Uma mulher morre a cada minuto por infarto ou AVC

Alerta para doenças cardiovasculares, principal causa de óbito entre as mulheres, é tema de campanha sobre cuidados com a saúde feminina

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Historicamente associadas à saúde do homem, mortes causadas por doença cardiovascular são a principal causa de óbito entre as mulheres. Esse problema já atinge um terço de todas as mortes de mulheres no mundo, conforme aponta estudo realizado pela Organização Mundial de Saúde. Isso corresponde a 8,5 milhões de mortes por ano e mais de 23 mil por dia.

As doenças cardiovasculares são o motivo número um de morte em mulheres.  Elas causam uma a cada três mortes de mulheres anualmente, o que significa uma vida perdida por minuto, segundo dados divulgados pela American Heart Association, organização sem fins lucrativos, sediada nos Estados Unidos, que providencia cuidados cardíacos visando reduzir lesões e mortes causadas por doenças cardiovasculares e acidente vascular cerebral.

Com a pandemia, esse cenário se agravou ainda mais com o adiamento dos cuidados preventivos fundamentais para redução dos riscos causados por doenças cardiovasculares. Um outro estudo, dessa vez realizado pelo site americano Angioplasty.Org, mostrou que o número de pessoas que morreram em casa de ataque cardíaco em Nova York, nos Estados Unidos, entre 30 de março e 5 de abril de 2020, foi 800% vezes maior do que o mesmo período em 2019.

No Brasil não é diferente. Dados da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp)  mostram que houve redução de 20 a 70% nos atendimentos por infarto agudo do miocárdio e outras emergências cardiológicas tanto para mulheres como para homens.

Segundo o presidente da Socesp, João Fernando Monteiro Ferreira, os dados mostram algo que é visível há tempos: as mulheres recebem menos atenção quando se trata de saúde do coração, se comparado aos programas de conscientização para o combate ao câncer.

Infelizmente, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte da população feminina no mundo todo, mas poucas pessoas conhecem essa informação”, alerta ele. “Por isso, esse movimento chega na hora certa, em que a saúde é o centro das atenções mundiais. Temos de voltar a discutir conscientização e programas preventivos para deixarmos de trata r de doenças. Queremos promover a qualidade de vida”.

Maior adversário é o desconhecimento, diz cardiologista

De acordo com Paola Emanuela Poggio Smanio, cardiologista e gestora médica do Centro Diagnóstico do Grupo Fleury, o maior adversário da saúde cardiológica feminina é o desconhecimento.

Mulheres, geralmente, chegam à menopausa ignorando o fato de que essa fase exigirá mais cuidados, por ser um período marcado por mudanças hormonais e metabólicas, ganho de peso e aumento dos níveis de colesterol. Na menopausa, quando o nível de estrogênio cai, à proporção que aumentam os riscos de eventos cardiovasculares”, analisa.

No entanto, acrescenta a cardiologista, é sabido que esse cenário pode mudar com a identificação precoce de quem está sob maior risco, mudança dos hábitos de vida e, principalmente, não menosprezando os sintomas quando presentes.

Na opinião da cardiologista, é de extrema importância manter os cuidados com a saúde do coração, mesmo no difícil momento que estamos vivendo. “O acompanhamento deve ocorrer desde cedo e permanecer em várias etapas da vida, principalmente agora, durante a pandemia. É importante investigar a existência de qualquer sintoma atípico”, recomenda a cardiologista.

Movimento “Coração da Mulher – Cuidado a cada batimento

Para alertar a população feminina sobre esse problema, os Grupos Fleury e Sabin assumiram o compromisso de unir forças para lançar essa causa de saúde pública com o movimento social “Coração da Mulher – Cuidado a cada batimento”, que busca conscientizar sobre prevenção e adoção de hábitos saudáveis para reduzir problemas cardíacos e mortalidade entre as mulheres.

A iniciativa, que conta com o apoio da Socesp e da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp), começa neste dia 8 de março, durante a celebração do Dia Internacional da Mulher, com o lançamento de um site e perfis nas redes sociais do movimento.

Os integrantes do movimento “Coração da Mulher – Cuidado a cada batimento” – explicam que essa é uma mobilização de sororidade e influência para que a sociedade firme um compromisso com a saúde, ao mesmo tempo em que o cuidado seja assumido por todas as mulheres e apoiado por todos os participantes.

Para participar e conhecer o projeto, basta acessar o site coracaodamulher.org e inscrever-se, além de acompanhar as atividades por meio do perfil @coracaodamulher, no Instagram.

Do Grupo Fleuery, com Redação

 

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