Risco de trombose aumenta em tempos de coronavírus. E não é só entre os mais velhos

Pacientes que passaram muito tempo imobilizados no hospital ou de repouso em casa são mais propensos. Tabagismo e sedentarismo agravam quadro

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Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que as doenças cardiovasculares estão entre as maiores causas de morte prevenível no planeta,A trombose é uma dessas doença que mais matam no mundo. Estimativas apontam que a doença acomete duas a cada mil pessoas por ano, com uma taxa de recorrência de 25%. Estima-se que cerca de 180 mil novos casos de trombose venosa surgem no Brasil a cada ano, segundo dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular de São Paulo.

A doença ganhou destaque nos últimos meses já que está entre os fatores de risco do novo coronavírus. Alguns pacientes, com ou sem histórico de doenças circulatórias, estão sendo vítimas de trombose, já que a infecção pela Covid-19 também demonstrou importante associação com alterações no sistema de coagulação sanguínea. Se a pessoa já possui a propensão, esse risco é maior. Os dados chamam atenção neste dia 16 de setembro, quando é lembrado como Dia Nacional de Combate e Prevenção à Trombose, data instituída pelo Congresso Nacional em 2009.

A trombose é a formação de coágulos no interior das veias e artérias, que causam a obstrução total ou parcial dos vasos. O tratamento desse trombo é feito com anticoagulante, que vai estimular a dissolução do trombo no interior daquele vaso. No caso da Covid 19, a infecção propicia uma hipercoagulação sanguínea. Quem já possui problemas circulatórios deve ficar mais atento”, ressalta Ricardo Brizzi, angiologista e cirurgião vascular, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV).

Ainda segundo ele, a afirmação de que só os idosos têm problemas de trombose não é verdade. “A trombose venosa, que acomete principalmente os membros inferiores, pode aparecer em pessoas jovens, com idades entre 20 e 45 anos, principalmente fumantes”, diz o médico, um dos responsáveis pelo setor de cirurgia vascular e endovascular do Hospital Badim, do Hospital Israelita e do Hospital Norte D’Or, no Rio.

Essa condição é um pouco mais prevalente em homens do que em mulheres, principalmente com idade superior a 55 anos. Outras razões, como etnia, hereditariedade, obesidade, tabagismo e câncer, estão entre os fatores de risco.

Segundo a cirurgiã vascular e angiologista Aline Lamaita, membro da SBACV, o problema pode se agravar e levar ao óbito. “Em casos mais raros, o coágulo pode ainda se desprender da parede da veia e correr pela circulação até chegar ao pulmão, causando uma embolia pulmonar que pode até resultar em morte”, alerta.

Entenda a trombose e seus sintomas

O termo trombose se refere à condição na qual há o desenvolvimento de um “trombo”, um coágulo sanguíneo, nas veias das pernas e coxas. Esse trombo entope a passagem do sangue. Esse coágulo causa uma inflamação na parede do vaso e é chamado de Trombose Venosa Profunda (TVP). Quando esse trombo se solta e se desloca até o pulmão, ele é chamado de Embolia Pulmonar (EP) e em muitos casos é fatal”, explica a médica.

Os principais fatores de risco são: dor na perna, obesidade, uso de hormônios (pílula anticoncepcional), portadores de qualquer tipo de câncer, portadores de trombofilias (doença do sangue que deixa maior predisposição a coagulação sanguínea) e qualquer condição que aumente a imobilização (gesso, deficientes físicos, fraturas), gestantes e idosos.

Quem desenvolve a doença tem uma alteração em um dos componentes da tríade de Virchow. Essa tríade é formada questões relacionadas ao estado de hipercoagulação, lesão da parede arterial, lesões mecânicas em cima da veia levando a uma lesão endotelial e a estase sanguínea, que é a diminuição da velocidade no interior da veia, levando a uma maior propensão da formação de coágulo. Qualquer um desses três fatores pode propiciar o aparecimento da trombose”, explica o médico.

Relação entre TVP e embolia pulmonar

Durante a pandemia de Covid-19, muito se tem ouvido falar a respeito da embolia pulmonar. Trata-se de um quadro vascular, onde há uma obstrução das artérias do pulmão por coágulos sanguíneos, que dificulta ou impede a passagem sanguínea.

