O que aprendemos sobre a relação entre Covid, nutrição e imunidade?

“Nenhum alimento por si só é capaz de realizar milagres e melhorar a imunidade, muito menos de um dia para o outro”, diz nutrólogo

Ministério da Saúde lançou em janeiro guia de alimentação saudável para crianças até 2 anos (Foto: Tony Winston/MS)
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Nunca a boa alimentação foi tão importante do que nessa pandemia de Covid-19. Afinal, é pela alimentação equilibrada que – junto ao sono e a vitamina D – , as defesas do nosso organismo são fortalecidas. Nesse Dia Nacional da Saúde e da Nutrição (31 de março), é importante destacar o trabalho de nutrólogos e nutricionistas para ajudar as pessoas a encontrar o equilíbrio no prato e na saúde.

Para especialistas, o papel da nutrição em um melhor desempenho do sistema imunológico deve ser entendido como um processo contínuo e construído ao longo do tempo. O acompanhamento clínico de mais de 500 pacientes que contraíram Covid-19 em 13 dos principais hospitais de São Paulo, deixa importantes aprendizados.

O principal, sem dúvida, é que uma alimentação balanceada, com a ingestão de proteínas, carboidratos e gorduras, além de micronutrientes como vitaminas e minerais é essencial para a manutenção adequada das defesas do organismo”, explica Daniel Magnoni, chefe de nutrologia do Instituto Dante Pazzanese, em São Paulo.

Segundo ele, nenhum alimento por si só é capaz de realizar milagres e melhorar a imunidade, muito menos de um dia para o outro. “Alguns nutrientes como a proteína, vitaminas A, C e D, minerais como ferro, zinco, selênio e probióticos são importantes reguladores das funções metabólicas relacionadas à imunidade”, acrescenta Dr. Magnoni.

Um ponto importante é a nutrição das pessoas que foram infectadas, tratadas em casa ou tiveram alta hospitalar. Nesses casos a utilização de nutrientes é essencial, a indicação de suplementos especiais que estimulam a imunidade e a formação de músculos é um ponto a ser considerado, desde que tenham indicação médica.

Os mais indicados devem mesclar, principalmente, vitamina D, vitamina B12 e cálcio. O mercado neste sentido oferece excelentes opções de suplementos, inclusive uma nova geração, em gomas, mais práticas e com doses diárias completas dos principais nutrientes”, diz Dr. Magnoni. “Além da nutrição, outros fatores como a prática regular de atividades físicas, noites de sono de qualidade e a saúde intestinal exercem papel fundamental sobre a imunidade”, finaliza o nutrólogo.

Nutrição no mundo pós-pandemia

Quadros de deficiência destes nutrientes podem prejudicar tanto a resposta imune adaptativa quanto a inata, ou seja, própria do indivíduo, interferindo negativamente em aspectos como a produção de células relacionadas à resposta imunológica. Por isso, esses nutrientes devem ser ingeridos regularmente e nas quantidades corretas.

Frutas, verduras e legumes devem ser consumidas entre 3 e 5 porções por dia para fornecerem a necessidade de vitaminas e minerais. No aporte de proteínas, quando existe uma restrição de proteína animal, optar pela origem vegetal, mais eficaz com o consumo de leguminosas como soja, feijão, lentilha e ervilha.

Após a pandemia deveremos focar em alimentos que contenham nutrientes atuantes no nosso metabolismo, sem excesso de açúcar ou gorduras, principalmente a saturada, de origem animal”, sugere Dr. Magnoni.

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