Rio desobriga uso de máscara em locais fechados

Medida foi tomada pelo comitê científico da Prefeitura, após queda nos índices de transmissão e registros de casos e mortes por Covid-19

Movimentação de pessoas no Centro da cidade do Rio de Janeiro (Foto: Agência Brasil)
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Diante do cenário epidemiológico de queda nos casos e mortes por Covid-19 no município do Rio de Janeiro, o Comitê Especial de Enfrentamento à Covid-19 (CEEC) da Prefeitura recomendou, após reunião nesta segunda-feira (7), o uso facultativo de máscaras em ambientes fechados e abertos. A medida vale a partir da publicação de decreto pela Prefeitura no Diário Oficial, ocorrida já nesta segunda.

Pelas redes sociais, o prefeito Eduardo Paes informou que cumprirá a determinação. Com isso, o Rio se torna a primeira capital do país a abolir o uso de máscara em locais fechados – em ambientes abertos, ao ar livre, a prefeitura já havia liberado o uso deste outubro de 2021.

O CEEC observa ainda que pessoas imunodeprimidas, com comorbidades de alto risco, não vacinadas (inclusive crianças) e com sintomas de síndrome gripal devem continuar usando máscaras. O passaporte vacinal é a única medida restritiva que segue mantida na capital, conforme regra disponível em https://coronavirus.rio/comprovacao/31196/.

O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, ressaltou, no entanto, que a exigência do passaporte vacinal continua mantida pelo menos até o fim de março. “Temos a menor transmissão desde o começo da pandemia, de 0,3, e uma positividade menor que 5%, com uma redução gradativa ao longo das últimas semanas”, afirmou Soranz. “Hoje é cada vez mais difícil ver um caso grave de Covid no Rio por causa da nossa alta cobertura vacinal”, pontuou o secretário.

Exceções

Soranz atentou para casos pontuais para o uso de máscara. “Importante enfatizar que as pessoas que possuem imunossupressão ou comorbidades graves e que não tenham se vacinado sigam usando máscara”, afirmou.

“Pessoas que estão com sintomas respiratórios também devem usar máscara para evitar transmissão. Outra ação que a secretaria vai manter é a capacidade de testagem”, emendou.

De acordo com Daniel Becker, médico pediatra sanitarista e membro do comitê, é recomendado que as crianças que ainda não têm as duas doses da vacina ainda usem máscaras até atingir a cobertura completa.

A decisão no ambiente escolar ficará a cargo de cada escola, segundo Becker. “Foi um consenso. Os dados epidemiológicos são favoráveis. Este é o melhor momento para liberar as máscaras”, disse Becker.

Para a população adulta, a vacinação completa, no caso, são as duas doses e a dose de reforço. Até esta segunda, 54,1% dos cariocas tinham tomado a dose de reforço.

‘Índices controlados’

Na semana passada, Soranz afirmou que a alta cobertura vacinal na capital ajudou a cidade a manter controlados os índices de contaminação da Covid. Segundo ele, não esperava um aumento significativo no número de casos, mesmo com festas e blocos clandestinos que saíram durante o período em que se celebrou o carnaval.

“A estratégia de limitar a entrada de turistas sem vacina na cidade do Rio de Janeiro funcionou. Ele é obrigado a apresentar o passaporte vacinal para ir aos principais pontos turísticos. Certamente, isso desestimulou a vinda de turistas não vacinados para a cidade, e a gente viu, com a nossa cobertura vacinal, que não teve um aumento de casos no período”, disse Soranz.

Soranz acrescentou que o número de casos positivos era cada vez menor e, de acordo com os parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS), uma taxa menor que 5% de contaminados entre todos os estados indica controle.

“É cada vez mais raro encontrar um caso grave de Covid na cidade. No último fim de semana (26 e 27 de fevereiro), a gente chegou a uma positividade de 3,9%. É uma queda bastante importante.”

Ainda assim, o secretário ressaltou na ocasião que era preciso que a população não descuidasse do cronograma vacinal. Soranz orientou a quem ainda não tomou a segunda dose e a dose de reforço, que procure as unidades de saúde do município.

Com Agências

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