Geralmente, os coágulos se formam nas veias mais profundas dos membros inferiores. “Ao se desprenderem e impactarem um vaso pulmonar, pode ocorrer a embolia ou o tromboembolismo pulmonar. E isso pode ser fatal ou deixar sequelas como insuficiência venosa crônica”, diz a médica.

Essa condição é um pouco mais prevalente em homens do que em mulheres, principalmente com idade superior a 55 anos. Outras razões, como etnia, hereditariedade, obesidade, tabagismo e câncer, estão entre os fatores de risco.

De acordo com o cirurgião vascular Ivan Benaduce Casella, membro da SBACV e médico do Hospital Sírio Libanês, a associação da trombose venosa profunda (TVP), nos membros inferiores, com a embolia pulmonar é frequente.

Os membros inferiores são o sítio mais comum de formação de coágulos, os chamados trombos. Eles podem se desprender das veias dos membros inferiores e se deslocar pela circulação até os pulmões, provocando a embolia pulmonar”, afirma o doutor livre-docente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade São Paulo (HC-FMUSP).

O especialista explica que o quadro de embolia, por si, já é uma complicação da TVP. Contudo, ainda assim, possui a sua fase aguda. A embolia severa pode levar o paciente a ter dificuldade respiratória e sobrecarga do ventrículo direito, que é o responsável pelo envio do sangue para os pulmões, que pode levar a um choque circulatório. Nesse caso, o cirurgião vascular deve tomar medidas emergenciais para reabrir a circulação pulmonar.

Entretanto, quando a embolia pulmonar é identificada e tratada precocemente, é possível inibir o seu avanço e, consequentemente, terapêuticas invasivas. “O tratamento mais utilizado nos casos de embolia pulmonar é a anticoagulação. Utilizamos anticoagulantes para evitar a propagação do coágulo e propiciar ao organismo condições favoráveis para que esses coágulos sejam reabsorvidos”, esclarece Dr. Casella.

Tabagismo é um dos principais fatores de risco

Por conta de todas as doenças associadas, o tabagismo é, segundo a OMS, a principal causa de morte evitável no mundo. Mais de 4.000 compostos químicos (muitos deles tóxicos), incluindo a nicotina, o monóxido de carbono, a acroleína e outros oxidantes: essa é a composição da fumaça de cigarro, cuja exposição constante induz a múltiplos efeitos patológicos no organismo, causados pelo estresse oxidativo das células. O cigarro prejudica o bom funcionamento de todo o organismo e não seria diferente com o nosso sistema circulatório.

O tabaco contém substâncias que são pró-coagulantes e as artérias e veias podem ficar comprometidas com o tempo. O fumante tem o risco real de desenvolver uma trombose. O fumo aumenta a viscosidade do sangue, o que significa que o sangue dos fumantes é mais espesso em relação aos não fumantes e isso acaba favorecendo  o aparecimento de trombos”, explica Dr Brizzi.

A cirurgiã vascular e angiologista Aline Lamaita confirma. “Os efeitos adversos do cigarro são muitos e, no caso da saúde das veias, o fumo também afeta principalmente a circulação e isso favorece o aparecimento de processos de trombose (com entupimento dos vasos e que pode levar à morte), principalmente quando associado a fatores de risco”, afirma.

Alguns estudos também sugerem que a exposição à fumaça do cigarro resulta na ativação das plaquetas e estimulação da cascata de coagulação, por isso há um aumento na incidência de trombose arterial em fumantes. “Ao mesmo tempo, as propriedades anticoagulantes naturais são significativamente diminuídas”, comenta.

Outra complicação do cigarro é que o ele dificulta o importante papel do sangue no processo de cicatrização, após cirurgias e procedimentos. “O vaso mais estreito tem um fluxo menor de sangue e o suprimento de oxigênio aos tecidos é afetado. Isso dificulta a cicatrização e pode causar até necrose de pele. Várias substâncias no cigarro dificultam a formação de fibroblastos, células ligadas ao processo cicatricial”, acrescenta a especialista.

Normalmente relacionado ao aumento da probabilidade de desenvolver infarto, o cigarro também pode causar problemas circulatórios como arteriosclerose (envolvendo as artérias da perna) e tromboangeite obliterante – distúrbio que afeta as extremidades do corpo. “Em ambos os casos, há riscos de ter de amputar o membro (como pernas, pés e mãos)”, explica.

