Inverno é tempo de cirurgia: as 10 plásticas mais populares no Brasil

Mais de 10 milhões de brasileiros fizeram algum procedimento estético em 2017. É o segundo país que mais faz cirurgias plásticas no mundo, com o Rio na liderança

Gostou desse conteúdo? Compartilhe em suas redes!

Se você estuda mexer em alguma parte de seu corpo, pode se preparar. O período mais aguardado por quem sonha em fazer cirurgia plástica finalmente chegou. É durante os frios do inverno que grande parte dos médicos orienta os pacientes a fazerem os procedimentos, já que a cicatrização é considerada melhor. Oficialmente, a estação mais fria do ano começou no dia 21 de junho, mas as temperaturas já começaram a cair no outono.

Segundo a médica e cirurgiã-plástica Ivanoska Filgueira, membro da SBCP, é mais confortável realizar a cirurgia o inverno, já que um dos pós-operatórios mais importante é evitar sol e o calor. “O calor potencializa o inchaço, principalmente quando a pessoa já tem tendência a reter líquidos. Um clima mais ameno proporciona maior conforto para a paciente que busca melhorar o contorno corporal, uma vez que as malhas cirúrgicas podem incomodar muito durante o verão”, explica.

A especialista, que atua em Brasília, esclarece o motivo do frio ser mais adequado para qualquer processo de cicatrização. “O período de temperaturas mais baixas provoca uma vasoconstrição periférica, que em outras palavras é a contração dos vasos sanguíneos, proporcionando a redução do inchaço”, diz.

Filgueira ressalta que os procedimentos podem ser feitos durante todo o ano, mas que o inverno favorece ainda mais, já que é anterior ao verão e dá tempo para que aos pacientes cheguem no calor completamente renovados para expor o novo visual. “Há ainda quem consiga férias ou mesmo folga prolongada neste período, o que também favorece melhor recuperação”, frisa.

Ivanoska lembra que para o melhor resultado do procedimento, uma série de fatores precisam ser observados e que independem do clima. “Um pós-operatório bem sucedido, no qual a paciente segue todas as orientações médicas, é sempre o melhor diferencial. Respeitar o repouso, evitar esforços físicos, além de seguir a prescrição das medicações são alguns dos fatores”, elenca.

Brasil só perde para os EUA em número de plásticas

A procura por cirurgias plástica vem crescendo a cada ano no Brasil. Uma pesquisa realizada pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica e Estética (ISAPS) aponta os dados mais importantes de 2017, mostrando um aumento de 5% no total de procedimentos cirúrgicos no Brasil.

Tendo um crescimento de 10 milhões para 11 milhões, o Brasil se encontra no ranking mundial de cirurgias plásticas na segunda colocação, ficando à frente do Japão e México, ocupando posição de destaque no levantamento e ficando atrás somente dos Estados Unidos.

No entanto, nos EUA, de acordo com a Associação Americana de Cirurgia Plástica, o número de cirurgias caiu 34% nos últimos 10 anos. Já os procedimentos não-cirúrgicos mais procurados continuam a ser os injetáveis com a toxina botulínica. Foram, aproximadamente, 5 milhões no total, o que representa um aumento de 1% em relação ao ano anterior.

Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica mostrou que o Rio de Janeiro é a segunda cidade do país com maior número de realização de cirurgias plásticas, só perdendo para São Paulo. Em comparação aos outros países, o Brasil é campeão em cirurgias da pálpebra, redução das mamas, aumento do bumbum por implante ou por transferência de gordura e cirurgia íntima feminina.

10 procedimentos de cirurgia plástica mais populares no Brasil

Em muitos casos, o objetivo maior da cirurgia plástica é permitir ao individuo não apenas uma melhora da sua auto-estima, mas também propiciar integração social. A otoplastia, por exemplo, é uma cirurgia que pode mudar muito a qualidade de vida das crianças.
Crianças nesta faixa-etária são muito vulneráveis ao bullying que ocorre frequentemente na escola com portadores de orelha em abano, e há portanto um enorme beneficio psicológico além do estético quando se opera”, enfatiza Victor Lima, cirurgião plástico do Rio de Janeiro.

Conheça abaixo os 10 procedimentos de cirurgia plástica mais populares no Brasil segundo Luís Felipe Maatz, especialista em Cirurgia Geral e Cirurgia Plástica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, especialista em Reconstrução Mamária pelo Hospital Sírio-Libanês, e membro da SBCP.

