Tuberculose registra mais de 70 mil casos e 4.500 mortes por ano

Doença é causada por bactéria que pode ser transmitida pelo ar. Em São Paulo, número de novos casos aumentou para quase 4.600

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Segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, são registrados cerca de 70 mil novos casos de tuberculose no país por ano, um número maior que a incidência de câncer de mama ou próstata, e 4,5 mil mortes, em decorrência da doença.

Já o Relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que quase 1,7 milhão de pessoas perderam a vida por causa da bactéria, demonstrando que um terço dos casos de todo continente americano acontecem no Brasil.

De acordo com o último levantamento publicado no site da Vigilância em Saúde da Prefeitura de São Paulo, divulgado em outubro deste ano, o número de novos casos registrados aumentou para quase 4.600.

“Por medo e desinformação sobre a doença, muitas pessoas evitam o contato e isolam o doente, porém quem precisa ser evitado é o bacilo. Se a pessoa segue o tratamento até o final contribui para quebrar a corrente de transmissão da doença”, explica o infectologista Alberto Chebabo, do Lavoisier Laboratório e Imagem, que integra a Dasa.

Chebabo ainda reforça: “Pessoas que tiveram contato com alguém que tem ou teve tuberculose, devem procurar um especialista para se informar e investigar a doença. “O diagnóstico precoce previne e ajuda no combate à transmissão da bactéria”.

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O QUE É

A tuberculose é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium Tuberculosis e afeta principalmente os pulmões, embora possa atingir outros órgãos e sistemas, como: ossos, rins, gânglios e pleura (membrana que envolve os pulmões).

Principais sintomas

– Tosse constante, se durar três semanas;
– Sudorese noturna;
– Tosse com secreção (pus ou sangue);
– Fraqueza e cansaço excessivos;
– Febre vespertina e a perda rápida de peso;
– Dificuldade de respirar, e outras complicações pulmonares.

Diagnóstico

Existem formas graves da doença. Por isso, quanto mais rápido é o diagnóstico, melhor. O diagnóstico é realizado por meio da visualização do bacilo da tuberculose no escarro ou pela detecção do material genético do bacilo da tuberculose neste mesmo material. Esta metodologia é hoje recomendada pela OMS para o diagnóstico mais rápido e precoce da doença. Outro exame que pode ser realizado no sangue, o Quantiferon é o mais indicado para diagnosticar contactantes de pessoas com tuberculose, que podem ter a doença na forma latente, ou seja, que ainda não apresentam sintomas da doença.

Tratamento

O tratamento dura, no mínimo, seis meses, e consiste em tomar medicamentos específicos, mediante recomendação médica. É fundamental obedecer a duração e o regime de tratamento sem interrupção para evitar a transmissão e agravamento, pois a melhora nas primeiras semanas ou meses de tratamento não é suficiente.

Transmissão

A doença pode ser transmitida de uma pessoa para a outra pelo ar. Em situações comuns, como ao falar, espirrar e tossir, as pessoas com tuberculose ativa lançam no ar a bactéria. Importante lembrar que não é transmitido com o compartilhamento de roupas, copos, talheres e outros objetos.

Prevenção

As crianças com até cinco anos devem ser vacinadas com a BCG que protege contra formas graves da doença: a tuberculose miliar e a meníngea. A prevenção também acontece por meio de hábitos simples, como manter ambientes bem ventilados e com a entrada de luz solar. Proteger a boca com um lenço de papel ou mesmo com o braço ao tossir também evita a disseminação aérea do bacilo por pessoas infectadas.

Fonte: Lavoisier

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