneira mais barata e eficaz de prevenir possíveis complicações infecciosas”.

  • Além do cuidado do profissional de saúde, visitantes devem tomar algumas precauções, como não realizar visitas a pessoas enfermas quando também estiverem doentes, manter cabelos amarrados em visitas, não sentar no leito do paciente e evitar trazer alimentos ao hospital.

  • AÇÃO

    Em celebração ao Dia de Combate à Infecção Hospitalar, no dia 15 de maio, a equipe de Serviço de Controle das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (SCIRAS) da Unimed Blumenau, visitará todos os setores da cooperativa. A ação será acompanhada pela conhecida personagem Morganella Morganii, uma bruxa representando a bactéria responsável pelas infecções. Na ocasião será entregue álcool gel para os colaboradores como forma de conscientização.

    Além desta ação, a Unimed Blumenau realiza diariamente atos para a prevenção de IRAS. “O objetivo destas ações é prevenir as infecções e dar segurança aos pacientes e aos colaboradores, além de garantir que todos estejam bem informados sobre os cuidados a serem tomados. Com o simples ato de higienizar as mãos é possível salvar vidas”, informa a vice-presidente da Unimed Blumenau.

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