Como decorar o quarto de quem sofre com depressão

Arquiteta dá dicas para evitar quarto escuro e paisagista mostra que cuidar de plantas também pode ser uma boa terapia

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Todos nós iremos nos sentir um pouco tristes em alguns dias e isso é normal. Afinal, todas as emoções existem em todos os seres humanos. O que deve-se observar é se a pessoa estacionou na tristeza,  pois ficar inerte, em estado de bloqueio total é um alerta para a depressão médica, nestes casos a pessoa perde o prazer pelas coisas, perde o brilho e não vê mais o “colorido” da vida. Em casos assim,  há alterações biológicas que necessitam de avaliação clínica e cuidados médicos.

Os sintomas da depressão são: fadiga e dificuldade de concentração, o que tornam a procrastinação muito tentadora, é preciso ter tome cuidado e ficar atento para não se tornar um hábito. Existem alternativas que propiciam as pessoas se cuidarem muito mais, prevenindo assim, a depressão. Fazer terapia, por exemplo, pode ser muito eficaz. Há também muitos livros de autoajuda, aplicativos e cursos online que podem ajudá-lo a aprender como sair da depressão.Cuidar dos ambientes da casa também é muito importante e para ajudar nesse quesito a arquiteta Leticia Monteiro dá dicas para organizar e decorar o quarto para ajudar as pessoas que se encontram com a doença.

Deixar o ambiente com muita iluminação, principalmente a natural, o sol ajuda na produção de serotonina, o que melhora o humor e diminui a ansiedade e irritabilidade;

Objetos que proporcionem felicidade e boas lembranças, vale fotos, recados de pessoas queridas, recortes de revistas;

Estimular o olfato: Aromatizadores com óleos essenciais de jasmin, néroli ou vetiver são exemplos de essências utilizadas para ajudar a combater a depressão. O pot pourri com fragrâncias de ervas e especiarias também pode ser usado. A canela, o cravo, a baunilha e o cardamomo ajudam a redescobrir o bom humor e bem-estar gerando tranquilidade;

Uso de madeira em tons claros ou médios. A madeira traz sensação de aconchego e acolhimento, mas se utilizada em muita quantidade ou em tons muito escuros pode remeter à melancolia;

Azul em tons claros, como turquesa, que remetam a cor do mar e do céu proporcionam sensação de relaxamento e energia;

Utilização de materiais e texturas que remetam ao natural, como sisal, linho, palha, pedras e madeira. Você pode usar em almofadas, tapetes, objetos, cestos ou roupa de cama;

Objetos que remetam a natureza, como plantas vivas ou permanentes, quadros com verde ou imagens de vegetação. A conexão do ser humano com a natureza e a luz natural proporciona sensação de bem-estar e bom humor, ajuda a regular o relógio biológico, diminui a frequência cardíaca e reduz o estresse;

É interessante ter pequenos pontos de cores quentes, principalmente amarelo, que estimula o otimismo e a energia. O amarelo dá a sensação de conforto e felicidade, além de ajudar na concentração. Cuidado para não usar em excesso e o ambiente se tornar estimulante demais,

Quarto com poucos adornos, visualmente mais limpo e com menos informações. Um ambiente organizado proporciona sensação de bem-estar. Deve-se levar em consideração também que a pessoa em quadro de depressão não sente vontade de arrumar e organizar, então um espaço com menos objetos se mantém de maneira mais simples.

Para a também arquiteta Lívia Quintella, é preciso investir no quarto já que a pessoa com depressão fica muito tempo reclusa nesse cômodo, é muito importante que possa olhar para as paredes e ter um momento de reflexão. Lívia também reuniu algumas dicas.

Quadros com frases motivacionais e inspiradoras, que possam ajudar na autoestima do usuário do quarto;

Fazer pequenas intervenções como uma pintura, colocar um papel de parede;

Colocar quadros de recados para que a pessoa possa escrever algo para si mesma;

Bastante luz natural e cortinas leves;

Nas paredes ter cores claras, nos objetos pode abusar de cores mais vivas,

Boa iluminação, nada de quarto escuro.

