Saneamento básico e prevenção são aliados na guerra contra pandemias

No Dia Nacional da Saúde, médica alerta para Mais que corpo e mente saudáveis, ambientes limpos contribuem para que doenças sejam evitadas

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Eventos de ordem mundial, como a pandemia do novo coronavírus, têm o potencial de mudar o comportamento da Humanidade. Nesse Dia Nacional da Saúde, celebrado em 5 de agosto, campanhas e ações desenvolvidas no setor alertam que ter saúde é muito mais abrangente do que não ser portador de doenças, envolvendo mudança de atitudes e hábitos, responsáveis pela melhoria na qualidade de vida dos indivíduos.

A data foi escolhida em homenagem ao médico e cientista Oswaldo Gonçalves Cruz, por sua grande preocupação com a saúde pública, educação sanitária e, principalmente, no combate às doenças transmissíveis.  É muito provável que Oswaldo Cruz nem imaginava que em 2020 a humanidade passaria por tamanho caos com o início da pandemia.

Para médicos sanitaristas e infectologistas, a data também tem o intuito de conscientizar a população sobre a importância da educação sanitária e preventiva. Mas o que é preciso fazer para garantir a saúde pública se torna mais forte, principalmente em um país onde mais da metade da população não tem acesso à saneamento básico? Não por acaso, a data foi instituída como homenagem ao nascimento de Oswaldo Cruz, pioneiro combate de epidemias no País com implementação de medidas sanitárias. 

Segundo análise do Instituto Trata Brasil, 48% da população brasileira ainda não têm  coleta de esgoto e 35 milhões de brasileiros ainda não tem água tratada, isso equivale à toda população do Canadá, segundo dados do 23º Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos (SNIS-AE) de 2017. Goiás está acima da média com 53,88% enquanto o Norte apenas 10% recebem o serviço.

A médica infectologista Juliana Barreto, que atende em clínica instalada no Centro Clínico do Òrion Complex, em Goiânia, explica que epidemias podem surgir de várias formas e não apenas respiratórias, por isso o saneamento básico é tão importante. 

Juliana pontua que 2020 será um ano de grandes aprendizados. “Acredito na consolidação de hábitos  até então banalizados como fazer a higienização correta das mãos, que muito além do coronavírus, pode evitar doenças que também matam”.

Ela fala especificamente da diarréia, que interna 289 mil pessoas diariamente sendo que 50% delas são crianças. “Precisamos nos conscientizar também sobre o cuidado contínuo com a saúde do corpo e da mente, pois com saúde podemos enfrentar pandemias com menos mortes. No primeiro sinal de uma enfermidade é preciso buscar tratamento, se alimentar bem e cuidar da higiene do corpo. 

A dra Juliana aina cita algumas medidas simples que podem ser aplicadas no dia a dia como manter uma área suja para deixar os sapatos antes de entrar dentro de casa.  “Trazemos muita contaminação das ruas e ao entrar em casa com sapatos, expomos crianças que andam pelo chão e até mesmo os animais de estimação”. 

Para a limpeza do chão, ela orienta a fórmula básica de água, sabão e água sanitária. Como nem toda doença é transmitida por vírus, é importante manter caixas d’água fechadas, eliminar criadouros de mosquitos que podem também transmitir doenças.  

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