A médica enfatiza que a nicotina está ligada à diminuição da espessura dos vasos sanguíneos. “Além disso, o monóxido de carbono oferece um fator adicional de risco ao diminuir a concentração de oxigênio no sangue. Todo esse processo pode causar complicações para o normal funcionamento dos vasos, que ficam mais susceptíveis ao entupimento, podendo levar a processos de trombose principalmente quando há fatores de risco envolvidos”, afirma a médica.

Risco em fraturas, quedas e acidentes

Pessoas que sofreram traumas graves, como quedas, fraturas e acidentes, podem ter uma sequela comum no sistema vascular: a trombose. Essa situação, de acordo com a angiologista, pode acometer os pacientes que sofreram acidentes tanto por conta do impacto nos vasos sanguíneos quanto pelo alto risco do problema para pacientes hospitalizados, que passaram por cirurgias e que estão em longos períodos de imobilidade, por conta de uma deficiência na circulação sanguínea.

A médica conta que pacientes que sofreram fraturas de vértebras ou lesões de medula espinhal tem maior risco de desenvolver o problema, mas acidentes e fraturas nas pernas também são frequentemente ligados à trombose. Alguns outros fatores aumentam o risco para o aparecimento desse quadro em pacientes clínicos e cirúrgicos:

abortamento recorrente,

acidente vascular cerebral,

anticoncepcional hormonal,

câncer,

cateter venoso central,

doença inflamatória intestinal,

doença pulmonar obstrutiva crônica,

idade maior que 55 anos,

infecção,

insuficiência arterial periférica,

cardíaca ou respiratória,

obesidade,

internação em UTI,

paralisia dos membros inferiores,

quimioterapia,

reposição hormonal,

tabagismo,

varizes,

insuficiência venosa periférica,

antecedente familiar de trombose e

TEV prévio.

Home office também pode favorecer trombose

A angiologista alerta que esse não é um problema apenas de quem sofreu acidente e está hospitalizado. Como a panturrilha é o coração das pernas, a cada contração muscular bombeamos o sangue e ativamos a nossa circulação.

Situações onde essa musculatura fica parada muito tempo podem causar uma retenção de líquido nas pernas, levando a inchaço, pernas pesadas, cansadas e aumentando a predisposição de desenvolver varizes e trombose venosa”, explica a cirurgiã vascular.

Em razão do isolamento social recomendado pelas autoridades de saúde de todo o mundo devido à pandemia do novo coronavírus, a maior parte das empresas, especialmente companhias alocadas em escritórios, adotou o home office como solução de trabalho aos funcionários nesse período.

O formato, que já era conhecido, mas ganhou força em meio à necessidade de distanciamento social, ajuda a prevenir a propagação da Covid-19, mas o trabalhador deve ficar atento com a saúde das pernas, uma vez que, em grande parte das vezes, fica sentado em frente ao computador por um período muito longo.

Segundo o médico Gustavo Solano, especialista em Cirurgia Vascular e parceiro da Sigvaris Group, empresa suíça de acessórios de compressão graduada, ficar muito tempo parado em uma mesma posição, seja em pé ou sentado, pode prejudicar a circulação venosa nas pernas. “Há o risco do agravamento de doenças vasculares, porque a posição dificulta o retorno do sangue venoso, favorecendo o aparecimento de dor e edema nas pernas”.

A ativação da circulação sanguínea local é essencial para prevenir doenças venosas, como varizes e trombose. É importante que quem está trabalhando em casa tenha em mente que é preciso fazer alguns intervalos ao longo do dia para se movimentar, a fim de prevenir os sintomas citados (dor e inchaço), assim como casos de tromboflebites, trombose venosa profunda e piora das varizes e microvarizes em casos mais avançados”, diz.

Por esse motivo, para quem trabalha sentado ou fica durante muito tempo no sofá, o ideal é também introduzir alguns hábitos para ativar a circulação. Especialistas elencam dicas importantes para manter a saúde das pernas:

§ Levante do banco, cadeira ou poltrona e caminhe um pouco: a natureza de nosso corpo é estar em movimento, portanto, é essencial se levantar a cada hora e andar para movimentar um pouco as pernas. O movimento ajudará a manter a circulação ativa.

