Mulheres que buscam parceiros com dinheiro: retrocesso ou condição humana?

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Mulheres que têm sede de poder. Assim são conhecidas as jovens que escolhem seus pretendentes pelos recursos financeiros. As Sugar Babies  encontram em sites especializados a oportunidade de conhecer homens maduros e endinheirados dispostos a gastar e propor um estilo de vida de luxo para elas. Entretanto, ao se assumirem ambiciosas, muitos à sua volta as enxergam como vulgares, interesseiras e gananciosas.

Argumentos à parte, o fato é que o assunto levanta discussões acaloradas. Ainda assim, ganhou um respaldo cientifico com a psicologia evolucionista, que pode justificar o modelo de comportamento de relações como estas. “Todos nós somos o que somos hoje, em função de uma evolução biopsicossocial”, afirma o psicólogo Marcelo Estrázulas.

“A mulher não age tão diferente da fêmea na natureza. Das várias abordagens dos machos que estão à disposição, ela seleciona o melhor. Antigamente, as mulheres escolhiam os homens mais fortes fisicamente. Quem tinha a maior caixa torácica, tinha maior capacidade pulmonar e percorria longas distancias. Assim, conseguia mais fartura de alimentos”, explica.

Estrázulas alega que os seres humanos agem como os seus ancestrais pré-históricos em diversas situações, inclusive na hora de escolher o parceiro. O profissional afirma que da mesma forma que os homens estão biologicamente programados para olharem mulheres atraentes. Elas também vão se sentir atraídas por homens com mais recursos financeiros.

O que seria a caixa torácica larga hoje?

O psicólogo explica que se a milhares de anos adquirir recursos para sobrevivência, caçar e garantir proteção aos descendentes, tornava os homens “bons partidos” aos olhos femininos, hoje, o dinheiro assume um papel central na sociedade como um fator de segurança e sobrevivência.  “A coisa não mudou muito. Esse instinto de escolher esse perfil de homem continua o mesmo. Porém, hoje nós não somos mais biológicos! Somos biopsicossociais” diz.

Um jogo de poder nada saudável

A psicanalista e coach Patrícia Villar, especialista em relacionamentos, define as relações sugar como um jogo de poder nada saudável. Para ela, esse tipo de união é prejudicial para as duas partes. “Para sugar babies, envolve o fato de que seu corpo e sua aparência são a única parte relevante de si nesse tipo de relação. O que, dependendo da pessoa, pode resultar em baixa autoestima ou justamente o oposto. Um ego inflado e uma noção distorcida de si, do próprio valor e beleza. Quanto aos sugar daddies, envolve a vulgarização de relações e sentimentos, reduzindo-os estritamente ao prazer”, avalia a psicanalista.

A porta-voz do aplicativo Universo Sugar, Anne Viana, explica que o estilo de relacionamento é controverso. Mas lembra que o interesse parte dos dois lados, e ressalta: “A mesma sociedade que rotula uma mulher jovem, ao lado de um homem maduro e rico, também deveria rotular o homem por escolher a mulher jovem atraente e não uma sexagenária. Sistema de valores relativista não se sustentam” argumenta. Apesar de toda a polêmica, a plataforma Universo Sugar já conta com mais de 120 mil membros com presença de usuários em todo território nacional. E o público feminino é quatro vezes superior em relação aos homens.

Fonte: Universo Sugar

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