Medicamentos biológicos em pauta esta semana no Rio

Gostou desse conteúdo? Compartilhe em suas redes!

Produzidos apenas por um pequeno número de países, os biofármacos respondem por vendas estimadas em US$ 220 bilhões em 2017, representando cerca de 20% das vendas da indústria farmacêutica mundial. Os produtos biológicos são, em alguns casos, uma alternativa moderna aos medicamentos convencionais produzidos por síntese de substâncias químicas. Em outras situações, eles são a única terapia disponível.

O governo brasileiro gasta cerca de R$ 8 bilhões por ano com a compra de medicamentos biológicos, que são distribuídos gratuitamente pelo SUS, e cujos princípios ativos são todos importados. Devido à sua complexidade e alto custo, os medicamentos biológicos representam apenas 4% da quantidade de medicamentos distribuída pelo SUS, porém consomem 51% do orçamento do Ministério da Saúde gasto com medicamentos.

Para debater os avanços e desafios nas pesquisas e produção de biofármacos e vacinas, a Coppe/UFRJ promove, de 31 de julho a 4 de agosto, a sétima edição do International School on Production of Biologicals, que reunirá no Rio de Janeiro especialistas de vários países. Entre os temas, estão  fundamentos de produtos biotecnológicos para a saúde (segunda-feira); Tecnologias de produção (terça); Biofármacos (quarta); Vacinas (quinta-feira); Outros produtos biológicos e aspectos regulatórios (sexta).

Com cerca de 200 participantes, o evento contará com a presença de renomados cientistas como Barney Graham, vice-diretor do Vaccine Research Center do National Institutes of  Healh (NIH), dos EUA, que desenvolveu uma vacina para Zika, já em fase 2 de testes clínicos em seres humanos; Manuel Carrondo, professor do Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (iBET), de Portugal, que atualmente desenvolve uma vacina universal para o combate ao vírus influenza (gripe).

Outras personalidades esperadas são Ernesto Chico, do Centro de Imunologia Molecular (CIM) de Cuba, que desenvolve e produz em escala industrial biofármacos e vacinas para câncer e outras doenças vendidos em vários países do mundo; Brandon Dekosky, pesquisador do Kansas Vaccine Center, dos EUA, que inventou uma tecnologia de alto rendimento (high throughput) para analisar cada célula produtora de anticorpos do sistema imune, permitindo a descoberta de novas vacinas e de potentes anticorpos.

Mais sobre o evento

O seminário é organizado pela professora Leda Castilho, do Programa de Engenharia Química da Coppe, Leda está de volta à Coppe, após ter passado um ano de estágio sabático de pesquisas no Instituto Nacional de Saúde (NIH, na sigla em inglês), Maryland (EUA), trabalhando no desenvolvimento de uma vacina a base de DNA contra o vírus Zika.

Há mais de uma década o Laboratório de Engenharia de Cultivos Celulares (Lecc) da Coppe/UFRJ desenvolve projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação para o estabelecimento de tecnologias voltadas para a produção de biofármacos, anticorpos monoclonais, terapias celulares e vacinas. Exemplos de trabalhos do Lecc compreendem novas vacinas para os vírus Zika e da febre amarela, assim como biofármacos para doença de Gaucher e hemofilia.

O evento será realizado no auditório da Coppe, no Centro de Tecnologia 2 (CT2), na Av. Moniz Aragão, 360, Cidade Universitária. As palestras serão proferidas, das 9h30 às 17h, e seguidas pela apresentação de estudos de caso das 17 às 19h. Em seis edições anteriores, o seminário promovido pela Coppe já reuniu cerca de 800 pesquisadores de todos os continentes. Confira a programação em http://www.peq.coppe.ufrj.br/biopharma/programme.html

Fonte: Coppe/UFRJ

Gostou desse conteúdo? Compartilhe em suas redes!

You may like

In the news
Leia Mais
× Fale com o ViDA!