Cobertura vacinal contra gripe no RJ é uma das mais baixas do país

Estado tem média de 32% em vacinação, mesmo após ampliar campanha para outros públicos. Cidade diz que fica em 46%. Média nacional é de 50%

Vacinação contra a gripe no Rio No município do Rio. são mais de 230 unidades de saúde fazendo a vacinação (Foto: Divulgação SMS)
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Depois de tomar as duas doses da vacina contra a Covid-19, Caetano Veloso deu o exemplo e compareceu a um posto de saúde do Rio de Janeiro para receber a vacina da gripe, outro problema sério que pode levar à Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), uma das complicações respiratórias também comuns em casos graves de Covid-19.

Mas você sabia que desde o início de julho a vacinação contra a gripe está aberta gratuitamente a todos os brasileiros a partir de 6 meses e não mais somente aos chamados grupos prioritários, como os idosos? E que esta vacina pode ajudar a evitar complicações causadas pelo vírus Influenza num momento em que lutamos para combater outro inimigo letal, o coronavírus?

Muita gente ainda não sabe porque tanto os governos federal, quanto os estaduais e municipais não vêm divulgando maciçamente a campanha, que atingiu 50% do público-alvo esperado neste sábado (24) – a meta é chegar a 90%. No Rio de Janeiro, o resultado tem sido pífio: o estado está muito abaixo da média nacional de vacinação contra a gripe.

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que até esta quinta-feira (22), foram registradas 2.373.876 de doses de vacina contra a gripe aplicadas, o que corresponde a uma cobertura vacinal de 32,1%. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por sua vez, informou que há uma defasagem nos dados do Ministério da Saúde e que, na verdade, até o momento, foram aplicadas 1.273.874 doses, o que representa uma cobertura de 46,3%.

Ainda segundo a SMS, a população alvo estimada da vacina contra a gripe no município do Rio é de 2.748.853 e a meta da campanha é atingir a cobertura de 90%. E reafirmou que a campanha foi estendida para toda a população no dia 14 de julho e segue com escalonamento por idade até o dia 30 de agosto.

Tanto Estado quanto Município, no entanto, não reforçaram a divulgação da campanha da influenza, que entrou em sua terceira fase, incluindo todas as faixas etárias acima de 6 meses de idade, e não mais somente aos grupos prioritários.  No entanto, a SES, por meio da Subsecretaria de Vigilância e Atenção Primária à Saúde (SVAPS), informou ainda que tem reforçado a importância das pessoas procurarem os postos de saúde para receber a imunização contra gripe e pedido aos municípios que amplifiquem as ações para aumentar a cobertura no estado”.

Além da desinformação, outro motivo para o não comparecimento das pessoas aos postos de saúde seria o medo de reações da vacina da gripe ou receio de que possa potencializar os efeitos da vacina para a Covid-19, que deve ser a escolha prioritária. A SES lembra que, para quem recebeu a vacina contra Covid-19 recentemente, é preciso aguardar 15 dias após a segunda dose da Coronavac ou 15 dias após a primeira dose da Astrazeneca/Oxford ou da Pfizer para tomar a vacina da influenza”.

 

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