Mais de 850 vagas para idosos de 21 comunidades

Com mais de 800 vagas, programa municipal passa a receber idosos de 21 comunidades cariocas de maior risco de contágio pelo novo coronavírus

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Depois da Rocinha e do Vidigal, é a vez de mais 19 comunidades do Rio, localizadas em regiões com o maior número de casos de Covid-19 serem beneficiadas com o programa Hotel Solidário. Com dificuldade de preencher as 1.000 vagas para idosos se protegerem e às demais pessoas no período da pandemia, a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos ampliou o leque.

Agora o programa também pode receber moradores acima de 60 anos que vivem em comunidades do Leblon, de São Conrado, Santo Cristo, Copacabana, Gávea, Centro, Cidade de Deus, Parada de Lucas, Vila Isabel, Tanque, Marechal Hermes, Cascadura, Benfica, Rio Comprido, Jacaré, Maria Da Graça, Cavalcanti, Tomás Coelho e Campo Grande.

A partir da ampliação, o número de idosos saltou da faixa dos 50 hóspedes para 115. O projeto oferece hospedagem temporária a idosos que moram em locais com aglomeração, ajudando na prevenção da Covid-19. Os hotéis ficam localizados na Barra da Tijuca e Centro do Rio.

Para que os idosos acessem o serviço é necessária a abordagem dos Agentes Comunitários de Saúde que fazem a identificação dos idosos com o perfil para o distanciamento social, de acordo com os cadastros da Clínica da Família. Quando isso é feito, eles encaminham os interessados para a Secretaria Municipal de Assistência Social, que realiza o acolhimento.

A hospedagem dos idosos conta com serviço de hotelaria, refeições diárias, rouparia e lavanderia. Todo cuidado também está sendo tomado para que o fator de isolamento não seja um desencadeador de doenças para esta população que está sendo atendida. Por isso, a SMASDH mantém uma equipe multidisciplinar, que conta psicólogos e assistentes sociais, entre outros profissionais, que irão oferecer suporte 24h por dia aos idosos hospedados.

Pesquisa comprova que nem todos os idosos estão preocupados

Apesar de estarem no grupo de pacientes com maior risco de morte, no caso de contaminação do Coronavírus, há menos idosos extremamente preocupados com a Covid-19 que pessoas de 18 a 55 anos — 64% do grupo de 36 a 55 anos mostraram-se muito ou extremamente preocupado em ficar doentes. Em segundo lugar, com 60%, vêm as pessoas entre 18 e 35 anos, enquanto dos idosos somente 49% estão com esse nível de cuidado e preocupação.

O estudo Opiniões Covid-19, resultado da parceria entre Perception, Engaje! Comunicação e Brazil Panels, entrevistou online, em todas as regiões do Brasil, homens e mulheres com mais de 18 anos, das classes ABCD, com margem de erro de até 4%, para saber a opinião dos brasileiros sobre diversas ações cotidianas em meio ao novo cenário vivido com a pandemia. As entrevistas foram feitas entre 1 e 3 de abril, nesta primeira fase do isolamento da maioria dos Estados do País. Entre diversas outras questões, a pesquisa sondou o comportamento perspectivas dos brasileiros nesta primeira quinzena do isolamento.

Mudança de hábito

Além do fato de estarem lavando mais as mãos – 86% afirmaram estar seguindo esta orientação dos órgãos de saúde – a maioria revela que, com o isolamento social e a necessidade de passar mais tempo em casa, estão vendo mais filmes da TV (62%), fazendo mais faxina (61%), usando mais as redes sociais (58%), cozinhando (56%) e vendo notícias na TV (53%).

“O estudo também identificou que as pessoas estão interessadas em se reeducar e agir de forma mais consciente”, comenta Rodrigo Toni, sócio e diretor geral da Perception. A respeito dos hábitos que irão adquirir depois que a ameaça de contaminação passar, quase metade dos entrevistados não hesitou em responder que vai fazer uma reserva financeira e 38% desejam se alimentar melhor. Na relação com o outro, 42% querem ser mais solidários e justos e 29% visam a se empenhar em trabalhos sociais. E, no campo da política, 31% pretendem pesquisar melhor antes de votar e 29% cobrar mais os governantes.

A pesquisa também identificou grande preocupação dos brasileiros com a economia e seus empregos. Os funcionários de empresas privadas formam o grupo mais receoso com a crise ocasionada pela pandemia mundial;  71% destes afirmaram estar enfrentando grandes níveis de stress, seguidos por 62% dos autônomos e microempresários e 51% dos funcionários públicos.

Saúde x Economia

61% dos brasileiros entrevistados, de todas as regiões do país, revelaram que suas preocupações estão relacionada à saúde– 20% responderam que temem que esses serviços colapsem e não cheguem a todos. Os demais citaram o medo por alguém próximo ficar doente ou eles próprios adoecerem ou ainda pelo elevado número de mortos.

Outros 29% expressaram sua apreensão perante uma eventual perda do emprego ou desajuste nas finanças pessoais. Aliás, 45% dos que responderam à pesquisa afirmaram categoricamente que acreditam que no mundo pós-Covid19 vai faltar trabalho.

Atenção aos idosos em abrigos e residenciais

O Ministério da Saúde, em parceria com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, lançou na quinta-feira (30/04), o Plano Nacional de Contingência para o cuidado às Pessoas Idosas em Situação de Extrema Vulnerabilidade Social. A iniciativa atenderá, prioritariamente, a população idosa vinculada às Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) e beneficiárias de programas sociais.

Entre as ações previstas no Plano estão a busca ativa realizada por equipes de Saúde da Família, o atendimento remoto pelos canais do TeleSUS, a testagem de sintomáticos e, se necessário, internação hospitalar em situações de impossibilidade de isolamento. O investimento para a iniciativa totaliza R$ 136,4 milhões, fruto de doações da empresa Vale e pool de bancos. Saiba mais em saude.gov.br

Fonte: Prefeitura do Rio
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