Procura por genéricos aumenta: qual a diferença para remédios de marca?

Com a crise, 45% dos consumidores acabam comprando produtos diferentes do objetivo inicial e a quase totalidade desses clientes buscava economia

Genéricos - Médicamentos
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Genéricos - Médicamentos
Medicamentos genéricos têm caído cada vez mais no gosto – e no bolso – dos consumidores (Foto: Reprodução de internet)

Você chega na farmácia e pede o remédio que o médico recomendou, muitas vezes indicando na própria receita o nome comercial, e que geralmente custa bem mais caro, ou opta por um medicamento genérico, muito mais em conta? Em tempos de crise, muito provavelmente você vai dar a segunda resposta, certo? Pois é o que mostra uma recente pesquisa.

A ‘Análise do perfil de compra dos consumidores de medicamentos’, realizada pelo Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Continuada (Ifepec), revelou que 37% dos consumidores adquiriram medicamentos dessa modalidade, outros 32% compraram os de marcas e 31% compraram ambos os tipos.

Os genéricos já venceram uma desconfiança inicial e natural que enfrentaram no mercado e hoje já fazem parte das opções de escolhas dos consumidores, eles possuem um grande potencial competitivo por causa da economia que ele proporciona, sendo que os preços são fundamentais na escolha”, analisa Edison Tamascia, presidente da Febrafar.

A pesquisa reforça a prioridade que o consumidor está dando ao preço em relação à marca na hora de adquirir medicamentos: 45% dos consumidores, acabaram comprando produtos diferentes do objetivo inicial e a quase totalidade desses clientes buscavam economia. “É importante reforçar, porém, que o cliente não está indo contra a indicação médica, mas sim buscando uma alternativa real, sendo que o genérico possui a mesma substância ativa, forma farmacêutica e dosagem que o medicamento original”, complementa Tamascia.

Segundo a pesquisa, dos entrevistados que foram às farmácias 72% adquiriram os medicamentos, contudo, apenas 24% compraram exatamente o que foram comprar, 31% modificou parte da compra e 45% trocaram os medicamentos por vontade própria ou por indicação dos farmacêuticos.

“Esse fato demonstra a existência de uma característica muito comum nos brasileiros que é não ser fiel ao produto que foi procurar em uma farmácia, ouvindo a indicação dos farmacêuticos. O principal fator de troca é o preço, demonstrando que o brasileiro se encontra mais preocupado com o bolso”, explica o presidente da Febrafar. Tal afirmação se baseia no fato de que a pesquisa constatou que 97% dos entrevistados que trocaram de medicamentos compraram uma opção de menor preço.

A pesquisa teve como objetivo apurar as características de compras de medicamento dos brasileiros, bem como o tipo de medicamento adquirido, o índice de troca de medicamento e os motivos que levaram a essa troca. Foram ouvidos quatro mil consumidores de todos o Brasil que quando esses saíam das farmácias em que estiveram para efetuar a compra.

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