Semana da Mulher começa com luta contra fístula obstétrica

“A fístula obstétrica é muito frequente em países de baixa renda, onde a grande maioria dos partos não tem assistência médica”, diz médica

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Nesta semana, três datas que chamam atenção para a saúde da mulher. O Dia Internacional para Acabar com a Fístula Obstétrica é nesta segunda-feira, dia 23 de maio, e no sábado, dia 28, são duas: o Dia Nacional de Luta pela Redução da Mortalidade Materna e o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher.

A ginecologista Tatielle Teixeira Lemos, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, fala um pouco sobre cada uma dessas datas.

Pouco falada na mídia, a fístula obstétrica é uma abertura anormal na vagina para a bexiga e ou para o reto, que não deveria existir, podendo ter como sintoma a incontinência fecal e urinária. Segundo a especialista, a causa mais frequente de fístulas é o parto vaginal complicado, com período expulsivo prolongado ou com obstrução.

“Essa patologia é muito frequente em países com baixa renda, onde a grande maioria dos partos são sem assistência médica. Para evitar essa complicação o ideal é ter cuidados obstétricos de qualidade”, completa a ginecologista.

Mortalidade materna

Tatielle Teixeira é médica obstetra em Goiânia (Foto: Divulgação)

Sobre a luta pela redução da mortalidade materna, Tatielle Teixeira explica que o pré-natal é fundamental para evitar os riscos.

“O pré-natal adequado pode diagnosticar muitas patologias, como pré-eclâmpsia, diabetes gestacional e anemia, que se não tratadas corretamente podem levar a morte materna. No período a gestante tem seu peso monitorado e realiza vários exames.

Além do pré-natal, um parto hospitalar com boa assistência também pode evitar essa mortalidade”. Conforme dados registrados no Painel de Monitoramento da Mortalidade Materna, em 2021, o Brasil teve média de 107 mortes de mulheres a cada 100 mil nascimentos.

O número é bem superior aos 70 por 100 mil estipulados como um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) pela Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).

O óbito materno é definido como a morte de uma mulher, ocorrida durante a gestação, parto ou no período de 42 dias após o término da gestação, por qualquer causa relacionada com a gravidez.

Covid19 foi responsável por mais de 1.500 mortes ano passado, mas as principais causas da mortalidade materna costumam ser hipertensão, infecção e hemorragia, principalmente no pós-parto.

Saúde da mulher

De acordo com a especialista, o check-up ginecológico é o nome que se dá para a realização de exames relacionados à saúde da mulher, de acordo com cada fase da vida dela.

“Faz parte do check-up a avaliação clínica e exames laboratoriais e de imagem. As alterações fisiológicas ou até mesmo doenças e infecções, quando identificadas no início apresentam maiores chances de cura, com mais alternativas de tratamento”, salienta Tatielle Teixeira.

Ela destaca que os cânceres de colo de útero, de endométrio, de mama e as patologias ovarianas, seja benigna ou maligna, são as principais doenças que podem ser encontradas com esse acompanhamento e diagnosticadas no período inicial.

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