Aumento de mama (15,6%): aumenta o volume das mamas por meio do implante de próteses de silicone. É uma das cirurgias plásticas mais procuradas no país, principalmente quando a moda de ter seios fartos chegou ao Brasil, cerca de 10 anos atrás. As inovações das próteses também ajudaram no aumento das cirurgias. Hoje, há várias formas de implantação (pode ser feita por uma incisão no sulco abaixo das mamas, pela junção entre a aréola e a pele da mama ou pela axila) e de material (implante de gel de silicone coesivo, prótese com superfície texturizada ou a de poliuretano, que possui menos risco de rejeição). Os implantes com solução salina são mais perigosos, pois a chance de vazamento é maior.
Lipoaspiração (14,6%): remodela áreas específicas do corpo, removendo o excesso de depósitos de gordura, melhorando os contornos do corpo e suas proporções. Consiste na aspiração de gordura através de cânulas, retirando, normalmente, até 5% do peso corporal. A indicação da lipoaspiração é para pessoas que não conseguem se livrar daquelas gordurinhas localizadas, mesmo realizando atividade física e dieta.
Cirurgia das Pálpebras – Blefaroplastia (12,5%): indicado para pessoas que possuem queixas em relação à flacidez de pele ou excesso de bolsas de gordura na região ao redor dos olhos. São realizados cortes em áreas pouco aparentes das pálpebras, retirado o excesso de pele e, caso haja necessidade, realizada a abordagem sobre as bolsas de gordura (remoção parcial ou reposicionamento dessa gordura). Pode-se associar o uso do laser de CO2 para a realização desses mesmos passos cirúrgicos.
Rinoplastia (8,1%): pode ser realizada por motivos estéticos (harmonizar o nariz com os traços do rosto), funcionais (quando há alguma alteração na função respiratória nasal), ou pelos dois motivos. Ao realizar a rinoplastia, o cirurgião deve sempre objetivar a manutenção da função nasal associada à melhoria dos aspectos estéticos. Dos problemas respiratórios, os mais comuns são desvio de septo e hipertrofia das conchas nasais. Quando realizada a cirurgia, há aumento do fluxo de ar pelas narinas e, consequentemente, melhora do padrão respiratório do nariz. A recuperação de uma cirurgia plástica nasal costuma ser tranquila e rápida. Há necessidade de uso de curativo externo por cerca de uma semana, assim como uso de medicações por boca e por via nasal.
Abdominoplastia (7,5%): melhora o aspecto da região da barriga, remodelando o contorno e diminuindo a flacidez abdominal. A plástica remove a gordura e o excesso de pele localizados na parte inferior do abdome; e as estrias entre o umbigo e a região pubiana. O procedimento também altera a musculatura abdominal, reaproximando os músculos afastados devido à gestação ou fraqueza dos tecidos. Eventualmente, para melhores resultados, é recomendada uma lipoaspiração associada.
Lipoenxertia facial (5,6%): consiste no uso de gordura do próprio paciente para o enxerto na face que dará volume e melhoria na aparência e qualidade dos tecidos. Esta gordura é extraída através de uma pequena lipoaspiração. Essa é realizada através do uso de cânulas e seringas que chegam até o tecido adiposo, camada que fica abaixo da pele, e a gordura localizada é aspirada usando um sistema de vácuo. O paciente pode optar por associar a lipoenxertia facial com uma lipoaspiração completa, ou então extrair apenas a gordura necessária para o procedimento na face.
Redução de Mama – Mamoplastia redutora (4,5%): remove o excesso de gordura, tecido glandular e pele para atingir um tamanho de mama proporcional ao corpo do paciente. Também é possível reduzir o tamanho da aréola se esta for excessivamente grande. É feita a retirada de tecido mamário, gorduroso e pele de uma determinada região da mama e, em seguida, o remodelamento no formato natural da mama.
Facelift (4,3%): o objetivo é suavizar os sinais do envelhecimento facial, retirando a pele flácida e reposicionando os tecidos mais profundos. Isso possibilita a diminuição de vincos, sulcos e rugas, remodelando áreas específicas do rosto e associando técnicas de preenchimento, dando volume a áreas que sofreram atrofia com o passar dos anos.
Aumento de nádegas – Gluteoplastia (3,1%): remodela ou aumenta a região das nádegas por meio de injeção de gordura ou inclusão de próteses de silicone. As técnicas mais seguras para aumento do bumbum são três: lipoenxertia glútea (injeção de gordura retirada de outras partes do corpo do próprio paciente como, por exemplo, do abdome e dorso); implante de próteses de silicone e preenchimentos com materiais biocompatíveis, como o ácido hialurônico.
Elevação do Seio – Mastopexia (1%): corrige a queda das mamas, podendo envolver o reposicionamento da aréola e do mamilo, assim como o levantamento do tecido mamário. Indicada para as mulheres que possuem flacidez nas mamas, a cirurgia consiste basicamente na retirada do excesso de pele e recolocação dos mamilos. Isso faz com que os seios fiquem mais firmes e simétricos. Procurada por mulheres que passaram por gestação, amamentação, ganho ou perda de peso, a técnica pode envolver apenas a mamoplastia de aumento através da inserção de uma prótese de silicone, a qual irá preencher o excesso de pele da mama, sem a necessidade de fazer a retirada de pele.
Luís Felipe Maatz lembra que o ideal é sempre procurar um especialista que seja membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica antes de realizar o procedimento.
Gostou desse conteúdo? Compartilhe em suas redes!

You may like

In the news
Leia Mais
× Fale com o ViDA!