Novo medicamento para doentes de Aids chega ao SUS

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A partir de janeiro de 2017, o  Ministério da Saúde vai passar a fornecer o medicamento Tivicay® (dolutegravir) para pessoas que vivem com HIVno Brasil e que nunca receberam tratamento. A substituição do atual “efavirenz”, para pacientes que iniciam terapia antirretroviral acontecerá no primeiro semestre de 2017 e a expectativa é atingir, inicialmente,  100 mil pacientes. Cerca de  1,3 milhão de frascos de comprimidos de dolutegravir 50mg serão distribuídos nos próximos 12 meses.

De acordo com o MS, o Dolutegravir é considerado atualmente o melhor medicamento para tratamento da Aids, por apresentar uma série de vantagens como potência muito alta; nível muito baixo de eventos adversos; maior comodidade para o paciente: uma tomada diária; tratamento eficaz por mais tempo e menor aparecimento de vírus resistentes ao longo do tratamento.

O medicamento é um inibidor de transferência da cadeia da enzima integrase (INSTI) para a utilização em combinação com outros agentes antirretrovirais no tratamento de HIV. Os inibidores de integrase bloqueiam a replicação do HIV, impedindo que o DNA viral se integre no material genético das células imunitárias humanas (células T). Esse degrau é essencial no ciclo de replicação do HIV e também é responsável pelo estabelecimento da infecção crônica.

O Tivicay é aprovado em mais de 90 países da América do Norte, Europa, Ásia, Austrália, África e América Latina. O acordo com o Ministério da Saúde foi confirmado pela ViiV Healthcare, companhia  global especializada em HIV que tem a GSK como empresa distribuidora no Brasil. “Este acordo com o Ministério da Saúde representa outro marco importante no nosso compromisso de garantir que  mais opções de tratamentos estejam disponíveis para pacientes que vivem com HIV/Aids”, avaliou Jacopo Andreose, VP Head of International ViiV Healthcare.

Para ele, fazer com que o dolutegravir seja disponibilizado no Sistema Único de Saúde  (SUS) demonstra a estratégia da ViiV Healthcare de estabelecer parcerias com os governos para promover um amplo acesso aos  medicamentos mais necessitados, levando em consideração a renda  nacional bruta (RNB) do país, epidemiologia do HIV e outras  necessidades específicas .

Mais pessoas se tratando na rede pública

Desde o surgimento da Aids, o Brasil vem tomando posição de vanguarda na oferta de tratamento e assistência às pessoas que vivem com HIV/aids. Em 2013, o Ministério implantou Novo Protocolo Clínico de Tratamento de Adultos com HIV e Aids, que disponibiliza o tratamento da infecção para todos. Desde então, o número de pessoas infectadas e tratadas subiu 38%.  De 355 mil, em 2013, para 489 mil pessoas atualmente. De janeiro a outubro de 2016, 34 mil novas pessoas com HIV e aids entraram em tratamento pelo SUS.

O Brasil tem avançado no controle da infecção, tendo alcançado melhoras significativas em todos os indicadores. O alcance das metas de 90% das pessoas testadas, 90% tratadas e 90% com carga viral indetectável até 2020, estabelecida pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS), é um dos resultados mais expressivo das ações de combate ao HIV e Aids no país.

No diagnóstico, o Brasil passou de 80%, em 2012, para 87%, em 2015, o que equivale a 715 mil pessoas. A ampliação da testagem é uma das frentes da nova política de enfrentamento do HIV e aids no país. Em 2015, foram realizados 8,5 milhões de testes. Os maiores incrementos foram observados na meta relacionada ao tratamento, que passou de 44%, em 2012, para 64%, em 2015, ou 455 mil pessoas. Na meta referente à redução da carga viral, o país passou de 75%, em 2012, para 90% em 2015, ou 410 mil pessoas.

Fonte: Ministério da Saúde e GSK

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