Rio quer vacinar 4,8 milhões de pessoas contra a gripe

Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza vai até 31 de maio. Prioridade inicial é para crianças menores de 6 anos e gestantes. Saiba quem mais pode tomar a vacina de graça nos postos de saúde

Vacina contra a gripe
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Depois da chuvarada de segunda e terça-feiras, 8 e 9, as temperaturas despencaram e com elas, o risco de gripes e resfriados, que costumam atacar principalmente crianças, idosos e gestantes nesta época do ano. Para minimizar o problema e reduzir os riscos, vem aí a temporada oficial de combate à gripe, doença aparentemente inocente, mas que pode matar.

A 21ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza começa nesta quarta-feira (10) em todo o país. O Ministério da Saúde pretende vacinar 58,6 milhões de pessoas até o 31 de maio. Para isso, enviou aos estados 63,7 milhões de doses da vacina. O imunizante contribui para a redução de internações, complicações e mortes em decorrência das infecções pelo vírus da gripe.

Para esta campanha, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) do Rio de Janeiro mobilizará mais de 14 mil profissionais de saúde nos 92 municípios. As doses estarão disponíveis, das 8h às 17h, em 1.845 postos de saúde em todo o Estado. A meta é vacinar 4,8 milhões de pessoas e alcançar 90% do público-alvo.

Na capital, informou a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o objetivo é vacinar aproximadamente 1,5 milhão de Idosos, crianças de seis meses a 6 anos incompletos, gestantes, puérperas, trabalhadores de saúde, portadores de doenças crônicas, professores da rede regular de ensino.

A vacina estará disponível, durante a campanha, nas 232 unidades de Atenção Primária (clínicas da família e centros municipais de saúde), de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas. Para as mulheres até 45 dias do parto, será solicitada comprovação da condição clínica.

No ano passado, a cobertura atingida pela campanha foi de 77,99% do público-alvo. A Superintendência de Vigilância Epidemiológica da SES informa que em 2018, foram notificados 233 casos de influenza, com 30 óbitos. Em 2019, não ocorreu nenhuma notificação da doença.

Estudos demonstram que a vacinação contra a gripe pode reduzir de 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% da mortalidade global e em, aproximadamente, 50% as doenças relacionadas à influenza.

De acordo com o subsecretário de Vigilância em Saúde, Alexandre Chieppe, a influenza é uma doença respiratória infecciosa de origem viral, que pode levar a complicações graves e a óbito.  Segundo ele, as crianças, as gestantes e os adultos com 60 anos ou mais são os grupos mais vulneráveis, por isso precisam se proteger.

“A influenza provoca hospitalização e mortes por infecção. A vacinação reforça o sistema imunológico da pessoa, constituindo-se num importante instrumento de prevenção contra a doença”, explica o especialista.

https://www.youtube.com/watch?time_continue=5&v=EZYO07zjmEo

Prioridade para crianças, gestantes e idosos

Do dia 10 a 19 de abril, a vacina será aplicada em crianças  e gestantes. Neste ano, a faixa-etária do público infantil foi ampliada, de até 5 anos para até menores de 6 anos, incluindo 2,8 milhões de crianças na campanha. Gestantes e crianças também poderão atualizar as demais vacinas previstas na Caderneta de Vacinação.

Os outros grupos prioritários receberão a vacina a partir do dia 22, atendendo a todos até 31 de maio: puérperas (até 45 dias após o parto), pessoas com 60 anos de idade ou mais,  trabalhadores de saúde e professores das escolas públicas e privadas.

Outros grupos mais vulneráveis às complicações causadas pela influenza, como povos indígenas, a população privada de liberdade (incluindo adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medida socioeducativa) e funcionários do sistema prisional, nas próprias instituições.

Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições especiais, independentemente da idade, também serão imunizados. Para estes é necessária apresentação de prescrição médica com a indicação ou algum documento que comprove a condição crônica da doença.

Já no sábado, dia 4 de maio, será o Dia D de mobilização, quando postos extras serão montados em toda a cidade para facilitar o acesso da população e o horário de atendimento será ampliado, com as unidades funcionando das 8h às 17h.

Três tipos de vírus circulam no ar

Seguindo a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), para a temporada 2019 a vacina influenza trivalente é composta por cepas dos três tipos de vírus da gripe mais circulantes no Hemisfério Sul e com mais possibilidades de causar quadros graves da doença.

O esquema é recomendado conforme a idade do paciente: duas doses para crianças de seis meses a 8 anos de idade que nunca tenham sido vacinadas contra a gripe; e dose única para pacientes a partir de 9 anos. Para quem faz parte dos grupos alvo, é preciso atualização da dose anualmente, em virtude das mudanças de cepas dos vírus influenza.

Para pessoas que tenham apresentado febre recente, recomenda-se adiar a vacinação até que o estado de saúde melhore. Portadores de doenças neurológicas e síndrome Guillain-Barré devem consultar um médico antes de tomar a vacina e seguir suas orientações. Já pessoas com história de alergia grave e prévia a ovo ou a algum outro componente da vacina não devem se vacinar.

PANORAMA DA GRIPE NO BRASIL

Neste ano, até 23 de março, foram registrados 255 casos de influenza em todo o país, com 55 óbitos. Até o momento, o subtipo predominante no país é influenza A H1N1, com 162 casos e 41 óbitos. O estado do Amazonas é o que apresenta a maior circulação do vírus, com 118 casos e 33 mortes. Por isso, o Ministério da Saúde antecipou a campanha de vacinação para o estado, que já está vacinando a população desde o dia 20 de março.

TRATAMENTO DA GRIPE

O uso do antiviral fosfato de oseltamivir é indicado para os casos de síndrome respiratória aguda grave e casos de síndrome gripal, de acordo com o Protocolo de Tratamento de Influenza 2017, do Ministério da Saúde. O tratamento deve ser realizado, preferencialmente, nas primeiras 48h após o início dos sintomas.

Todos os estados estão abastecidos com o medicamento e devem disponibilizá-lo de forma estratégica em suas unidades de saúde. Para o atendimento do ano de 2019, o Ministério da Saúde já enviou aproximadamente 9,5 milhões de unidades do oseltamivir aos estados.

MOVIMENTO VACINA BRASIL

Ainda durante o lançamento da campanha de influenza, o ministro da Saúde irá reforçar o Movimento Vacina Brasil, lançado nesta terça-feira (09), em Brasília, durante a Marcha dos Prefeitos. Trata-se de uma iniciativa do Governo Federal para reverter o quadro de queda das coberturas vacinais no país nos últimos anos, que é uma das prioridades da gestão atual. O movimento será difundido ao longo de todo o ano, não apenas durante as campanhas de vacinação, e vai reunir uma série de ações integradas entre órgãos públicos e empresas, para conscientizar cada vez mais a população sobre a importância da vacinação como medida de saúde pública.

Da Redação, com Assessorias

 

 

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