Sertanejo Maurílio está com trombose: entenda a doença

Problema vascular não ocorre apenas nas pernas. Jogador de basquete americano sofre trombose no braço. Especialista explica

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O sertanejo Maurílio, da dupla com Luiza, foi diagnosticado com trombose venosa profunda e cancelou sua agenda para recuperação. A Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) estima que há 60 casos de trombose venosa profunda para cada 100 mil habitantes ao ano.

Os sintomas da trombose são: dor, edema (inchaço) unilateral, vermelhidão na pele, cianose (coloração azul arroxeada), dilatação do sistema venoso superficial, aumento da temperatura local, empastamento muscular (rigidez da musculatura da panturrilha) e dor à palpação.

A presença de varizes nas pernas é um dos principais riscos para desenvolver TVP, ao lado de fatores como idade, obesidade, gravidez, pós-parto e tabagismo. Fraturas ósseas e traumatismos, principalmente nas extremidades inferiores, o risco de desenvolver TVP gira por volta de 70%, que deixam a pessoa muito tempo acamada, também podem desencadear uma trombose.

O uso de medicações, como contraceptivos orais, quimioterápicos e tratamentos hormonais, também podem causar a doença, além de doenças como câncer e AVC (Acidente Vascular Cerebral), insuficiência cardíaca, doenças pulmonares crônicas e doenças agudas, como infarto do miocárdio, e infecções, como pneumonia.

Mas a trombose nem sempre afeta os membros inferiores. Apesar de a trombose em veias dos membros inferiores ser mais conhecida, a dos membros superiores não é rara nem difícil de acontecer. Segundo a SBACV, estima-se que de 1% a 4% de todas as tromboses venosas profundas acometem as veias de drenagem dos membros superiores – casos de tromboses sem uma causa específica.

Brandon Ingram foi diagnosticado com trombose no braço e ficará fora da temporada deste ano (Foto: Reprodução de internet)

O jovem promissor Brandon Ingram, do Los Angeles Lakers, time de Le Bron, foi diagnosticado com trombose no braço em março deste ano e ficará fora do restante da temporada da NBA em 2019. O ala teve uma trombose venosa axilar de esforço, também conhecida como síndrome de Paget-Schroetter, que ocorre pelo movimento brusco com os braços para o alto, causando um estirão de algumas estruturas que comprimem a veia debaixo do músculo peitoral.

“A trombose no membro superior não é difícil de acontecer. Por exemplo, pessoas que malham pesado para terem hipertrofia dos músculos do peitoral, do ombro e dos membros superiores estão suscetíveis a trombose venosa axilar de esforço, pois realizam o movimento brusco com os braços repetidamente, assim como os jogadores de basquete”, explica o cirurgião vascular João Luiz Sandri, membro do Departamento de Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular da SBACV.

O diagnóstico é dado por uma dor aguda seguida de inchaço do membro após o quadro, sempre ligada a um esforço físico que determina a lesão. Não existe prevenção, mas o ideal é ser examinado por um cirurgião vascular para verificar se já há alguma compressão e diminuir o exercício para não haver hipertrofia, nos casos sintomáticos de pessoas que malham de forma exagerada.

O risco do não tratamento é o mesmo para qualquer tipo de trombose: a embolia pulmonar. Embora menos frequente nos membros superiores, ainda assim pode ocorrer. “De uma forma geral, podemos dizer que 80% dos casos de trombose melhoram se tratados convenientemente e permanecem sem sintomas depois. Cerca de 17% podem ter algum problema e o restante pode ter sequelas mais importantes e até incapacitantes”, finaliza o especialista.

Da SBACV, com Redação

 

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