‘O Brasil ainda não viu o pior’, diz terapeuta brasileiro ao voltar dos EUA

Para Denny, há pessoas que podem até não contrair o vírus, mas sairão adoecidas e desequilibradas emocionalmente dessa crise

Denny posa em parque de diversões vazio em Kissimmee, Flórida (EUA) - Foto Divulgação
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Em tempos de novo coronavírus, isolamento social e medo de uma recessão econômica nunca antes vista, muitos de nós podemos sentir o nível de estresse aumentar gradativamente. Jornalista e terapeuta sensitivo, o brasileiro Denny  estava em uma imersão espiritual nos Estados Unidos – epicentro da pandemia do novo coronavírus no mundo – logo no início do processo de lockdown. E faz alerta quanto aos brasileiros que ainda não respeitam ou não levam tão a sério as regras de isolamento social.

Pude sentir todo esse peso emocional e o medo das pessoas desnorteadas ao redor. Foi impactante ver lojas fechando gradativamente as portas, ruas e avenidas vazias, ser impedido de comer nos restaurantes. Até água tornou-se artigo de luxo em grandes redes de supermercados americanos. O Brasil definitivamente ainda não viu o circo pegar fogo”, desabafa.

Prateleiras vazias em Wallmart da Flórida, Miami (Foto: Divulgação)

O difícil retorno para casa

Com o aumento das mortes, Denny decidiu antecipar o retorno ao Brasil. Porém, depois de inúmeras tentativas de falar com a companhia aérea, foi preciso ir pessoalmente ao aeroporto. “Eu posso dizer que tive muita sorte ao ter chegado com muitas horas de antecedência porque meu voo foi cancelado. E consegui ser o último passageiro realocado para uma escala no Panamá bem no dia em que o país fechou seu espaço aéreo. Tenho a certeza de que fui um dos últimos brasileiros a conseguir voltar. Vi o aeroporto literalmente apagar as luzes”, declara.

Passado o primeiro susto, o terapeuta – que foi um dos últimos brasileiros a conseguir embarcar de volta ao Rio de Janeiro antes que o espaço aéreo norte-americano fosse fechado – faz um alerta para um inimigo sútil, nossas emoções. “Como você acha que nosso emocional fica após tamanha enxurrada de notícias bombásticas sobre a Covid-19? A resposta é que nossa saúde sente em todos os níveis. E há pessoas que podem até não contrair o vírus, mas sairão adoecidas e desequilibradas emocionalmente dessa crise”, diz.

Após perceber os comportamentos de americanos e os erros cometidos por lá, o profissional retorna ao Brasil com uma série de dicas e ferramentas gratuitas para ajudar as pessoas a lidar com suas emoções. “Eu vi isso acontecer com os norte-americanos e não quero que erremos no mesmo ponto. As pessoas não se dão conta de que o a pressão emocional duplicou e que elas podem estar à beira de adoecer emocionalmente. É preciso encontrar um oásis interno de equilíbrio para não pirar”, afirma ele.

Denny posa em parque vazio de Orlando – Lakefront Park (Foto: Divulgação)

Ferramentas gratuitas para driblar o estresse

Denny, que possui formações e cursos em terapias alternativas, teve um insight e canalizou uma técnica terapêutica em pleno voo sobre as Everglades, nos Estados Unidos. “Foi tudo muito intenso. E eu tive a certeza de que algo de muito positivo nasceria daquela viagem. As pessoas estão precisando de mais equilíbrio. E eu não queria que as crenças ou religiosidade fossem impeditivos. Por isso, eu proponho uma espiritualidade livre que pode atender às demandas desde um ateu até um religioso ou esotérico. Não temos mais tempo para separar as pessoas”, garante.

Foi assim que surgiu Earth Connecions, nova técnica criada por Denny, que tem formações e cursos em Cura Interior – Alinhamento Energético, Astrologia, Espiritismo (Allan Kardec), Xamanismo e Psicologia (Jung), entre outros assuntos ligados ao autoconhecimento e espiritualidade.

Ainda em viagem, percorreu locais considerados sagrados para os nativos norte-americanos no estado da Flórida e intuiu as informações necessárias para dar maior suporte às pessoas durante esse período. “Aproveitei para gravar alguns vídeos em território norte-americano e podcast com mensagens que servem para qualquer pessoa que busca mais equilíbrio. Elas independem de religião, mas são recheadas de espiritualidade, positividade e são gratuitas e estão no site meuastro.com.br“, empolga-se.

 

Quatro dicas para relaxar e não pirar durante o isolamento

 

1 – Respire conscientemente

E se a enxurrada de notícias estiver mexendo com seu emocional, lembre-se de respirar para sentir-me melhor. Mas há uma maneira certa de usar esse conhecimento. O profissional afirma que é um erro apenas respirar enchendo o peito de ar. Segundo ele, a melhor respiração é a diafragmática, na qual você se concentra em levar o ar para o abdome, em vez do peitoral. Para ajudar a diminuir a ansiedade, a sugestão é a respiração em 4 tempos.

O número 4 está muito presente na simbologia de nossa história. Temos as quatro estações, os quatro elementos, as quatro direções cardeais. Para sentir uma melhora na ansiedade, eu sugiro que a pessoa inspire o ar em 4 tempos, fazendo uma pausa por mais 4 tempos. Depois ela vai suavemente expirar pela boca contando 4 tempos e ficar mais 4 tempos com o diafragma vazio. Esse movimento, por si só, ajuda a reequilibrar as emoções e a combater a ansiedade. Tanto que gravei um vídeo devido a tantos pedidos. Funciona mesmo”, garante.

2 – Livre-se dos vírus e bactérias emocionais

Denny alerta ainda que devem ser mantidos todos os cuidados com a exposição ao novo coronavírus para evitar uma possível contaminação. Mas é preciso lembrar também que existem outros “vírus, bactérias e parasitas” energéticos que se aproveitam de nossas fragilidades para se instalar e roubar nossa saúde nos níveis emocional, físico, energético e espiritual.

Podemos ser sugados emocionalmente por pessoas negativas e por situações estressantes, como um casamento em crise, uma relação abusiva ou um parente que apresenta um quadro grave de doença. E assim um momento de pandemia mundial pode ser o estopim para outros inúmeros outros problemas emocionais. É preciso estar alerta à nossa qualidade de sono, alimentação e sempre monitorando nossas emoções”, afirma.

3 – Mantenha o otimismo (ainda que mínimo)

“A ciência já confirma que, se uma pessoa está emocionalmente abalada, o sistema imunológico fica debilitado e torna-se mais difícil curar-se das doenças. Daí a importância de tentar alegrar-se, sorrir mais para manter as emoções no mínimo de equilíbrio possível”, ressalta.

4 – Reforce a espiritualidade e a esperança em dias melhores

Denny diz ter receio de falar em espiritualidade porque parece que estamos falando de religião ou de esoterismo. Mas de novo se reporta à ciência. Uma pesquisa provou que, ao se submeter a uma cirurgia, pessoas que tinham um ritual simbólico de fé ou que acreditavam na proteção espiritual, em geral, se recuperaram mais rapidamente em comparação a quem não tinha essas crenças. “Seja ateu ou crente, vale o ditado espanhol: “yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay”, brinca.

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