Morte por Aids no Rio cai para 7,8 entre 100 mil habitantes

Um projeto recém-aprovado pela Alerj prevê que pessoas com Aids e HIV tenham isenção em transportes no estado. Parque de Madureira oferece testes rápidos para HIV neste Dia Mundial de Luta contra a Aids

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Uma boa notícia em meio à escalada de casos de HIV entre jovens brasileiros. O novo Boletim Epidemiológico de HIV/Aids, lançado esta semana pelo Ministério da Saúde, revela que no período de 2014 a 2017, houve uma redução no coeficiente de mortalidade no Rio de Janeiro, que caiu de 9,6 óbitos por 100 mil habitantes, em 2014, para 7,8 óbitos em 2017, o que representa uma redução de 18,7%.

Em relação aos casos, desde o ano de 2014, também observa-se redução da taxa de detecção de aids no Rio de Janeiro. Eram 30,5 casos por cada 100 mil habitantes, em 2014, e, em 2017, são 26,4 para cada 100 mil habitantes, o que representa uma redução de 13,4%.

Outra boa notícia nesta semana dedicada ao Dia Mundial de Luta contra a Aids (1 de dezembro) é que pessoas com Aids e com o vírus HIV podem receber um vale social para ter isenção da tarifa dos ônibus intermunicipais, trens, metrô e barcas. É o que determina o projeto de lei 2.481/13, do deputado Gilberto Palmares (PT), que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou no dia 31 de outubro, em segunda discussão.

A proposta altera a Lei 4.510/05, que possibilita a concessão de até 60 vales sociais por mês para pessoas com doenças crônicas conforme necessidade de atendimento e tratamento. O projeto inclui as pessoas com Aids e HIV entre os beneficiados, sob a classificação de “doença crônica”. As empresas de transporte coletivo deverão divulgar a norma, em locais visíveis para os passageiros.

As despesas da norma serão cobertas pelo Fundo Estadual de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais (FECP). “A lei já garantia a isenção do pagamento das tarifas de transporte para pessoas com alguns tipos de doenças crônicas, como tuberculose e hanseníase. Agora vamos ampliar para quem tenha HIV. Infelizmente, muitas pessoas abandonam o tratamento médico por não terem dinheiro para arcar com o transporte público. A Aids é um doença crônica que provoca ainda hoje muitas mortes a cada ano no Brasil”, explicou o parlamentar.

Testes rápidos de graça no Parque de Madureira

Neste dia 1º de dezembro, em comemoração ao Dia Mundial da Luta Contra a Aids, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro(SMS), em parceria com outras instituições, promove uma série de atividades de conscientização no Parque de Madureira.
Durante a ação, a população terá acesso a oferta de testes rápidos para HIV, sífilis, hepatites B e C, além de vacinação contra hepatite B, aconselhamento sobre infecções sexualmente transmissíveis (IST’s), orientação jurídica para pessoas portadoras de HIV/Aids e população LGBT.
Também serão realizadas atividades físicas, educativas e recreativas, como rodas de conversa, esquetes teatrais, apresentações de MPB, atividade física coletiva e práticas integrativas com auriculoterapia e Reiki, técnica terapêutica japonesa.
Entre os dias 28 de novembro e 4 de dezembro, as clínicas da famílias e os centros municipais de Saúde também promovem ações educativas e de diagnóstico com usuários da rede municipal de saúde.
As atividades envolvem oferta de teste rápido, rodas de conversa, distribuição de material informativo e dramatizações.  O objetivo das ações é provocar o interesse e a reflexão da população sobre o HIV/Aids, suas formas de transmissão e de prevenção, e as possibilidades de tratamento.

CAMPANHA NACIONAL

O Brasil chega aos 30 anos de luta contra o HIV e aids com registro de queda no número de casos e óbitos por aids no país. O novo Boletim Epidemiológico, divulgado nesta terça-feira (27/11) em Brasília, mostra redução de 16%, em casos e óbitos de aids. A garantia do tratamento para todos, lançada em 2013, e a melhoria do diagnóstico contribuíram para a queda, além da ampliação do acesso à testagem e redução do tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento.

Também foi lançada no dia 27, pelo Ministério da Saúde, uma nova campanha publicitária contra a aids, que neste ano celebra as conquistas nos 30 anos do Dia Mundial de Luta contra a Aids. A data foi instituída em 27 de outubro de 1988 pela Assembleia Geral da ONU e a Organização Mundial de Saúde, cinco anos após a descoberta do vírus causador da aids, o HIV.

A campanha será veiculada a partir de 28 de novembro e, como parte das comemorações do dia 1º de dezembro, o Ministério da Saúde resgatará a confecção de colchas de retalhos, os chamados quilt, que traz mensagens de otimismo para quem vive com o vírus.