§ Movimente-se, mesmo sentado: mesmo sentado, é muito importante se exercitar para evitar a sensação de cansaço nas pernas. Movimentar os tornozelos pode aliviar o desconforto. Realizar exercícios movimentando os pés a cada hora de trabalho sentado.

§ Use meias de compressão graduada: para alguns casos, usar meias de compressão para conforto e melhor rendimento. A compressão graduada, além de promover conforto e bem-estar, auxilia no direcionamento correto do fluxo venoso e linfático. Com isso, não ocorre o acúmulo de sangue na região inferior das pernas, permitindo uma nítida melhora na circulação.

§ Adote hábitos saudáveis: além de evitar o fumo e a ingestão de bebidas alcoólicas, mantenha uma alimentação balanceada e beba água com frequência, para manter o organismo mais saudável.

Sedentarismo: é preciso combater

O sedentarismo é uma condição que favorece o desenvolvimento do quadro. Com a pandemia do Novo Coronavírus e o constante pedido para que as pessoas não saiam às ruas, estabelecendo então um período de quarentena e isolamento social, a tendência é que elas fiquem em casa, assistam mais TV, comam besteiras e tornem-se mais sedentárias nesse período. Mas o isolamento social não pode ser sinônimo de sedentarismo, principalmente para evitar o risco de trombose.

Permanecer muito tempo parado e sem movimentar as panturrilhas faz com que a velocidade do sangue dentro dos vasos diminua. Além disso, beber pouca água e alimentar-se mal são fatores que dificultam a circulação. Por isso, para evitar o quadro, é essencial caminhar dentro de casa e fazer simples exercícios a fim de minimizar o risco do problema”, diz a médica.

A cirurgiã vascular sugere alguns exercícios que podem ser feitos até mesmo sentado: “Comece com os pés no chão e, em seguida, levante os calcanhares enquanto mantém as pontas dos pés no chão, permanecendo nessa posição por alguns minutos. Depois, coloque os calcanhares no chão e levante os dedos dos pés. Segure por alguns segundos e repita o alongamento algumas vezes.

Outro ótimo exercício consiste em traçar círculos com os pés por alguns segundos, mudando de direção de fora para dentro e de dentro para fora. “Você também pode dobrar a perna abraçando os joelhos o mais próximo possível do peito. Permaneça assim por alguns minutos, sempre trocando de perna”, ressalta.

Outra medida muito simples e que estimula bastante o fluxo sanguíneo é caminhar pela casa. Esses simples cuidados já estimulam a circulação e minimizam consideravelmente o risco de trombose”, explica.

Além de movimentar as pernas, existem outras medidas que podem te ajudar, como beber bastante água, evitar consumir álcool e remédios que estimulam o sono, já que, se passarmos muito tempo dormindo, não exercitaremos as nossas pernas.

A atenção deve ser redobrada por indivíduos que possuem fatores individuais que agravam os riscos de desenvolver o quadro, como obesos, tabagistas, portadores de câncer, pessoas que utilizam hormônios ou pílulas anticoncepcionais, predispostos a coagulação sanguínea, gestantes, idosos, deficientes físicos e portadores de varizes”, complementa.

Por fim, caso faça parte de algum dos grupos de risco, o ideal, segundo a Dra. Aline, é se consultar com um cirurgião vascular, já que agora o CRM possibilita o atendimento a distância. O médico pode passar algumas recomendações, como, por exemplo, o uso de meias elásticas de compressão.

A adoção de cuidados de prevenção também é muito importante, já que se trata de uma condição muito séria. Por isso, evite o sobrepeso, mantenha uma rotina saudável de alimentação, não utilize sapatos desconfortáveis com frequência, não fume e pratique atividades físicas regularmente”, finaliza.

Varizes também podem agravar o problema

Ter as pernas marcadas por varizes às vezes é um problema para a estética feminina, mas a questão vai bem mais além e pode ser um dos fatores causadores da trombose venosa.  A séria enfermidade, que pode ser fatal, atinge três vezes mais mulheres do que homens, conforme relata a cirurgiã-vascular Carolina Camelo, que possui um consultório no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia. 

