Medida protetiva contra agressores de mulheres na palma da mão 

Aplicativo Maria da Penha Virtual, criado no Rio, é premiado. Festival debate relações abusivas contraa mulheres com deficiência

Aplicativos de celular são alternativa para solteiros: uma live com amigos no Dia dos Namorados pode ser uma pedida (Luisella Planeta Leoni por Pixabay)
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O web aplicativo Maria da Penha Virtual, desenvolvido pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) e pela UFRJ, conquistou o Prêmio juíza Viviane Vieira do Amaral, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), na categoria “Tribunais”. O projeto obteve a maior nota média entre todas as seis categorias avaliadas na premiação.

O anúncio foi feito na tarde desta terça-feira (14/12), durante solenidade realizada em Brasília e transmitida ao vivo pelo canal oficial do CNJ no YouTube. O objetivo do Prêmio é conceder visibilidade às ações de prevenção e combate à violência doméstica e familiar contra a mulher.

O Maria da Penha Virtual foi desenvolvido por estudantes e pesquisadores do Centro de Estudos de Direito e Tecnologia da UFRJ e implantado no TJRJ em dezembro de 2020. A ferramenta permite que a mulher solicite à Justiça uma medida protetiva de urgência sem que precise sair de casa. Para tanto, basta clicar neste link usando um computador ou mesmo um celular.  O dispositivo não precisa ser baixado e não ocupa espaço na memória do aparelho.

Entre os meses de janeiro e outubro de 2021, o web aplicativo recebeu 624 denúncias de vítimas de violência de gênero da Cidade do Rio. O presidente do TJ, que compareceu ao evento em Brasília, agradeceu a premiação e lembrou, em sua fala, da juíza Viviane Vieira do Amaral, vítima de feminicídio, cometido no Natal de 2020.

Já na categoria “Magistrados”, o desembargador do TJRJ, Wagner Cinelli, conquistou o terceiro lugar com o projeto “Sobre Ela”. Trata-se de um conjunto de três iniciativas desenvolvidas pelo magistrado: um curta-metragem de animação, com duração de cinco minutos, sobre a história de uma mulher vítima de um marido abusador; o livro “Sobre Ela”, e cerca de 30 artigos publicados em variados jornais.

Prêmio CNJ juíza Viviane do Amaral

Instituído pela Resolução do CNJ 377 de 9 de março de 2021, o Prêmio juíza Viviane Vieira do Amaral contempla seis categorias: tribunais, magistrados, Sistema de Justiça Criminal, mídia, produção acadêmica e organizações não-governamentais. A premiação recebeu 83 inscrições.

Além de dar visibilidade a ações de prevenção e combate à violência familiar e doméstica, o Prêmio CNJ Juíza Viviane Vieira do Amaral busca conscientizar os integrantes do Poder Judiciário sobre a necessidade de vigília permanente no enfrentamento a esse tipo crescente de violência.  

Festival debate relações abusivas contra mulheres com deficiência

Cena da produção brasileira Seremos ouvidas (divulgação)

A 10ª edição do Assim Vivemos – Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência – anuncia o terceiro bate-papo virtual do evento, realizado nesta quinta-feira, 16, às 19h30, através do site www.assimvemos.com.br . Com o tema “Em busca de uma voz” – e mediação de Lara Pozzobon, idealizadora do evento -, as convidadas Carol Santos e Natália Maria vão conversar  sobre violência contra mulher, direitos, relações abusivas e a sexualidade das pessoas com deficiência.

Carol Santos é ativista feminista e digital, fundadora do Movimento Feminista Inclusivass do RS, atuante em frentes nacionais dos direitos das mulheres e embaixadora do Juntas Transformamos. Já Natália Maria é antropóloga, pessoa com deficiência, ativista, articuladora e pesquisadora nos Disability Studies.

Assim Vivemos – Festival Internacional de Filmes sobre Deficiência, segue no formato online até 20 de dezembro com exibição de filmes e o último debate dia 16. Ao longo das edições do evento, esses encontros se consolidaram como um espaço importante de diálogo e reflexão acerca dos temas relativos às pessoas com deficiência e, consequentemente, a toda a sociedade.  Eles contam com a presença de profissionais ativos nas suas áreas de atuação, sempre com prioridade para a participação de pessoas com deficiência.

No site www.assimvivemos.com.br é possível conferir a programação online e os debates realizados no Rio e em Brasília. Os três anteriores desta edição paulista também estão lá.  Gravados, estão todos disponíveis para quem se interessar.

Todos os filmes contam com recursos de acessibilidade como a audiodescrição e as legendas LSE (para surdos e ensurdecidos), além interpretação em LIBRAS. Os debates ao vivo têm interpretação em LIBRAS e serão disponibilizados gratuitamente através do site, assim como o catálogo digital do festival com informações, sinopses dos filmes e programação completa.

Para conferir a programação completa do Assim Vivemos, acesse: www.assimvivemos.com.br

Para download de fotos dos filmes, acesseFotos dos filmes AV

Para trailer ou cenas dos filmes do Assim Vivemos Online, acesseTrailers e cenas

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