Conheça os benefícios da Ozonioterapia, novidade agora no SUS

Tânia Alves, do Spa Maria Bonita, recebe Maria Emília Gadelha para falar sobre Ozonioterapia (Foto: Divulgação)
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Tânia Alves, do Spa Maria Bonita, recebe Maria Emília Gadelha para falar sobre Ozonioterapia (Foto: Divulgação)

Você já ouviu falar de Ozonioterapia? A técnica de tratamento utiliza o ozônio medicinal, resultado da mistura dos gases oxigênio e ozônio, para fins terapêuticos. O contato dessa mistura com o organismo, garantem especialistas, melhora a oxigenação e a circulação sanguínea, reduz a dor e a inflamação. Trata-se de uma terapia natural, com poucas contraindicações e efeitos secundários mínimos, que, se realizada corretamente, e pode tratar doenças de origem isquêmica, inflamatória e infecciosa. 

“É incrível. Como pratico muito esportes, costumo sentir algumas dores em articulações e na coluna, e a eficácia da ozonioterapia é imediata. Também passei a usar um óleo com ozônio para uma lesão que tive na unha do pé e estou muito satisfeita com o resultado”, conta ao Vida & Ação a atriz Tânia Alves, que já é adepta de alguns tratamentos com ozônio. Na segunda-feira (12), o Ministério da Saúde anunciou a Ozonioterapia entre as 10 novas terapias integrativas e complementares que o Sistema Único de Saúde (SUS) passará a oferecer. 

Utilizada há quase um século na Alemanha, atualmente a Ozonioterapia é reconhecida pelos sistemas de saúde de diversos países, com inúmeras pesquisas realizadas no Brasil, Alemanha, Itália, Rússia, Cuba e Turquia. Por aquifoi introduzida em 1975 e desde então vem ganhando cada vez mais adeptos e atraindo o interesse de algumas universidades interessadas nos seus importantes resultados para tratar problemas que vão desde complicações provocadas pela diabetes até queimaduras. De 2000 até agora , os estudos ganharam corpo e a técnica vem se difundindo amplamente no país.  

Convidada para participar no 1º Congresso Internacional de Práticas Integrativas e Complementares da Saúde Pública, realizado no Rio de Janeiro esta semana, Maria Emília Gadelha, presidente da Associação Brasileira de Ozonioterapia (Aboz), afirmou que a inclusão da técnica entre as novas práticas a serem implantadas no SUS é um grande benefício para a população brasileira. “É uma vitória disponibilizar este tratamento especializado para os brasileiros”, comemora Maria Emília, que é médica otorrinolaringologista e se especializou no tratamento com ozônio medicional.

Na terça-feira (dia 13), Maria Emília esteve reunida com profissionais do SPA Maria Bonita, em Ipanema, Zona Sul carioca, para conversar sobre a Ozonioterapia, fornecer informações sobre a prática e esclarecer dúvidas, uma vez que a Aboz promove o ensino e a pesquisa sobre o tema, organiza e participa de cursos de capacitação, congressos e reuniões com órgãos públicos. Estiveram presentes ao encontro endocrinologistas, dentistas e terapeutas, além da proprietária do SPA, a atriz Tânia Alves. Vida & Ação estava lá e conversou com Maria Emília.

Maria Emília, presidente da Aboz, falou sobre a ozonioterapia para profissionais do SPA Maria Bonita (Foto: Divulgação)
Maria Emília, presidente da Aboz, falou sobre a ozonioterapia para profissionais do SPA Maria Bonita (Foto: Divulgação)

“A Ozonioterapia também age como uma forma de prevenção. É como passar o antivírus no computador”, brincou a presidente da Aboz. “Oferecer novas formas de cuidado à saúde é algo que afeta diretamente o bem-estar da população. Estamos lutando há mais de 10 anos para a regulamentação da Ozonioterapia como mais uma forma de cura comprovada por estudos científicos de doenças, como as complicações provocadas pela diabetes, inflamações intestinais crônicas e queimaduras, entre outros”, destacou a especialista.

