Ultrassonografia de alta intensidade é novidade para tratar câncer de próstata

Diagnóstico precoce da doença possibilita atualmente tratamentos menos invasivos, como o HIFU, que usa energia térmica para queimar o tumor

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A mais recente novidade para tratamento do câncer de próstata agrega um procedimento de ponta aos tratamentos disponíveis: o Focal One®, dispositivo médico robotizado destinado ao tratamento minimamente invasivo do câncer localizado. O novo equipamento utiliza ondas sonoras de alta intensidade ou, em inglês, “High Intensity Focused Ultrasound “- (HIFU), como fonte de energia para destruir as células do câncer.

As ondas de ultrassom são focalizadas e direcionadas através de uma plataforma robótica, queimando apenas as células cancerosas e preservando as que e são ao redor de possíveis sequelas, como a impotência sexual, uma das principais preocupações dos homens diagnosticados com este tipo de câncer.

De 30% a 40% dos homens que são diagnosticados com câncer de próstata podem se beneficiar desta nova tecnologia. Pacientes com doença localizada e iniciais são potenciais candidatos à utilização do equipamento, principalmente aqueles que possuem alguma contra indicação aos tratamentos convencionais”, afirma Ariê Carneiro, médico urologista do Hospital Israelita Brasileira Albert Einstein, que dispõe desta tecnologia desde 2018.

O câncer de próstata possui uma apresentação muito heterogênea e com isso tumores mais agressivos demandam tratamentos mais radicais. No entanto, tumores menores em estágios muito iniciais são possíveis de serem tratados sem grandes impactos na qualidade de vida do paciente. O tratamento personalizado de acordo com as características do câncer e do paciente certamente é o segredo do sucesso”, explica.

Energia térmica destrói o tumor

O HIFU é um equipamento que também  mostra imagens tridimensionais da próstata, mas permite a destruição do tumor por meio de energia térmica, preservando as áreas sadias da glândula. Para o paciente, o procedimento é minimamente invasivo, permitindo alta hospitalar no mesmo dia e reduzindo os efeitos colaterais como incontinência e impotência”, explica Rafael Coelho, uro-oncologista e cirurgião robótico do Hospital 9 de Julho.

Segundo ele, o paciente passa por anestesia geral e, com a ajuda de imagens de ressonância magnética previamente realizadas, o cirurgião delimita as regiões da próstata a serem tratadas.

Este procedimento tem a vantagem de permitir que o paciente volte para casa no mesmo dia da cirurgia, além de apresentar menos complicações e menores taxas de impotência e incontinência; no entanto para o sucesso do tratamento é de fundamental importância avaliar cuidadosamente cada paciente e a real indicação e possibilidade de utilização desta tecnologia”, pontua o médico.

Segundo ele, o tratamento do câncer de próstata pode ser feito de três maneiras: observacional, radioterapia e cirurgia. Com a evolução da tecnologia, o câncer de próstata pode ser tratado com mais assertividade e menor risco de efeitos colaterais como a cirurgia robótica e a Hifu, ultrassonografia de alta intensidade.

Outras novidades no Einstein

Junto a outras técnicas como cirurgia robótica, radioterapia, braquiterapia (tipo de radioterapia interna), quimioterapia e terapia hormonal, a chegada do Focal One® tornou o Hospital Israelita Albert Einstein um dos mais completos centros de tratamento do câncer de próstata, com todas as opções tecnológicas disponíveis para tratar de forma mais apropriada e segura cada tipo desta doença.

De acordo com Ariê, a unidade é atualmente uma referência no programa de tratamento focal do câncer de próstata no país. Além de completar o arsenal de tratamento do câncer de próstata localizado com o HIFU, sedia um centro de treinamento e capacitação para médicos da América Latina.

O Einstein já inicia o programa com um projeto de pesquisa pioneiro que utiliza o PET SCAN com PSMA (equipamento de ultima geração para identificação e estadiamento do câncer de próstata) para direcionar e planejar a área de tratamento, conferindo maior precisão ao procedimento.

Nos últimos anos temos vivenciado uma grande revolução tecnológica na medicina associada a uma sofisticação do paciente que, cada vez mais, busca mais informações e conhecer opções e alternativas de tratamento. Os procedimentos estão cada vez menos invasivos e a tendência é de que com o avanço da tecnologia, terapias cada vez mais conservadoras sejam adotadas para minimizar o impacto na qualidade de vida dos pacientes.  O tratamento focal do câncer de próstata faz desse cenário e tem como objetivo tratar a área com câncer e preservar os tecidos sadios”, explica.

Com Assessorias

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