Pergunte ao Doutor: tudo sobre a doença vascular periférica

Gostou desse conteúdo? Compartilhe em suas redes!

doenca-vascular

Muita gente não sabe, mas pode sofrer de um mal que afeta  de 10% a 25% na população acima de 55 anos. É a Doença Vascular Periférica (DVP), causada pelo estreitamento ou obstrução dos vasos sanguíneos arteriais. De acordo com a Sociedade Brasileira e Angiologia e de Cirurgia Vascular, cerca de 70% a 80% dos pacientes não apresentam qualquer sintoma, o que pode dificultar o diagnóstico e o tratamento precoce, evitando complicações. Neste  Dia Nacional de Combate à Doença Vascular Periférica (14 de julho), o angiologista Alexandre Midão, professor da Faculdade  de Medicina de Petrópolis (Fmp/Fase) esclarece tudo sobre a DVP.

Blog Vida & Ação – O que é a Doença Vascular Periférica e quais são as suas causas?
Alexandre Midão – Doença vascular periférica (DVP) é o nome usado para definir obstruções nas artérias. As artérias são os vasos sanguíneos responsáveis por levar o sangue que sai do coração para todo o corpo, enquanto as veias são responsáveis pelo retorno do sangue para o coração. As principais causas da DVP são hipertensão arterial e diabetes descontrolados, níveis elevados de colesterol e triglicerídeos e tabagismo.

– Existe alguma relação da doença com varizes?
Alexandre Midão – Não,  variz é uma doença das veias, sem relação com a doença das artérias.

– Quais são os sintomas mais comuns e como obter a detecção precoce no caso da ausência de sintomas?
Alexandre Midão – O sintoma mais comum é dor na musculatura das pernas e/ou nádegas, durante o caminhar ou correr melhorando com repouso. Inicialmente surge a longas distâncias, com a evolução da doença a distância para o surgimento da dor vai diminuindo progressivamente, podendo chegar a dor em repouso, ou seja, não necessidade de usar a musculatura para a dor comçar. Nos casos mais graves, pode haver o surgimento de feridas ou gangrena nos membros acometidos. A detecção, no caso dos pacientes sem sintomas, só pode ser feita através de consultas regulares ao cirurgião vascular ou angiologista.

– Pessoas de que faixa etária são mais propensas a desenvolver a doença?
Alexandre Midão – A incidência é maior a partir dos 50 anos de idade.

– Como é o tratamento e o prognóstico?
Alexandre Midão – O tratamento só deve ser prescrito por médicos especialistas. Este inclui medidas para o controle adequado dos fatores de risco, ou seja, hipertensão, diabetes, níveis elevados de colesterol e triglicerídeos, além da suspensão do tabagismo. Também é preconizado a realização de exercícios físicos regulares sob orientação médica. Assim como, o uso de medicamentos específicos que têm por objetivo melhorar a circulação de sangue nos casos leves e moderados da doença. Para alguns pacientes pode existir a necessidade de indicação de cirurgias que visam a melhora do fluxo de sangue para as pernas. O prognóstico depende do controle dos fatores de risco citados acima, a realização de exercícios físicos regulares sob supervisão profissional e uso correto das medicações prescritas.

– Quais podem ser as complicações decorrentes da doença?
Alexandre Midão – As complicações são dificuldade para andar devido à dor, surgimento de feridas que podem evoluir com necrose nas pernas e pés e, em casos graves, amputação do membro mais afetado pela doença.

– Quais são as formas de prevenção?
Alexandre Midão – Não fumar, realizar exercícios físicos com regularidade, ter hábitos dietéticos saudáveis, controlar a hipertensão e o diabetes. Assim como manter os níveis de colesterol e triglicerídeos dentro dos valores de normalidade.

Fonte: Faculdade  de Medicina de Petrópolis (Fmp/Fase)

Gostou desse conteúdo? Compartilhe em suas redes!

You may like

In the news
Leia Mais
× Fale com o ViDA!