Bolsonaro se recupera de ‘mofo’ no pulmão sob o frio do Sul do país

Segundo país do mundo mais afetado pela Covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos, o Brasil registrou nesta sexta-feira 1.212 novos óbitos em decorrência da Covid-19, o que eleva o total de mortes a 92.475

(São Raimundo Nonato - PI, 30/07/2020) Presidente da República, Jair Bolsonaro, cumprimenta populares no Aeroporto Internacional Serra da Capivara de São Raimundo Nonato - PI. Foto: Alan Santos /PR
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O presidente Jair Bolsonaro está tomando antibióticos para combater uma infecção no pulmão, mas esteve nesta sexta (31) em Bagé, no sul do Rio Grande do Sul, enquanto o estado enfrenta um onda de frio. Foi inaugurar uma “escola cívico-militar” municipal.

Apesar da infecção e da dita fraqueza no corpo que disse ter sentido na véspera, Bolsonaro manteve a agenda de viagens que havia prometido fazer quando ainda estava em isolamento social, após ter anunciado que foi infectado pelo novo coronavírus.

De acordo com a Reuters, os médicos que acompanham o presidente não relacionaram a infecção pulmonar com a Covid-19. Bolsonaro, que se contaminou com a doença no início de julho, ficou três semanas no Palácio da Alvorada e informou no sábado (25/7) que seu último teste havia negativado para o coronavírus.

No entanto, depois de uma semana de volta à agenda normal, o presidente disse na quinta (30) em sua live semanal que sentiu uma “fraqueza” e o resultado dos exames mostrou uma infecção.

Acabei de fazer um exame de sangue, né, estava com um pouco de fraqueza ontem (quarta), acharam até um pouco de infecção também. Estou agora no antibiótico, deve ser… agora depois de 20 dias dentro de casa, a gente pega outros problemas. Eu peguei mofo, mofo no pulmão”, disse.

Esta semana, Bolsonaro foi duas vezes ao Hospital das Forças Armadas em Brasília, onde costuma se tratar. Na segunda, no início da noite, foi fazer exames, de acordo com sua assessoria. Na quarta à tarde, depois de uma cerimônia no Palácio do Planalto, acompanhou a primeira-dama, Michelle, para fazer o exame para Covid-19. Na ocasião, Bolsonaro também foi examinado e lhe foi receitado um antibiótico.

Na quinta-feira, Bolsonaro visitou o Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, e participou da cerimônia de inauguração de uma adutora da transposição do rio São Francisco, na Bahia. Lá, o presidente fez o que mais gosta: provocar aglomeração. E cumprimentou populares no Aeroporto Internacional Serra da Capivara de São Raimundo Nonato (como mostra a foto que ilustra esta matéria).

Brasil registrou mais de 1.200 óbitos nesta sexta-feira

Segundo país do mundo mais afetado pela Covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos, o Brasil registrou nesta sexta-feira 1.212 novos óbitos em decorrência da Covid-19, o que eleva o total de mortes a 92.475, informou o Ministério da Saúde. Além disso, foram notificadas mais 52.383 infecções pelo vírus no país, que atingiu a contagem total de 2.662.485 casos.

Essa é a segunda sexta-feira consecutiva em que o país verifica mais de 50 mil novos casos da doença, além do terceiro dia seguido em que a marca é superada. Nesta semana, o Brasil registrou um recorde de cerca de 69 mil infecções na quarta-feira, quando testes atrasados da véspera foram computados. A contagem diária de óbitos, por sua vez, segue próxima das médias vistas nas últimas semanas epidemiológicas, quando as mortes giraram em torno de 1.100 por dia.

O Ministério da Saúde tem afirmado que, apesar da disparada recente no número de casos, há uma estabilização na contagem de óbitos, vista em um platô elevado. O grande aumento no número de casos, especialmente a partir da semana passada, tem sido justificado pela pasta como resultado de um avanço da doença pelo Centro Sul do país, aliado às questões sazonais representadas pela chegada do inverno.

São Paulo é o estado mais atingido pela doença, com 542.304 casos e 22.997 óbitos. Depois de registrar recordes de 26,5 mil infecções e 713 mortes na quarta-feira, por conta de um atraso na notificação de testes, São Paulo computou 13.298 casos e 287 mortes nesta sexta, números levemente inferiores aos vistos no dia anterior. O governo paulista estimava que o Estado chegaria ao final de julho com um total entre 510 mil e 600 mil casos, enquanto o número total de mortes no fim do mês era projetado entre 21 mil e 26 mil.

Pará, Minas Gerais, Maranhão, Distrito Federal e Amazonas são os demais estados brasileiros com mais de 100 mil casos confirmados da doença. O Brasil possui 1.844.051 pessoas recuperadas da doença, além de 725.959 pacientes em acompanhamento, segundo o Ministério da Saúde. A taxa de letalidade da doença no país é de 3,5%.

Com Agências

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