Poder sobre doenças crônicas, reumáticas e autoimunes

Recentemente, a Aboz realizou um estudo inédito sobre o impacto econômico da Ozonioterapia no tratamento de doenças crônicas, reumáticas, autoimunes e nãoautoimunes, como a artrose e a fibromialgia.  Com a ajuda da doutora em Economia da Saúde e professora da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo, Celinha Ramalho, foi comprovado que a prática impacta na redução dos custos com medicamentos, internações e cirurgias na rede pública de saúde.

“As propriedades contra bactérias, fungos e vírus do ozônio medicinal permitem a sua ampla utilização no tratamento de feridas infectadas e apresentam um enorme potencial no controle de infecções hospitalares por bactérias multirresistentes e de tuberculose, por exemplo. Podemos prever uma economia de 18% nos custos”, afirmou Maria Emília. Segundo ela, o custo de um equipamento para a prática do Ozonioterapia é de cerca de R$ 12 mil.

 Economia de até 80% em gastos com saúde

Na Medicina, a Aboz vem lutando há quase 12 anos pela implantação da Ozonioterapia em toda a rede de saúde, principalmente no SUS, por causa dos benefícios para os pacientes no tratamento de várias doenças e por conta da redução nos gastos públicos com saúde. Um projeto de lei federal do senador Valdir Raupp, que permite a prescrição da Ozonioterapia como tratamento médico complementar em todo o território nacional, foi aprovado por unanimidade no Senado Federal e segue agora para avaliação na Câmara dos Deputados antes de ser encaminhado para a sanção presidencial.
Em audiência pública realizada no dia 7 de dezembro de 2017 para debater o projeto de lei, algumas das principais autoridades no assunto tiveram a oportunidade de mostrar aos deputados, por meio de estudos científicos, a importância da Ozonioterapia no atendimento aos pacientes. E apresentaram estudos de análise econômica que avaliaram os benefícios financeiros, cujos resultados demonstraram que a Ozonioterapia pode economizar entre 20% e 80% nas despesas com o sistema de saúde brasileiro.

Conselho Federal de Medicina é contra

O Conselho Federal de Medicina no Brasil (CFM) não autoriza o uso da Ozonioterapia como prática médica, apenas como procedimentos de pesquisa e experiência. Por outro lado, o Conselho Federal de Odontologia (CFO), em 2015, passou a permitir que dentistas utilizem a técnica para tratamentos odontológicos. Com base nisso, a Aboz ministrará aulas de Ozonioterapia em Odontologia. O objetivo é ampliar o conhecimento destes profissionais sobre os benefícios do tratamento com o Ozônio Medicinal, com base em uma visão integrativa dos cuidados com a saúde bucal. Além do uso na Odontologia, a Ozonioterapia tem sido aplicada na Neurologia e Oncologia.

“A regulamentação da Ozonioterapia e a disponibilização no SUS reduzirão o sofrimento e proporcionarão maior qualidade de vida para as pessoas, além de uma importante economia de recursos financeiros para o SUS, que aumentará a sua capacidade de atendimento”, afirmou Maria Emília, uma das defensoras no Brasil da chamada “Medicina Integrativa”, que trata o paciente como um todo, considerando a relação corpo e mente e a influência do profissional de saúde no tratamento do indivíduo.

Potenciais benefícios para a saúde da população e a economia brasileiras

– Redução de até 80% da taxa de amputação de membros de pacientes com gangrena diabética (Calderon – Universidade de Haifa/Israel) com consequente resultado na melhora da qualidade de vida e aptidão ao trabalho, reduzindo taxas de invalidez e aposentadoria;
– Redução de até 90% dos custos no tratamento de feridas crônicas em membros inferiores e gangrenas diabéticas (Menendez, Centro de
Investigaciones Del Ozono, Cuba), em função da rápida cicatrização e diminuição do tempo de internação;
– Estimativa de redução em até 30% do custo do SUS pela introdução do uso do ozônio em outras patologias previstas em protocolos com experiênciainternacional (hepatites crônicas e hérnias de disco, por exemplo).

Da Redação, com Assessoria Aboz

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