Não é não: Carnaval é mais divertido sem assédio sexual

Confira algumas campanhas contra o assédio sexual na folia no Rio de Janeiro, São Paulo e pela internet

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Você já foi assediada publicamente, na rua, ônibus, shopping…? E durante a folia nas ruas, bailes ou bares? Mas qual a diferença entre cantada consentida e assédio sexual? No Carnaval – como em qualquer outra época – pode brincar, paquerar, beijar, desde que todo mundo esteja de acordo. Caso contrário, é assédio.

No filme acima a influenciadora digital Jout Jout, com mais de 1,3 milhão de inscritos no Youtube, desenha – literalmente – a diferença entre assédio e paquera. O vídeo chamou a atenção do público e uma imagem em que ela segura um cartaz que diz que “tudo depois do não é assédio” viralizou nas redes com centenas de compartilhamentos. A cantora Karol Conka, por exemplo, foi uma delas junto a diversos coletivos femininas.

O vídeo faz parte de uma campanha da Skol para combater comentários – e atitudes – que descem quadrado neste Carnaval. Os influenciadores Maíra Medeiros, Tia Má, Muro Pequeno, Lorelay Fox, Hel Mother, Ana Maria Brógui e Manual do Homem Moderno também participam da ação, que pretende dialogar e mostrar de forma direta e bem-humorada como ideias antigas sobre estereótipos, xaveco e fantasias pegam mal durante a folia.

Todos os filmes da campanha mostram de alguma forma que o que desce redondo no Carnaval e em todas as épocas do ano é juntar gente, juntar a vontade de se divertir, mas sem perder o respeito pelo espaço do outro e por quem ele é. Quem disse, por exemplo, que mulher fora do padrão não pode se fantasiar como quer? Maíra Medeiros mostra que qualquer fantasia fica bem em quem está se sentindo bem e com vontade de se divertir.

Um milhão de adesivos Não é Não

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Mas não basta só dizer “Não é não!”. É preciso estampar no próprio corpo que não está afim de um beijo ou outro tipo de contato físico. A ideia começou no Rio de Janeiro durante o carnaval do ano passado, com a  distribuição gratuita das tatuagens com os dizeres “Não É Não!”.

Este ano, a Mack Color Etiquetas Adesivas distribuirá 1 milhão de adesivos “Não é não!”. A ação vai reforçar a campanha #AconteceuNoCarnaval, lançada em 2017, para coletar relatos de foliões que presenciaram ou sentiram na pele a violência durante o Carnaval. Ao receber o adesivo, além de colar para divulgar a campanha, o folião pode postar uma foto e marcar nas redes sociais a hashtag #nãoénão.

Campanha nos transportes públicos do Rio

No Rio de Janeiro, a Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Políticas para Mulheres e Idosos (SEDHMI) vai lançar a campanha “Carnaval é curtição, respeita o meu não”, contra o assédio sexual durante o Carnaval. O material será veiculado no BRT, MetrôRio, SuperVia e nas redes sociais.  A ideia é que homens e mulheres lutem contra o assédio se conscientizando.

A campanha faz parte de uma ação integrada entre as secretarias de Segurança e de Saúde, além das Polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros e concessionárias de transportes. Nas ruas, estarão vídeos e cartões informativos com uma série de temas importantes como racismo, homofobia, abuso contra a mulher, cuidados com as crianças, entre outros.

Além disso, a iniciativa vai acontecer nas redes sociais de todos os órgãos envolvidos através das hastags ‘#CarnavalSeguro’ e ‘#FoliãoConsciente’. Equipes do Disque-Denúncia estarão de prontidão durante os dias de carnaval na cidade no telefone 2253-1177 e pelo aplicativo Disque Denúncia RJ para casos de ações criminosas durante as festas.

Uma coisa é xaveco. A outra é assédio

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A distinção entre as duas formas de abordagem durante o Carnaval é o que move a campanha da cerveja Skol para a mais brasileira das festas populares e que foi ao ar em TV aberta na primeira semana do ano. “Chegar pegando” não está com nada e o filme mostra como uma abordagem pode ser mais redonda e respeitosa.

No vídeo, dois rapazes estão em um bloco e um diz ao outro que “no Carnaval tem que chegar pegando”. O comentário machista deixa claro que isso afasta as pessoas. O amigo então manda redondo e diz que o certo é “chegar pegando o telefone, intimidade, enfim, pegando autorização para pegar”.

Na recente pesquisa Skol Diálogos, que a cerveja realizou junto ao Ibope Inteligência, o preconceito mais praticado pelo brasileiro, mesmo sem ser notado, é o machismo, citado por 61% dos entrevistados. A campanha  amplia a mensagem dos filmes lançados pela cervejaria para o verão, nos quais comentários quadrados dentro de temas como machismo, homofobia e gordofobia eram arredondados. Para Skol, não existe folia com preconceito. Carnaval redondo é aquele no qual prevalece o respeito.

Em outro filme que foi ao ar dia 13 de janeiro, é a vez de um comentário homofóbico ser arredondado. Pegando gancho na marchinha “Maria Sapatão”, um homem observa a festa e solta o comentário quadrado: “E aquela ali? De dia é Maria, de noite é João”. Logo sua amiga o interrompe e arredonda o papo: “Se é Maria, o problema é dela. Se é João, o problema é dele”.

SKOLChegar Chegando

Skol tem convidado as pessoas a saírem do quadrado, a quebrarem estereótipos e viverem experiências livres de preconceito e pré-julgamentos. O Carnaval é a época mais alegre do calendário brasileiro e a festa só é completa com respeito por todos e todas”, diz a diretora de marketing da cervejaria, Maria Fernanda Albuquerque.

A campanha é assinada pela F/Nazca Saatchi & Saatchi. O filme de “Chegar chegando” pode ser visto aqui e “Maria João” está disponível aqui.

Da Redação, com Assessorias

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