Seis em cada 10 brasileiros não usam camisinha nas relações sexuais

Apenas 22,8% usaram preservativo em todas as relações sexuais. Pesquisa identificou sintomas de Doença de Chagas, tuberculose e hanseníase

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Entre os indivíduos com 18 anos ou mais de idade que tiveram relação sexual nos 12 meses anteriores à data da entrevista para a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, apenas 22,8% (ou 26,6 milhões de pessoas) usaram preservativo em todas as relações sexuais. Outros 17,1% dos entrevistados afirmaram usar às vezes, e 59% em nenhuma vez – o que corresponde a quase seis em cada 10 brasileiros.

Parceria entre o Ministério da Saúde e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estudo traz informações valiosas para o cuidado com a população. Aproximadamente 1 milhão de pessoas afirmaram ter diagnóstico médico de Infecção Sexualmente Transmissível (IST) ao longo do ano, o que corresponde a 0,6% da população adulta.

As ISTs estão entre os problemas de saúde de maior impacto sobre os sistemas públicos de saúde e sobre a qualidade de vida das pessoas no Brasil e no mundo. São causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos que são sexualmente transmissíveis, dentre elas herpes genital, sífilis, gonorreia, HPV, HIV/AIDS, clamídia, triconomíase, além das hepatites virais B e C. Dependendo da doença, as ISTs podem evoluir para graves complicações e levar a óbito.

Sinais de tuberculose, hanseníase e Chagas

É a primeira vez que a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) levantou informações detalhadas sobre sintomas ou diagnósticos médicos de doenças transmissíveis. E foi além das ISTs, incluindo ainda dados sobre a presença de sintomas de doenças antigas, mas ainda negligenciadas e cercadas de muitos tabus, como tuberculose, hanseníase e Doença de Chagas.

Em 2019, cerca de 2,9% da população de 18 ou mais anos de idade do país (ou 4,6 milhões de pessoas) relataram apresentar tosse há três semanas ou mais. Esse sintoma persistente pode ser indicativo de tuberculose pulmonar, doença que pode levar ao óbito do paciente. 

Além disso, 1,9 milhão de pessoas tinham mancha com dormência ou parte da pele com dormência (o que pode ser um sintoma de hanseníase). Por volta de 660 mil pessoas de 18 anos ou mais de idade (ou 0,4% desse grupo etário) tiveram diagnóstico médico de Doença de Chagas em algum momento da vida.

Raphael Câmara, secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, explicou que os resultados da PNS vão auxiliar na proposição e reformulação de políticas públicas para Atenção Primária à Saúde.

Exemplo disso são os dados do módulo inédito que se debruçou sobre as doenças transmissíveis, como a de Chagas e hanseníase, incluindo análise do conjunto das infecções sexualmente transmissíveis, agravos que podem ser identificados precocemente nas unidades básicas de saúde e tratados em tempo oportuno para que não evoluam para complicações graves”, afirma.

Clique e confira a PNS 2019 

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