Plantas também ajudam a combater a doença

paisagista Rayra Lira, da J Lira Green Life, conta como cuidar das plantas é tão importante. “Os benefícios para a saúde são muitos como, por exemplo: melhora da concentração, diminuição do estresse e do cansaço mental. As plantas podem reduzir os níveis de ansiedade e seu cheiro pode ajudar a melhorar a qualidade do sono e a produtividade durante o dia; prevenção de irritações nos olhos,  problemas respiratórios e  dores de cabeça; absorvição de gases tóxicos do ambiente e auxiliar no controle da umidade,” diz a paisagista.

Olhar com mais carinho para as plantas; Criar um jardim na sua casa; Deixar as flores escolherem você; Se você vivi em apartamento crie um mini jardim em sua varanda; Relaxar, Respirar o aroma das plantas a sua volta; Conectar com a natureza; Meditar; Plantar uma árvore, fazer uma horta; Observar melhor o mundo a sua volta; Criar um jardim, cuidar dele, isso ajudará no combate a depressão.

Para cultivar dentro de casa as plantas indicadas são: Antúrio, Lírio da Paz, Lavanda, Bromélia Gusmania e Begonia. Plantas para cuidar no sol são: Mini Margaridinha, Ixória, Cana do Brejo, Jasmim Manga, Heliconia Rostrata, Bougainville. Para quem desejar ter plantas na sombra, recomenda-se as Beijinho de Jardim, Lírio da Paz, Violeta, Flor de Maio, Orquídea Borboleta e Peperomia Carperata.

Para que as flores tenham vida longa dentro de casa, Rayra destaca, “o  principal cuidado para durar as flores é quanto a água. A dica primordial é nunca molhar as flores porque apodrece com mais facilidade, sempre quando for molhar focar na terra e deixa escorrer sem o pratinho para evitar que fique água acumulada no prato. Porque se você deixar a água no prato a planta continua bebendo água constantemente”. É importante também regar na hora certa e os horários indicados são na parte da manhã entre 8h e 9h e na parte da tarde entre 17h e 18h.

Dicas para não deixar a tristeza derrubar você

Para não se deixar abater pelos momentos de tristeza e baixa na energia pela rotina diária, a gestora de desenvolvimento humano, Rita Carvalho, recomenda seguir as dicas abaixo:

Cuide de sua alimentação, pois o que ingerimos influencia em nosso humor e bem estar físico, emocional  e mental;

Pratique algum exercício físico, eles estimulam o organismo na liberação de substâncias tóxicas e ativam a produção de hormônios e enzimas do “bem”;

Faça outras atividades que elevem sua energia vital, como por exemplo: cuidar de plantas, ler para uma criança ou idoso, escrever, meditar, fazer yoga, dançar, etc.  Encontre o que te faz sentir-se melhor e reserve um espaço na sua rotina;

Evite ou fuja de ambientes e pessoas tóxicas. Estes locais e pessoas onde só há reclamação, fofocas, intrigas e afirmações negativas sobre a vida, só sugarão a energia vital de quem está de bem consigo próprio e deixarão a pessoa pra baixo com sentimento de tristeza sem motivo real,

Lembre-se que o problema ou a situação não são você! Se há um problema,  é porque somos capazes de administrar, resolver e superar, por isto, saiba que você é maior do que qualquer problema ou situação adversa.

Saber diferenciar a tristeza patológica da tristeza provocada por acontecimentos difícieis edesagradáveis são extremamente importantes, é o que explica a reprogramadora mental Ivana Cabral. Criar uma rede de apoio para falar dos sentimentos com alguém que tenha confiança e segurança, além de se medicar (com a ajuda de um médico) e fazer terapia.

“Nunca guarde os seus sentimentos para si, não sinta vergonha, não guarde suas dores, encontre pessoas queridas para desabafar e se sentirá mais forte para enfrentar a depressão. Conversar ajuda a reduzir o estresse que a doença provaca”, conta Ivana.

ESTATÍSTICAS

De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), a cada 40 segundos uma pessoa morre por suicídio no mundo. Associados as questões de saúde mental, 36% do diagnóstico é causado pela depressão. No Brasil, o índice de suicídio entre os jovens tem crescido absurdamente, são 5,6 mortes a cada 100 mil jovens entre 15 e 29 anos. A depressão é a quarta maior causa de morte entre os jovens brasileiros. A depressão enquanto doença médica que já atinge 20% da população mundial.

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