O Ministério vai estender um mosaico, formado por essas colchas, em um dos gramados da Esplanada dos Ministérios. O material foi produzido por milhares de pessoas em várias partes do país que utilizaram uma plataforma digital para produzir a sua mensagem de apoio a causa.

Queda nos casos e óbitos no Brasil

Levantamento apresentado na última terça-feira (27) pelo Ministério da Saúde durante evento de celebração dos 30 anos do Dia Mundial de Luta contra a Aids, em Brasília mostrou melhoria no diagnóstico, ampliação do acesso à testagem e redução do tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento derrubaram casos e óbitos no mesmo período.

No total, 21 estados apresentam redução na taxa de mortalidade: AM, RR, PA, AP, TO, MA, PB, PE, AL, SE, BA, MG, ES, RJ, SP, PR, SC, RS, MT e o DF. Cinco estados apresentam aumento: Rondônia, Acre, Ceará, Rio Grande do Norte e Mato Grosso do Sul. Os estados do Piauí e Goiás mantiveram a mesma taxa de mortalidade entre 2014 e 2017.

Já com relação ao Brasil, o país chega aos 30 anos de luta contra o HIV e aids com queda no número de casos e óbitos. A garantia do tratamento para todos, lançada em 2013, e a melhoria do diagnóstico contribuíram para a queda, além da ampliação do acesso à testagem e redução do tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento.

DADOS BRASIL

No país, em quatro anos, a taxa de mortalidade pela doença passou de 5,7 por 100 mil habitantes, em 2014, para 4,8 óbitos em 2017.  Os novos números da epidemia revelam que, de 1980 a junho de 2018, foram identificados 926.742 casos de aids no Brasil, um registro anual de 40 mil novos casos. Em 2012, a taxa de detecção de aids era de 21,7 casos por cada 100 mil habitantes e, em 2017, foram 18,3, queda de 15,7%. Na comparação com 2014, a redução é de 12%, saiu de 20,8 para 18,3 casos por 100 mil habitantes.

O Boletim também traz a diminuição significativa da transmissão vertical do HIV, quando o bebê é infectado durante a gestação. A taxa de detecção de HIV em bebê reduziu em 43% entre 2007 e 2017, caindo de 3,5 casos para 2 por cada 100 mil habitantes. Isso se deve ao aumento da testagem na Rege Cegonha, que contribuiu para a identificação de novos casos em gestantes. Em 2017, a taxa de detecção foi de 2,8 casos por 100 mil habitantes.

Nos últimos 7 anos, ainda houve redução de 56% de infecções de HIV em crianças expostas infectadas pelo HIV após 18 meses de acompanhamento. Os novos dados ainda mostram que 73% das novas infecções de HIV ocorrem entre no sexo masculino, sendo que 70% dos casos entre homens estão na faixa de 15 a 39 anos.

Desde a introdução do tratamento para todos, até setembro deste ano, 585 mil pessoas com HIV/aids estavam em tratamento. Os antirretrovirais são totalmente financiados pelo Governo Federal. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferta um dos melhores medicamentos do mundo para tratamento da doença, o dolutegravir. O medicamento está disponível gratuitamente, sendo que 87% das pessoas com HIV já fazem uso do dolutegravir.

O medicamento aumenta em 42% a chance de supressão viral (que é diminuição da carga viral do HIV no sangue) entre adultos quando comparado ao tratamento anterior, usando o efavirenz. Além disso, a resposta virológica com o dolutegravir é mais rápida: no terceiro mês de uso mais de 87% os usuários já apresentam supressão viral, segundo estudos realizados pelo Ministério da Saúde.

Confira abaixo a programação completa

10h -10h30 “Vamos despertar e aquecer o dia?“
 Atividade física com alongamento e outras práticas
10h30 -10h40 Trenzinho da Alegria
Paródias musicais curtas
10h40 -11h20 “Você se previne contra o HIV e as outras Infecções Sexualmente Transmissíveis?”
Roda de Conversa em torno da Mandala da Prevenção
11h20 -11h40 “Vamos agitar um pouco?”
Aula coletiva de Zumba
11h40 – 11h50 Homenagem a Herbert Daniel
11h50 – 12h30 Movimentos Sociais e o SUS – Tribuna livre
13h30 -13h40 Trenzinho da Alegria
Paródias musicais curtas
13h40 – 14h20 “Precisamos falar sobre o Preconceito”
Como reconhecer e trabalhar o preconceito em nós
14h20 – 15h Oficina de Teatro
Um encontro lúdico e criativo
15h -15h40 Papo de Jovem
Roda de conversa com os jovens e para os jovens
15h40 -16h20 Oficina do “Projeto Flor da Pele”
Oficina lúdica de contato e expressão corporal
16h20 -17h“Cantando pra Ser Feliz”
Apresentação da cantora Jeniffer Quintão
10h-16h Ofertas de teste rápido e aconselhamento para HIV, hepatite B, sífilis e vacinação para hepatite B
Da Redação, com Assessorias
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