Risco de câncer de pele existe mesmo no inverno: não se descuide

Maio é o mês de prevenção ao câncer de pele, o tumor mais incidente no país, e do melanoma, tipo mais agressivo da doença, que pode se espalhar pelo corpo

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Engana-se quem pensa que evitar a exposição exagerada ao sol deve ser uma medida a ser tomada apenas durante o verão. Em pleno mês de outono, com temperaturas mais amenas, o mês de maio é dedicado à prevenção do câncer de pele e do melanoma. E como todos sabemos, a exposição solar prolongada e repetida sem proteção é o principal fator de risco para a doença. Por isso, a prevenção e a detecção precoce ainda são as maiores aliadas.

O câncer de pele não-melanoma é o tipo de tumor mais incidente no país, correspondendo a 30% do total de diagnósticos. Somente em 2018, foram estimados 165.580 novos casos. Já o melanoma representa apenas 3% dos casos de câncer de pele, porém este é um tipo mais agressivo e propenso a se espalhar para outras regiões do corpo se não for diagnosticado precocemente. No ano passado, a estimativa era de 6.260 novos casos no país.

O câncer de pele não-melanoma possui altas chances de cura quando detectado no início. Já o melanoma é mais grave devido ao alto risco de metástase”, explica Bruno França, oncologista clínico e Diretor Médico do CON – Oncologia, Hematologia e Centro de Infusão.

Prevenção e atenção aos sinais

A prevenção básica da doença envolve evitar a exposição excessiva aos raios ultravioleta, em especial o UVB, que está associado à queimadura solar. As medidas preventivas valem para o ano todo: evitar exposição ao sol no período das 10h às 16h; usar protetor solar na pele e nos lábios diariamente, reaplicando sempre que necessário; e utilizar chapéu, boné e óculos escuros para atividades ao ar livre. Além disso, é importante estar atento a qualquer alteração na pele e consultar um dermatologista regularmente.

Segundo o Dr. Bruno, o câncer de pele é mais comum a partir dos 50 anos, sendo mais incidente em homens. “Quanto mais clara a pele, maior o risco, mas qualquer pessoa pode desenvolver a doença. Os nevos melanocíticos, popularmente chamados de ‘pintas’ ou ‘sinais’ na pele, também são um fator de risco. Existe, ainda, uma pequena parcela da população que possui o risco relacionado à predisposição hereditária ou a doenças raras”, completa França.

É essencial ficar atento com pintas que podem sinalizar algo mais sério. Se sua pinta apresentar algum tipo de assimetria, se tiver mais de uma cor, ou se estiver evoluindo de tamanho, recomenda-se que a pessoa procure um dermatologista”, alerta Rodrigo Munhoz, médico oncologista especialista em melanoma do Hospital Sírio Libanês e do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp).

O especialista também destaca que o câncer de pele pode ter cura se descoberto no início. Apesar de ser o tipo mais agressivo de câncer de pele, quando diagnosticado precocemente, é possível impedir sua progressão, melhorar a qualidade de vida do paciente e, em alguns casos, até curá-lo.

PRINCIPAIS SINTOMAS

O melanoma tem origem nos melanócitos (células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele) e pode aparecer em qualquer parte do corpo, na pele ou nas mucosas. Nos indivíduos de pele negra, ele é mais comum nas áreas claras, como palmas das mãos e plantas dos pés. Os sintomas do melanoma estão relacionados ao aparecimento ou alteração de manchas na pele, conforme a regra internacional conhecida como ABCDE, em que cada letra corresponde a uma característica:

Assimetria: uma metade do sinal é diferente da outra.

Bordas irregulares: contorno mal definido.

Cor variável: presença de várias cores em uma mesma lesão (preta, castanha, branca, avermelhada ou azul).

Diâmetro: maior que 6 milímetros.

Evolução: mudanças observadas em suas características (tamanho, forma ou cor).

Caso seja observado algum desses sinais, é recomendável ir ao dermatologista, que fará uma avaliação da pele e, se necessário, uma biópsia da lesão suspeita. “Essa avaliação também pode e deve ser realizada antes do aparecimento de sintomas, como forma de detecção precoce. A periodicidade do exame vai ser indicada pelo dermatologista, de acordo com o risco do paciente”, destaca Dr. Bruno.

Quando diagnosticado no início, o tratamento do câncer de pele é simples. Pode ser realizada a retirada cirúrgica da lesão, com margens de segurança. Já nos casos mais avançados, além da cirurgia, pode ser indicada radioterapia ou quimioterapia. Atualmente, existem novos tratamentos para o melanoma metastático, como a imunoterapia, que mostrou resultados animadores e satisfatórios.

AÇÃO EM SÃO PAULO

Durante maio, o Mês Internacional de Combate ao Melanoma, os parques Burle Marx e Villa-Lobos, em São Paulo, receberão nos fins de semana de 18 e 19, 25 e 26 de maio, além dos dias 1 e 2 de junho uma ação para conscientizar a população sobre a importância da prevenção da doença.  O principal objetivo é reforçar o poder do diagnóstico precoce.

Uma tenda ficará montada na Esplanada do parque com uma exposição interativa e representantes das principais associações de pacientes, que estarão à disposição para tirar dúvidas e esclarecer alguns estigmas sociais sobre o câncer. Como a campanha reserva surpresas para o público, os frequentadores do parque devem reservar um tempo para visitar a tenda.

Da Redação, com Assessorias (Atualizado em 20/05/2019)

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