Caso recente aconteceu com a cantora Anitta que chegou a ser internada em razão de trombose diagnosticada em uma das pernas. A doença ocorre quando há formação de um coágulo sanguíneo (trombo) em uma ou mais veias profundas de coxas e pernas. Esse coágulo bloqueia ou dificulta o fluxo de sangue e causa inchaço e dor na região. A cirurgiã-vascular explica que a trombose não é tratada cirurgicamente.

“O tratamento é feito com medicação anticoagulante, pois o coágulo sanguíneo não pode sair de onde está. Se sair ele pode até ir para o pulmão, tornando uma embolia pulmonar”, descreve ela. Sobre o receio de muitas mulheres acerca de anticoncepcional, Carolina afirma que o medicamento pode sim causar varizes e trombose, por isso é recomendado tomar aqueles que possuem uma menor dose do hormônio estrógeno. 

Para a prevenção da doença, a especialista ressalta que é preciso manter uma hidratação constante; saber o histórico familiar, pois a genética influencia; manter o peso adequado e praticar atividades físicas, já que o sedentarismo e a obesidade são fatores de risco para a doença; ter uma alimentação balanceada, evitar o tabagismo; reduzir o consumo de bebidas alcóolicas; após longos períodos sentados levantar e se movimentar um pouco.


Carolina Camelo revela ainda que as varizes podem evoluir para trombose, por isso também é preciso estar atento a elas. Estatísticas da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) indicam que 38% dos adultos convivem com as varizes. No público feminino, o número é ainda maior: 45% apresentam a condição. Uma pesquisa do Hospital Memorial Chang Gung, em Taiwan, por exemplo, divulgada no ano passado, confirmou que as varizes aumentam em cinco vezes o risco de trombose venosa.

As varizes são o carro-chefe de atendimento no meu consultório, cerca 90% dos meus pacientes me procuram por isso. E eles costumam demorar para procurar um médico, pois têm uma ideia errada de que mesmo tratando as varizes elas voltam, mas isso não ocorre. O que pode acontecer é elas aparecerem em outros lugares, existem quadros distintos de varizes”, salienta a médica, sobre este problema, o qual ao contrário da trombose, pode ser feita cirurgia.

Os sintomas quanto ao aparecimento das varizes que as pessoas precisam ficar atentas, segundo a cirurgiã-vascular, são dores nas pernas, sensação de peso nas pernas, inchaço, cansaço, cãibras ou dormência. “Algumas pessoas que trabalham por muito tempo em pé acham que esses sintomas são normais pela sua condição de trabalho, mas não é, é preciso ficar atento. Os hormônios também influem no aparecimento das varizes, que podem acontecer em momentos que eles se alteram, como na puberdade e na gestação”.

Sobre os tratamentos, a médica diz que vai depender do estágio e de cada paciente. “Para se tratar varizes não existem apenas aplicações, há uma gama de possibilidades com resultados mais duradouros e menos dor”, salienta.

Como é feito o diagnóstico e o tratamento da doença

Para diagnosticar a doença é preciso um exame clínico dos sintomas, exames laboratoriais são importantes para descartar as doenças que cursam o estado de hipercoagulação e a realização de um eco Doppler venoso que é um ultrassom que examina o vaso que está obstruído. 

Alguns sinais da trombose são: dores nas pernas, principalmente nas panturrilhas, pé e o tornozelo; sensação de queimação na região afetada; mudanças na cor da pele, que começa a ficar vermelha ou azul; ou inchaço.

No caso de uma embolia pulmonar, temos a falta inesperada de respiração, a respiração rápida, a dor no peito e a frequência cardíaca. Sentindo qualquer um desses sinais, o médico deve ser chamado imediatamente”, finaliza a angiologista.

Para diagnosticar a doença é preciso um exame clinico dos sintomas, exames laboratoriais são importantes para descartar as doenças que cursam o estado de hipercoagulação e a realização de um eco doppler venoso que é um ultrassom que examina o vaso que está obstruído.

O tratamento é feito com anticoagulantes, levando em consideração o risco hemorrágico inerente a essa classe de medicamentos. No caso de pacientes que sofreram traumas, é indicado o uso profilático de anticoagulantes.

Com Assessorias

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